1.Desespero em Denzel

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Notas inicias: Capítulo corrigido, boa leitura.

Desespero em Denzel

10 anos antes:

O alarme soara por toda a cidade, havia risco de uma grande e forte tempestade as pessoas começaram a se alarmar se amontoando nas ruas, era perigoso ficar em qualquer lugar quando esse tipo de alarme soava.

"Abrigo das montanhas/ Alerta máximo"

"Abrigo das montanhas/ Alerta máximo"

"Abrigo das montanhas/ Alerta máximo" 


Aquilo estava sendo repetido há meia hora e em uma das enormes torres da pequena cidade Denzel uma mulher trabalhava o mais rápido que podia no caso número 03, a loira levantou foi até a janela de sua sala presidencial e pegou o binóculo pendurado ao lado resolveu olhar para o mar e seus olhos de cor violetas automaticamente baniram a expressão de medo ao ver as ondulações do mar, o binóculo caiu de suas mãos e ela apenas pegou sua bolsa e passou pela porta vendo que todos haviam seguido o alerta que agora soava de 10 em 10 min. Desceu correndo até a garagem subiu na moto e antes que desse a partida um barulho de arma de fogo sendo destravada soou pela garagem vazia o sangue escorria pela sua barriga e mesmo com dor a loira não tinha tempo para parar deu partida na moto escutando palavras ao vento:

— Pelo menos você não  vai ficar com ela!

Respirou fundo e foi em direção ao acampamento de verão, precisava tirar sua filha de lá e rápido.

· · • • • ✤ • • • · ·


Matrona chegou ao acampamento pálida e totalmente sem forças havia sangrado o caminho todo, mesmo nesse estado correu para encontrar sua filha queria vê-la nem que fosse uma ultima vez. 

— Diane! — ela gritava — Diane! — Ela gritou novamente vendo a menina se preparando para entrar no ônibus escolar. 

 — Mamãe! — A garota saiu correndo da fila de espera para subir no ônibus e ao ver o estado de sua progenitora as lágrimas tomaram conta da face assustada. 

 — Não há tempo para isso, temos que ir embora agora! — A loira falou a arrastando pelo braço, colocou-a na garupa da moto e deu partida na velocidade mais alta possível. — Precisamos chegar à montanha e rápido. 

— Mamãe você está sangrando muito. — Os olhos da morena ardiam conforme as lágrimas eram levadas pelo vento e a mesma tentava apertar o local do ferimento. 

 — Isso? Foi só de raspão, o desgraçado tinha uma péssima mira. — A loira respirou fundo e acelerou ainda mais o veículo, tentando se concentrar na estrada ao mesmo tempo que seus pensamentos a torturavam, talvez pelas escolhas do passado ou simplesmente por temer o futuro da pequena e indefesa garota de grandes olhos violetas.


As águas iram castigar e lavar com fúria aqueles que desrespeitaram a terra


Com esse pensamento Matrona seguiu para as montanhas, subiu o mais íngreme que pode com aquela moto o resto teria que fazer a pé, colocou sua bolsa e desceu a garotinha de 11 anos da garupa que estava assustada e tremia diante da aparência pálida de sua mãe.

— Vai ficar tudo bem meu amor — Matrona estendeu a mão para a filha que carregava uma enorme mochila de acampamento. A menina enxugou as lágrimas e seguiram montanha a cima quando chegaram ao topo haviam apenas 30 pessoas, duas conhecidas viram o estado delas e tentaram ajudá-las.

— Deitem-na aqui — Doutor Dana o médico conhecido por seus experimentos inovadores indicou o local e assim que seus ajudantes seguiram as ordens o mesmo levantou a camisa social da loira e em meio aquele sangue viu um buraco de bala na lateral do corpo. — Ela vai precisar de transfusão depois que sairmos daqui. — Ele inspecionou o ferimento e se preparando para atendê-la da melhor forma possível e Diane correu para os braços de sua mãe enquanto chorava e foi delicadamente envolvida pelo abraço terno.

— Você vai ter que ser forte minha pequena, pois talvez vague por esse mundo sozinha . — A loira estava exausta, os orbes violeta faziam o maior esforço do mundo para manter-se desperto.

— Por favor, mamãe não me deixe. — O choro de Diane estava cada vez mais alto enquanto as pequenas mãos apertavam o corpo da adulta, como se sentisse que aquela fosse a última vez a sentir-se tão segura. 

— E não vou, sempre estarei com você. — Matrona apontou em direção ao coração da criança. Diane não disse nada, apenas sentiu a montanha tremer perante as águas que passavam pela cidade com força levando tudo a sua volta, abraçou o corpo frio de sua mãe com um único pensamento:


Não  me deixe sozinha, sem você eu não posso viver .

𝐃𝐞𝐩𝐨𝐢𝐬 𝐝𝐚 𝐓𝐞𝐦𝐩𝐞𝐬𝐭𝐚𝐝𝐞 | Kiane(Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora