Prólogo

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Estou a horas dentro desse táxi indo em direção a reserva quileute, estou quase deitando aqui atrás mas como uma boa brasileira eu sou paranoica demais para isso.

Estou sozinha no táxi e o motorista tem cara de psicopata, eu que não sou louca de dormir e ficar a mercê dele.

Assim que entrei sentei estrategicamente atrás do motorista, se ele ousar tentar alguma coisa eu enforco ele com o sinto de segurança. Vamos sofrer um acidente? Provavelmente. Mas ele morre primeiro que eu, disso eu tenho certeza.

Bom, eu vim de uma favela do Rio de Janeiro conhecida como complexo do dezoito. Fui nascida e criada lá, e por uns anos foi bom mas quando eu fiz dezesseis começou uma guerra entre facções. Foram os piores dois anos da minha vida, não podia sair sozinha e nas raras vezes que era necessário eu vestia as roupas do meu irmão.

Sim, a que ponto precisamos chegar naquele lugar para evitar ser machucada. E mesmo toda masculina ainda era assediada.

Cansei de tanta guerra e mortes, pesquisei por muito tempo até achar Forks a cidade que deve ter bueiro a cada dez passos para não alagar de tanto que chove.

Eu odeio chuva, mas foi o lugar mais tranquilo que eu achei. Então comecei a juntar dinheiro e contei meus planos para meu amigo que quis vir junto comigo. Trabalhamos desde os quatorze, fazendo uns bico por aqui mesmo. Buscando crianças na escola, capinando quintal dos vizinhos e tals.

Depois de juntar dinheiro conseguimos comprar uma casinha na reserva quileute, tem uma praia perto e eu amei isso.

Bruno, meu amigo só vai vir semana que vem ou talvez um pouco depois, ele precisava resolver umas coisas do trabalho ainda.

Saio dos meus pensamentos assim que o Carro finalmente para perto da casa que compramos. O taxista me ajuda com as malas aa deixando perto da porta, eu agradeço e lhe pago.

Eu ainda precisava buscar as chaves com um moço chamado Billy Black, parece que o antigo dono deixou as chaves com ele e pediu que cuidasse da casa.

Deixo as malas em frente a porta e começo a andar por ali na tentativa de achar alguém que possa me ajudar, estou com um leve medo de ser assaltada mas como nas malas só tem roupa está de boas. As coisas que são de valor estam na mochila que estou usando.

Ando por alguns minutos e olho para os lados tentando achar alguém para pedir informação, vejo um grupo de seis garotos e ando até eles.

Nossa senhora da bicicletinha que homens musculosos, senhor.
Espanto os pensamentos e chego até eles que estão rindo e conversando.

- Licença, será que vocês poderiam me ajudar? - Pergunto.

Eles me olham e ficam paralisados como se tivessem lendo minha alma, euem gente estranha. Tudo bem que eu sou bonita mas me olhar igual psicopata já é demais.

- Deu tilt foi? - Pergunto rindo e eles piscam.

- Olá, eu sou o Sam, esses são Paul, Jared, Embry, Quill e Seth. - o que parece ser o mais velho fala.

- Prazer Clara. - falo e eles sorriem.

- Precisa de ajuda? - o que parece ter minha idade pergunta, Seth se eu não me engano.

- Sim. Estou procurando o Billy Black, vocês por acaso conhecem? - Pergunto.

- Ele não mora muito longe, podemos levar você. - Paul diz.

- Eu gostaria de dizer que não quero incomodar mas eu me conheço e sei que mesmo vocês me explicando aonde fica eu ia me perder. - falo e eles riem.

- Você não nos incomoda Clara, vamos leva-la até lá. - Sam diz.

- Sua mochila parece pesada, quer que eu leve? - Quill pergunta.

- Não precisa, aí já é abuso demais. - rio.

- Não é abuso, você parece cansada e vai ficar com dor nas costas se continuar carregando tanto peso. - Seth fala.

- Deixa que eu levo. - Quill insiste e eu deixo, tô com dor nas costas mesmo.

- Obrigada gato. - falo e ele sorri corando.

Andamos por alguns minutos, os meninos eram legais me encheram de perguntas e lerda do jeito que eu sou me perdi no meio de tantas perguntas mas tentei ao máximo responder todas.

Chegamos em frente a uma casa que havia uma rampa na porta e o Sam chamou o tal de Billy, logo aparece um senhor de cadeiras de rodas e um menino moreno padrão quileute pelo que percebi musculoso. O menino também fica paralisado quando me vê, esse povo é realmente estranho.

- Olá meninos, quem seria essa jovem bonita? - o senhor pergunta me olhando.

- Eu sou Clara e vou morar em uma casa próxima daqui e o senhor Rick disse que a chave estaria com você. E o senhor tio legal na minha frente quem seria? - Pergunto e todos riem.

- Sou Billy criança, gostei de você. De onde veio? - Pergunta.

- Do Brasil, Rio de Janeiro para ser mais exata. - respondo.

- Então por isso é tão animada. - ele fala me fazendo ri.

Pego as chaves com ele e os meninos me acompanham até em casa depois de muita insistência, agradeço a eles que me convidam para ir a praia amanhã.

Eles falaram que vai ser um dos únicos dias do ano que vai estar sol, aceito empolgada e o sorriso deles crescem.

Jacob que é o filho do tio Billy diz que vai me buscar amanhã as dez, concordo me despedindo e entro na minha mais nova casa.

Finalmente paz.

Nossa Menina (Quileutes) - Triologia Nossa. Onde histórias criam vida. Descubra agora