Notas iniciais: O capítulo se passa na visão do King e está pré-revisado, além de bem tranquilo.
Um plano inusitado
Por King:
Observar Diane dormindo passou a ser o meu momento favorito pela manhã, seus fios desgrenhados esparramados pelo travesseiro, sua respiração leve e seu corpo seminu eram a certeza de que ela havia aproveitado a noite, um singelo sorriso nos seus lábios que confirmavam todas as minhas certezas a seu respeito, eu amo demais essa mulher e não vejo a hora dela ser somente minha.
Diane revirou-se na cama e aos poucos abriu os olhos, as ametistas mais lindos que já vi, seu sorriso se alargou enquanto ela afagou gentilmente o lado esquerdo do meu rosto e em seguida cobriu o corpo com o lençol.-- Bom dia King –- sua voz baixa soou como uma doce melodia em meus ouvidos.
-- Bom dia Diane, você está bem?-- O leve rubor em suas bochechas denunciava que a mesma estava morrendo de vergonha, talvez fosse pelo fato de estar nua ou simplesmente porque eu estou na mesma situação e involuntariamente duro.
-- Sim e você? –- Ela desviou o olhar de meu corpo e dei uma leve risada.
-- Estou e a propósito, deveríamos ir embora cedo, não? -- Diane puxou os cabelos em direção ao rosto e eu segurei em sua mão e beijei seus dedos, o rosto dela adquiriu um novo tom de vermelho e esse eu reconheceria em qualquer lugar, sorri com malícia ao me aproximar dela e puxar a coberta que a mesma insistia em manter entre nós.
...
Havíamos acabado de sair do quarto, olhei para a face dela corada e fui correspondido com um beijo.
-- Eu poderia facilmente me acostumar com isso -- sussurrei ao passar meu braço pela cintura feminina.
-- Se acostumar com o quê?-- ela perguntou confusa.
-- Com você nos meus braços, eu acordaria todos os dias sorrindo, se bem que isso está perto de acontecer -- sussurrei novamente e ela se encolheu em meus braços.
-- Eu também não vejo a hora - alisei os longos cabelos castanhos e dedilhei suas costas ao entrarmos no elevador e em silêncio seguimos para o restaurante. O bom de está há tanto tempo longe dos holofotes é que dificilmente sou reconhecido, nos sentamos em uma mesa próxima à janela e conversamos por um tempo enquanto o nosso pedido não chegava, mesmo que Diane seja a minha noiva ainda não conversamos a fundo sobre esses cinco anos que passei longe de Camelot.
-- Elaine está demorando -- ela comentou.
-- Não marcamos nada aqui, se bem que eu estava bem alto ontem à noite e não posso confirmar nada - cocei minha cabeça tentando lembrar do que ocorreu antes de entrar no quarto mais em minha mente a única coisa que permaneceu foi os seios dela balançando enquanto cavalgava.
-- Eu mandei uma mensagem para ela enquanto você informava ao garçom os nossos pedidos, ela disse que virá ao nosso encontro -– Diane estava ansiosa e compreendi o motivo, já que a discussão de ontem terminou numa verdadeira incógnita.
-- De qualquer forma nos encontraremos no carro -- passei meu braço pelo encosto da cadeira e ela encostou a cabeça o que me permitiu sentir o perfume floral de seus fios, apreciei ao máximo a beleza dela e quando nossos pratos chegaram ela deliciou-se com as panquecas e eu comecei pelo suco de amora e só então entendi o porquê de tanta comida. Estávamos tão concentrados em nossas refeições que não vimos quando Ban e Elaine sentaram na nossa frente.
-- Bom dia baby King, Diane e aí como foi à noite? -– Ban possuía um olhar sarcástico, colocou um pouco das panquecas num prato enquanto minha irmã pediu um suco extra de laranja.
-- Isso não é pergunta que se faça Ban! Pela cara deles a noite foi incrível e antes que perguntem mesmo que eu saiba que Diane não tem coragem pra isso, a nossa noite também foi ótima -– Elaine sorriu e eu fiquei feliz por ela, ainda me sinto um desgraçado por tê-la abandonado e feito-a chorar e quando olho para minha noiva sinto o mesmo.
-- Elaine, vamos mudar de assunto. E então o que vocês resolveram a respeito do casamento? -- Diane perguntou aflita era visível a preocupação com o estado de minha irmã.
--- Resolvemos não esperar! -– minha irmã sorriu e levantou a mão mostrando uma aliança assim como Ban, eu praticamente engasguei com o suco.
-- Porra Elaine... -– me segurei para não reclamar em um tom mais alto.
-- O que foi King? –- Diane colocou a mão sobre a minha, não costumo ser grosseiro ou dizer palavras desse nível, mas há momentos que apenas um palavrão pode expressar certos pensamentos.
-- Tio Gloxinia vai esbravejar quando souber disso -- reclamei.
-- Relaxa baby King casamos no civil e combinamos de nos mudar apenas quando oficializarmos tudo. Acho essa ideia bem estúpida já que agora estamos casados, mas vou respeitar a vontade da minha mulher -- Ban esbanjou um sorriso.
-- Em nome da grande deusa, vocês se casaram e eu não fui à madrinha! Agora eu não sei se abraço ou bato em vocês! Poxa pelo menos poderiam ter nos contado ontem, passamos o dia inteiro e boa parte da noite grudados! -- Diane beliscou de leve a mão de minha irmã que estava sobre da mesa.
-- Relaxe meu amor, ainda iremos nos casar é só você e o King agilizarem o processo e na melhor das hipóteses fazemos uma comemoração só! -- O sorriso alegre de Elaine confortava minha mente, olhei para Diane que parecia ter se iluminado com tal ideia.
-- E por que não? Elaine essa ideia é brilhante! Podemos nos casar numa cerimônia em conjunto, é possível King? -- Os orbes violetas brilhavam lindamente e tudo o que eu quero é que permaneçam desse jeito para sempre.
-- Bom, serei o rei e nas leis não tem nada que diga que eu, ao melhor nós não possamos casar dessa forma e se todos aqui na mesa estiverem de acordo colocaremos em prática -- tentei ser o mais direto possível antes que as mulheres da minha vida mudassem de ideia.
-- Se é o que a minha fadinha quer, não vejo problema algum -- Ban desfrutou do café da manhã abraçado a minha irmã, já eu e Diane nos contentamos com uma simples troca de olhares. Quando acabamos e pagamos a conta, optamos por dar mais uma volta na cidade dessa vez Diane e Elaine encheram a caixa de Elizabeth de mensagens avisando que deveriam nos encontrar no carro, na praça central de Bérnia, onde deixamos o veículo estacionado já que o hotel ficava bem em frente a praça, nosso único trabalho seria atravessar a pista dupla principal e aproveitar o resto da cultura local.
-- King eu posso conversar com você em particular? -- Elaine sussurrou, concordei e me afastei seguido por ela.
-- Você parece preocupada irmãzinha, o que quer? –- Fui direto.
-- É sobre o noivado, como faremos? -- Não pude deixar de sorri e afagar seus fios loiros, por mais que tentasse esconder Elaine sempre será a mulher preocupada, dedicada e de bom coração que foi criada pelos tios com todo o carinho e sentimento do mundo, na verdade pareciam assumir o lugar dos nossos pais, foram capazes de suprir essa necessidade sem deixar de lado seus objetivos, desvanecer as memórias de nossos pais ou até mesmo o nosso futuro.
-- Elaine você não deve se preocupar com isso, não quero nenhuma das duas preocupadas com o quê e quando, procurem aproveitar ao máximo essa semana. Agora vamos voltar antes que aqueles dois planejem alguma farra -- gargalhei de leve e ela agarrou o meu braço direito com força.
-- O que você está tramando? -- Elaine me questionou, seu semblante exaltado me fez relembrar de nossa infância quando a mesma queria algo não descansava enquanto não conseguia. Era divertido vê-la se exaltar, suas bochechas adquiriram facilmente um rubor e nossos tios acabavam por ceder.
Ela beliscou meu braço direito me obrigando a sair de meus devaneios, pisquei algumas vezes e sorri novamente.
-- Relaxa, nada que no momento interesse a vocês mulheres -- dei alguns passos em direção a Diane que se manteve encostada no carro, não pude deixar de pensar em como sou um homem sortudo, afinal o meu amor por ela nasceu de uma amizade no momento em que descobrir que o melhor momento do meu dia era vê-la sorrir e se depender desse sentimento, meu casamento será eterno.
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𝐃𝐞𝐩𝐨𝐢𝐬 𝐝𝐚 𝐓𝐞𝐦𝐩𝐞𝐬𝐭𝐚𝐝𝐞 | Kiane(Concluída)
Fanfic𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢𝐝𝐚| 𝗘𝗺 𝗥𝗲𝘃𝗶𝘀ã𝗼 O tsunami invadiu a cidade e por três dias a castigou, eu sobrevivi e assim como o resto das pessoas tive que refazer a minha vida. Uma simples garota com seus 11 anos desamparada e perdida, afinal não havia ma...