[Em andamento] Após um vírus altamente contagioso se espalhar pelo mundo transformando pessoas em zumbis sanguinários, Park Jimin tenta sobreviver com seu filho num mundo cruel e hostil.
- Para trás! Ou explodo sua cabeça com um tiro só!
- Senhor po...
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Park Jimin
Eu estava treinando novamente com Tae. Estava ficando bom em luta, já não me sentia tão inútil e indefeso quanto antes, me sentia mais forte e confiante, qual o problema? Um pouco de confiança em si mesmo pode ser uma coisa muito boa.
— Está ficando muito bom nisso Jiminie. — Taehyung disse ainda ofegante. — Obrigado Tae. — Falei me erguendo de onde sentei para descansar. — Está treinando com a catana? — Oh, sim, ela é bem leve e corta muito bem. — Falo. — Mas ainda tenho muito medo que arrancar a própria mão. — E deve mesmo, essa lâmina corta até o vento.
Assenti, realmente, essa lâmina corta até o que não pode.
Tae voltou pra cabana e eu fiquei treinando uns movimentos legais com a catana.
O sol já havia esquentado bem mais. Eu já estava mais suado que antes. Até que escutei um grito alto de dentro de casa, em seguida, algumas coisas caindo, e depois, choro de criança.
Meu coração parou por dois segundos.
Enfiei a espada na bainha e corri numa velocidade absurda pra cabana, empurrei a porta com força e lá dentro estavam todos eles.
Hye estava no colo de Jeon, e chorava muito. Olhei para os lados, todos estavam pasmos. Não falavam nada.
O que caralho foi que o meu filho não para de chorar!?
Andei rapidamente até Jeon e tomei Hye dos braços dele. Olhei pelo corpo do meu filho e vi que o braço dele estava muito, muito vermelho e ele ainda estava chorando.
— O que houve!? — Perguntei colocando ele sentado na mesa. — E-eu só sai um segundo pra ir ao banheiro, então ele mexeu na panela com água quente que estava no fogão. — Tae respondeu trêmulo. — Nós estávamos aqui na sala jogando cartas e não vimos que o menino estava sozinho na cozinha. — Jin falou nervoso.
Respirei fundo tentando acalmar Hye. Como eu vou cuidar de queimaduras agora?
Peguei uma garrafa de água fria que eu havia deixado perto dos canos de alumínio — pois quando traziam a água do rio, ficavam gelados e a garrafa também ficava um pouco fria — peguei Hye que ainda chorava de dor e lavei toda a sua ferida com a água fria.
— Jeon, segura ele aqui. — Mandei.
Ainda estavam todos paralisados. Mas eu devia agir.
Era o meu filho e eu que deveria estar ali para cuidar dele!
Jeon segurou ele no colo e eu despejei mais água ainda em seu bracinho.
— Taehyung, panos limpos. — Pedi.
Logo os panos estavam ali, enfaixei o braço de Hye com cuidado e o peguei no colo.
— Hye... — Balancei ele no colo. — Está doendo papai... — Ele chorava.
Meu coração doeu tanto...
— Shhhhh, vai passar. — Fui pra varanda com ele.
Tempo depois ele se acalmou e dormiu.
Deixei ele na cama e tentei me acalmar também. Estava de pé velando o sono dele, logo senti uma mão em minha cintura. Vi que era Jeon pela respiração calma nos meus cabelos.
— Foi tudo tão rápido... — Ele disse. — Eu fiquei totalmente sem reação. — Está tudo bem. Eu que deveria estar cuidando do meu filho. — Jimin! Eu sei que Hye é o seu bem mais precioso e a prova disso é o fato de você literalmente estar treinando pra proteger ele. A culpa não foi de ninguém. — Jeon disse. — Foi uma fatalidade, por Deus que apenas o braço dele! Você estava treinando pra cuidar dele no futuro. Está fazendo tudo o que pode por ele. Não se culpe por algo que não está em seu controle, ele é uma criança e crianças são curiosas e infelizmente ocorreu isso.
Suspirei, Jeon estava certo. Mas isso não mudava o fato de que ele precisava de remédios e alguma pomada, ou iria sofrer demais e isso eu não poderia aguentar.
— Ele precisa de remédios... Uma pomada para queimaduras, mais curativos, como acha que vou arrumar isso? — Perguntei baixo. — Vou na cidade hoje. Vou catar cada farmácia dessa maldita cidade e achar o que ele precisa. — Seu aperto ficou mais intenso. — Vocês dois são as minhas prioridades agora e se eu tiver que ir lá e matar todos aqueles zumbis idiotas eu vou fazer isso.
Me virei e abracei ele com cautela.
— Não sei o que faríamos sem você, obrigado por estar aqui e nos salvar. — Eu disse com a cara enfiada na curva do pescoço dele. — Amor... Vocês me salvaram primeiro.
Eu não entendi muito bem o que ele quis dizer, mas assenti e beijei seu peitoral.
— Eu vou chamar Yoongi e Namjoon, vamos na cidade e procuraremos por remédios, só me diga do que precisa. — Ele disse ainda me abraçando. — Vou anotar tudo. — Falei mais manhoso do que realmente queria. — Está bem.
Ele saiu em silêncio, peguei um papel e um lápis, anotando o que eu precisaria
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Falei apenas o básico no papel. Sai do quarto e entreguei a lista para Jungkook.
— Jimin, olha, me perdoe! — Tae logo falou. — Aquilo não foi sua culpa, Tae. Não foi culpa de ninguém. E está tudo bem agora. — Falei sincero. — Vamos pensar no almoço, logo eles estarão aqui novamente e cheios de fome.
Hoseok sorriu para mim e foi para a cozinha juntamente comigo.