Chapter Twenty Three

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Park Jimin

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Park Jimin

Eu estava treinando novamente com Tae. Estava ficando bom em luta, já não me sentia tão inútil e indefeso quanto antes, me sentia mais forte e confiante, qual o problema? Um pouco de confiança em si mesmo pode ser uma coisa muito boa.

— Está ficando muito bom nisso Jiminie. — Taehyung disse ainda ofegante.
— Obrigado Tae. — Falei me erguendo de onde sentei para descansar.
— Está treinando com a catana?
— Oh, sim, ela é bem leve e corta muito bem. — Falo. — Mas ainda tenho muito medo que arrancar a própria mão.
— E deve mesmo, essa lâmina corta até o vento.

Assenti, realmente, essa lâmina corta até o que não pode.

Tae voltou pra cabana e eu fiquei treinando uns movimentos legais com a catana.

O sol já havia esquentado bem mais. Eu já estava mais suado que antes. Até que escutei um grito alto de dentro de casa, em seguida, algumas coisas caindo, e depois, choro de criança.

Meu coração parou por dois segundos.

Enfiei a espada na bainha e corri numa velocidade absurda pra cabana, empurrei a porta com força e lá dentro estavam todos eles.

Hye estava no colo de Jeon, e chorava muito. Olhei para os lados, todos estavam pasmos. Não falavam nada.

O que caralho foi que o meu filho não para de chorar!?

Andei rapidamente até Jeon e tomei Hye dos braços dele. Olhei pelo corpo do meu filho e vi que o braço dele estava muito, muito vermelho e ele ainda estava chorando.

— O que houve!? — Perguntei colocando ele sentado na mesa.
— E-eu só sai um segundo pra ir ao banheiro, então ele mexeu na panela com água quente que estava no fogão. — Tae respondeu trêmulo.
— Nós estávamos aqui na sala jogando cartas e não vimos que o menino estava sozinho na cozinha. — Jin falou nervoso.

Respirei fundo tentando acalmar Hye. Como eu vou cuidar de queimaduras agora?

Peguei uma garrafa de água fria que eu havia deixado perto dos canos de alumínio — pois quando traziam a água do rio, ficavam gelados e a garrafa também ficava um pouco fria — peguei Hye que ainda chorava de dor e lavei toda a sua ferida com a água fria.

— Jeon, segura ele aqui. — Mandei.

Ainda estavam todos paralisados. Mas eu devia agir.

Era o meu filho e eu que deveria estar ali para cuidar dele!

Jeon segurou ele no colo e eu despejei mais água ainda em seu bracinho.

— Taehyung, panos limpos. — Pedi.

Logo os panos estavam ali, enfaixei o braço de Hye com cuidado e o peguei no colo.

— Hye... — Balancei ele no colo.
— Está doendo papai... — Ele chorava.

Meu coração doeu tanto...

— Shhhhh, vai passar. — Fui pra varanda com ele.

Tempo depois ele se acalmou e dormiu.

Deixei ele na cama e tentei me acalmar também. Estava de pé velando o sono dele, logo senti uma mão em minha cintura. Vi que era Jeon pela respiração calma nos meus cabelos.

— Foi tudo tão rápido... — Ele disse. — Eu fiquei totalmente sem reação.
— Está tudo bem. Eu que deveria estar cuidando do meu filho.
— Jimin! Eu sei que Hye é o seu bem mais precioso e a prova disso é o fato de você literalmente estar treinando pra proteger ele. A culpa não foi de ninguém. — Jeon disse. — Foi uma fatalidade, por Deus que apenas o braço dele! Você estava treinando pra cuidar dele no futuro. Está fazendo tudo o que pode por ele. Não se culpe por algo que não está em seu controle, ele é uma criança e crianças são curiosas e infelizmente ocorreu isso.

Suspirei, Jeon estava certo. Mas isso não mudava o fato de que ele precisava de remédios e alguma pomada, ou iria sofrer demais e isso eu não poderia aguentar.

— Ele precisa de remédios... Uma pomada para queimaduras, mais curativos, como acha que vou arrumar isso? — Perguntei baixo.
— Vou na cidade hoje. Vou catar cada farmácia dessa maldita cidade e achar o que ele precisa. — Seu aperto ficou mais intenso. — Vocês dois são as minhas prioridades agora e se eu tiver que ir lá e matar todos aqueles zumbis idiotas eu vou fazer isso.

Me virei e abracei ele com cautela.

— Não sei o que faríamos sem você, obrigado por estar aqui e nos salvar. — Eu disse com a cara enfiada na curva do pescoço dele.
— Amor... Vocês me salvaram primeiro.

Eu não entendi muito bem o que ele quis dizer, mas assenti e beijei seu peitoral.

— Eu vou chamar Yoongi e Namjoon, vamos na cidade e procuraremos por remédios, só me diga do que precisa. — Ele disse ainda me abraçando.
— Vou anotar tudo. — Falei mais manhoso do que realmente queria.
— Está bem.

Ele saiu em silêncio, peguei um papel e um lápis, anotando o que eu precisaria

Sulfadiazina de prata
Ataduras
Remédio para dor
Soro fisiológico

Falei apenas o básico no papel. Sai do quarto e entreguei a lista para Jungkook.

— Ótimo, estamos indo agora. — Jeon disse. — Voltaremos para almoçar.

Ele beijou meu rosto e saiu.

— Jimin, olha, me perdoe! — Tae logo falou.
— Aquilo não foi sua culpa, Tae. Não foi culpa de ninguém. E está tudo bem agora. — Falei sincero. — Vamos pensar no almoço, logo eles estarão aqui novamente e cheios de fome.

Hoseok sorriu para mim e foi para a cozinha juntamente comigo.

— Vou te ajudar no almoço.

Continua...

DANGEROUS ZONE • JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora