Chapter Twelve

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Park Jimin

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Park Jimin

Depois que acendi a fogueira, fui até a mochila que estava com Hye e peguei as coisas de dentro. Bom, somos em cinco agora e o Taehyung tem que comer bem pra se curar logo. Fora que precisamos de remédios pra ele. Como para dor e para evitar uma infecção. Abro as latas com cuidado. Estão meio enferrujadas e eu não estou afim de pegar tétano.

— Hye, não encoste nas latas. — Falo.
— Sim, papai.

Acho a coisa mais linda do mundo, o fato do meu filho quase nunca me perguntar o porquê da coisa. Ele só me obedece. Até agora, isso foi o que me deixou tranquilo em relação a sua educação. Porém, sinto que deixo faltar muita coisa ainda, ele sabe ler um pouco e escrever também. Mas eu vou ensinar tudo o que aprendi. Afinal, quase fiz faculdade. Fui o melhor da turma e pulei algumas séries da escola.

— Quer ajuda? — Yoongi pergunta se abaixando ao meu falo.
— Ah, pode ser. Preciso que abra as outras latas. Tenho que arrumar isso aqui pra ficar mais comestível. — Falo.
— Está bem.

Yoongi se senta ao meu lado e começa a abrir as latas junto comigo, eu havia pegado tudo da dispensa, contei dez latas de comida, cinco garrafas d'água, três pacotes de biscoitos, também achei creme dental. Depois que todas as seis latas de comida foram abertas, pude notar que já estávamos novamente sem suprimentos, afinal, contando com a refeição anterior, já acabaram. Temos salsicha enlatada, ervilhas em conserva e... Bem, é como feijão. Porém é grão de bico, sabe? Hahaha que horror!, Coloco os três elementos em panelinhas diferentes e coloco sobre a chapa de ferro que posicionei acima do fogo. Agora é só ferver e temperar melhor, já o fiz. Assim o Hye não come, e eu não o culpo.

— Gente, o Taehyung está acordando. — Jungkook diz.

Eu e Yoongi nos levantamos rápido. Pego minha camisa e visto.

— Vem Hye. — Chamo meu filho.

Entramos no trailer e lá está, ele deitado sobre o colchão no meio do automóvel. Com cara de quem não está entendendo onde se encontra e a perna parada ainda vermelha com o residual do sangue que ficou.

— O que aconteceu? — Ele pergunta.
— Você desmaiou. O Park tirou a bala de você. — Yoongi respondeu indo até ele.

Percebi que Jungkook estava com a mão na arma em sua cintura. Toco seu braço e ele retira de lá. Não dá pra julgar, Taehyung poderia não ter sobrevivido. Se você morre, vida zumbi, a menos que seja com alguma coisa destruindo o seu cérebro, aí você morre e fica morto. Mas se não, vira uma dessas coisas.

— E como ele fez isso? Aí! Porra! — Ele xingou.

Olho com a sobrancelha arqueada e Hye sorri sapeca, mas não fala nada. Falo sem som:

Nem pense nisso.
— Ele tinha algumas coisinhas... Basicamente abriu sua ferida, mais ainda no caso. Enfiou os dedos pra separar as coisas lá dentro com cuidado e tirou a bala com uma pinça de sobrancelha. Depois costurou tudo como linha preta e agulha de roupa. — Yoongi diz.
— Agulha de roupa?
— Sim, e linha preta. Lembre da minha preta. — Yoongi disse.

Taehyung parece ainda assimilar as coisas, tanto que está olhando pra um canto fixo com os olhos arregalados, como se pensasse naquilo.

— Obrigado Park! Adoro linha preta! — Ele disse sorrindo retangular.
— De nada, e sem formalidades, me chamem de Jimin, agora vamos comer.

Saímos de dentro. Yoongi ajudou Taehyung a se sentar em uma cadeira lá fora. Catamos uns pratinhos e talheres por ali, lavamos com cuidado e servimos a comida. Me sentei ao lado de Hye no chão, ele brigava para partir uma salsicha. Corro pra ele em pedaços pequenos.

— Então Jimin, ainda não disse, e a mãe do Hye? Se não for um assunto ruim para você, é claro. — Yoongi toca no assunto.
— Mas eu não tenho uma mãe. O papai é meu papai e minha mamãe. — Hye responde.
— Então foi de barriga de aluguel? — Taehyung pergunta.
— Não... — Falo suspirando.
— Não precisa falar, Jimin. — Jungkook sussurra ao meu lado.
— Algum problema?
— Não é que... O Hye saiu de mim. Literalmente.
— Como assim, saiu de você? É óbvio que saiu, foi do seu esper-
— Não! Eu digo que... Engravidei dele. — Falo e os dois arregalam os olhos.
— Então você é trans!?
— Não! Hahaha

Me levanto e abaixo um pouco a barra da minha calça, mostrando a minha cicatriz fininha de cesariana.

— Digamos que nasci com uma mutação e posso engravidar.

Os dois arregalaram os olhos, achei que fossem sair da cavidade ocular.

— Puta que pariu... — Yoongi diz e toca minha cicatriz. — Aí! Desculpa Hye!
— Relaxa. Agora que sabem. Espero que não saia daqui. Já sou muito perseguido sem que isso seja uma notícia espalhada pelo mundo.
— Claro... Mas, e o pai dele?
— Bom, digamos que eu nunca mais o vi. Não depois da nossa última noite, na qual Hye foi concebido.
— Aaah. Entendi. Mas Eae Jimin, ele era bonito? — Taehyung pergunta mexendo as sobrancelhas.

Me sento no canto de antes. Hye está sempre prestando muita atenção na conversa dos outros.

— Mais tarde falamos. — Falo.

Depois do almoço, conversamos sobre coisas aleatórias. Queria apenas um banho, mas seria impossível agora. Então apenas deitei com ele no colchão. Hye ainda tem medo de dormir longe de mim.

Depois de um tempinho, até eu cochilei um pouco. Ele já dormia pesado. Me levanto devagar e cubro ele. Saio do trailer. Encontro os outros sentados lá fora. Conversavam animados, porém baixinho, as coisas ficam mais violentas por essas horas da noite.

— Boa noite. — Falo me jogando em uma cadeira ao lado de Jungkook.
— Boa, quer cerveja?
— Que cerveja?
— Use a sua imaginação, quando estávamos no acampamento, eu e Taehyung fazíamos a melhor birita de todas. — Yoongi dizia animado.
— Uh, faz tanto tempo que não tomo uma gota de álcool. Da última vez, nove meses depois o Hye veio. — Falo dando risada com os outros.
— Mas Eae Jimin, o pai do Hye, era gostoso? Porque pra merecer esse seu corpinho... Tem que ser! — Taehyung perguntou.
— Se era gostoso? Isso é pouco pra ele. — Falo. — Taemin era o típico cara tímido que se soltava entre quatro paredes. — Completo pegando uma garrafa de água.
— Taemin? Esse nome é um nome pra gemer. — Taehyung disse.
— Pra gemer? — Jungkook entra na conversa.
— É, sabe, um nome bom pra gemer. — Falo.
— Mas como assim caralho? — Yoongi pergunta.
— Ah meu Deus! Um nome bonito pra se gemer! Tipo... Não, vai Jimin, fala aí como você fazia. — Taehyung fala.
— O-o que?
— Ah vai! Hahaha quero só ver. Ou melhor, ouvir.
— Ah... Normalmente a gente ia pra casa dele, aí podia gritar a vontade hahaha
— Ta, mas agora eu quero ouvir. — Yoongi diz interessado.
—  Era tipo... "Ahn vai Taemin" "Isso, vai mais rápido" "Ah, caralho... Isso, isso, não paraaaaa"
— Puta que pariu Jimin hahaha o menino devia viajar nos gemidos! — Taehyung diz. — Porque eu viajei! E nem tô falando de coisas inocentes!
— Gente pelo amor de Deus hahaha

Então com isso a gente começou a falar sobre a vida sexual e social. Descobri que eu sou o único passivo daqui e que o Taehyung é flex. Mas depois que mostrei meus gemidos o Jungkook ficou calado, por que será?

Continua...

DANGEROUS ZONE • JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora