Por Diane,
Haviam se passado três anos desde que eu vim morar com a família Von Stain e depois de tudo que aconteceu comigo essa foi a melhor decisão que tomaram ao meu respeito, agora com treze anos consigo entender um pouco melhor o estado de minha mãe, demorei muito nesse tempo para voltar a sorrir e me senti acolhida por essa família que agora também faz parte de mim.
Gloxinia e Gerheade me pediram para os chamar de tio e tia e assim o fiz todos os dias e após a aula eu ia correndo visitar minha mãe no hospital que o próprio Gloxinia mandou construir na mansão, falei para ele que aquilo não era necessário afinal ter um hospital iria gastar muito dinheiro mas o mesmo me explicou que era o mínimo que poderia fazer pela minha mãe e que aquilo não passava de bens materiais que não fariam falta, não para alguém da realeza. No início não entendi, então perguntei para Harlequin que realeza era essa que tanto comentavam que todos quando viam se curvavam, então ele me explicou que seus pais eram os próximos sucessores do Trono de um lugar conhecido como Fairy Florest, um reino pequeno porém muito rico com muitos aliados e de uma beleza que eu nunca havia visto antes, cada foto que ele me mostrava eu ficava mais maravilhada e pensava quando é que poderei conhecer aquele lugar.
Arlequim e Elaine se tornaram parte fundamental da minha vida, Elaine era como uma irmã pra mim e Harlerquin, bem... nos éramos chegados. Minha vida finalmente estava perfeita e reconstruída eu sabia que não seria assim para sempre.· · • • • ✤ • • • · ·
Quando completei quinze anos uma carta do banco veio até nós a carta de Megadozer informando que estava na hora de eu cumprir com o acordo. Minha mãe havia sido bem minuciosa no contrato deixando claro que eu Diane Gupsy deveria aprender a me virar sozinha, ou seja, novamente ficaria isolada e ao fim daquela carta derramei minhas lágrimas incessantemente, eu não queria ficar sozinha. Demorei três anos para me acostumar e construir essa nova aliança a qual chamo de família e mais dois anos para me sentir completa e agora eu teria que abandonar tudo e não teria opção?Fiquei no meu quarto chorando por duas horas até King bater a porta, pedi para que ele não entrasse, eu estava horrível havia chorado muito mas ele me conhecia e sabia que precisava de alguém. Então calmamente abriu a porta e ao me ver deitada na cama chorando simplesmente se sentou e posou minha cabeça em seu colo fazendo carinho em meus fios.
— Escuta Diane estou aqui para o que você precisar, não precisa se sentir sozinha. — Sussurrouu acariciando meus fios com tanto carinho que a única coisa que fiz foi me permitir chorar mais e mais.
— King você não sabe o que está acontecendo ou você esqueceu daquela conversa que tivemos em Megadozer? —Apenas estendi a mão para ele e entreguei a carta, o mesmo me olhou confuso antes de pegar o papel amassado de minhas mãos.
— Eu já havia me esquecido Diane. — Um silêncio pairou pelo quarto enquanto ele lia a carta, quando terminou amassou o papel e arremessou do outro lado do quarto. —Isso é um absurdo! Vou falar com meu tio. Tem que ter alguma coisa que ele possa fazer, não vou permitir que isso aconteça relaxa Diane, daremos um jeito nisso! — Me sentei para encará-lo ele apenas depositou um selinho no canto dos meus lábios se levantou e foi em direção a porta assim que ele saiu eu levei meus dedos até o local, faziam três meses desde que nos beijamos pela primeira vez e por consequência aquele foi o meu primeiro beijo e aparentemente foi o dele também. Nossa relação ficava cada vez mais estranha, o que começou com uma simples amizade, hoje desabrocha em um sentimento que me deixa totalmente confusa.
Resolvi levantar e tomar rumo da minha vida, desci silenciosamente as escadas e andei até o escritório do Tio Gloxinia, coloquei as mãos na maçaneta e antes de abrir a porta pude ouvir toda aquela conversa:
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𝐃𝐞𝐩𝐨𝐢𝐬 𝐝𝐚 𝐓𝐞𝐦𝐩𝐞𝐬𝐭𝐚𝐝𝐞 | Kiane(Concluída)
Fanfic𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢𝐝𝐚| 𝗘𝗺 𝗥𝗲𝘃𝗶𝘀ã𝗼 O tsunami invadiu a cidade e por três dias a castigou, eu sobrevivi e assim como o resto das pessoas tive que refazer a minha vida. Uma simples garota com seus 11 anos desamparada e perdida, afinal não havia ma...