14.Encurralada

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Quando eu entrei no carro de King me amaldiçoei, não queria ficar perto dele, não do jeito que eu estou, me sinto constrangida e ao mesmo tempo ansiosa e tudo que eu fiz foi respirar fundo e olhar a paisagem pela janela do carro. King em nenhum momento tirou os olhos da direção e o trajeto para o hospital ocorreu no mais perfeito silêncio.

-- Chegamos, se você não se importar eu quero te acompanhar -- quebrou o silêncio desligando o carro, eu queria rejeitar só a deusa suprema sabe mas, assim que assenti ele desceu do carro e abriu a porta para mim, tentei sair sozinha porém, King me pegou no colo novamente.

-- Arlequim o que você pensa que esta fazendo ? -- Meu constrangimento se elevou a níveis altíssimos. Eu não estava acostumada a ser carregada como um bebê e o único que havia feito isso até hoje foi o Howzer.

-- Você não está em condições de andar, além do mais isso não é um incômodo -– meu rosto corou involuntariamente e assim que cheguei na porta da emergência e pedi gentilmente para que ele me colocasse no chão, King me deixou sentada na cadeira e foi fazer minha ficha aquela situação estava terrível pois, não somos nada para ele tomar a frente desses assuntos. –- Eu já preenchi tudo, exceto o peso e a altura.

-- Ok, me dá que eu coloco -– escrevi os dados e entreguei nas mãos dele que leu a ficha e depois com um leve sorriso me entregou os cupcakes até então esquecidos.

-- Nossa eu cresci mesmo, estou mais alto do que você Diane –- sorriu pra mim de forma doce mas eu apenas desviei meu olhar, assim que fui ao médico meu tornozelo foi enfaixado e fiquei extremamente feliz em saber que dentro de sete dias eu estaria bem se não fizesse nenhum esforço por conta da torção leve.

-- Ufa! Vou avisar pro Escanor se bem que ele deve ver hoje a noite é aniversário da corporação -– eu e meu costume de deixar meus pensamentos fluírem, peguei a muleta e comecei a andar em direção ao carro, não dirigi um palavra durante o caminho até a casa dos Von Stain mesmo que eu quisesse não poderia, não até decidir se devo mesmo virar a página e perdoá-lo.


Narradora:

Enquanto isso na mansão Von Stain, a loira descia as escadas tranquilamente, a ressaca era forte mas não o suficiente para impedi-la de se levantar, encarou o ser semimorto em cima do sofá e apenas o cutucou com o pé:

-- Helbram levanta dai! Você tem cama, seu idiota!

-- Calma ai Laine... Eu estava de guarda -– se sentou arrumando os cabelos: -– King saiu com a Diane e estou esperando eles voltarem pra ver o que aconteceu!

-- É isso? -- Seu olhar era malicioso –- Ótimo, eu vou dar um empurrãozinho para os dois se acertarem e você assim como os outros vão me ajudar! Entenda que faço isso pela minha amiga e não pelo estúpido do meu irmão.

-- Aquela garota parece gostar mesmo dele não é Laine? –- Helbram sorriu de forma doce.

-- Não querido, gostar é o que eu sinto por você, tipo uma menina apegada a um cachorro, a Diane não, ela ama o meu irmão! -–  Ainda estava com ódio do esverdeado e nem tão cedo o perdoaria. -– Agora levanta dai que eu vou chamar o Ban e acordar os outros! -- Elaine subiu e entrou no quarto pulando em cima do homem de cabelos prateados e assim que o mesmo despertou e escutou seus planos teve a absoluta certeza de que aquilo seria muito divertido para ambos, limitou-se a ajuda-la a acordar o casal Melizabeth que por sinal havia sido interrompido:

-- Eu não gosto disso Elaine, você sabe muito bem que eu queria quebrar a cara do seu irmão –- a prateada cruzou os braços enquanto Meliodas lhe servia um copo de café.

𝐃𝐞𝐩𝐨𝐢𝐬 𝐝𝐚 𝐓𝐞𝐦𝐩𝐞𝐬𝐭𝐚𝐝𝐞 | Kiane(Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora