𝓓𝓮𝓳𝓪 𝓿𝓾 | 𝒫𝒶𝓇𝓀 𝒥𝒾𝓂𝒾𝓃

Ponto de ligação

Jimin voltou para o hotel que estava hospedado com a cabeça quase explodindo de tanto pensar que a mulher que aparecia em seus sonhos poderia estar lá. Mesmo que isso lhe parecesse quase impossível, pensar na possibilidade de que pudesse ser verdade o deixava eufórico.

Clara, que saiu poucos minutos antes de Jimin chegar, voltou para a casa de sua amiga com uma dor no peito e sem que pudesse controlar, lágrimas insistiam em cair. Então, ela resolveu fazer uma chamada de vídeo com sua amiga Greta, e contá-la tudo o que aconteceu.

Greta: - Eu imagino como está sua cabeça Clara, não bastava você ter aqueles sonhos, agora está  tendo "visões".

Clara: - Nem me fale, eu não consigo explicar direito o que foi que senti naquele lugar. Era como se eu já conhecesse, e meu peito apertava, parecia que eu tinha passado por algum infortúnio naquele lugar, mas depois que me vi na frente do lago com o rapaz dos meus sonhos, também me veio a sensação de que também fui muito feliz naquele lugar. Eu realmente estou começando a achar que eu e ele temos alguma conexão de outra vida!

Greta: - Bom minha amiga, você sabe que eu sempre fui muito cética, mas depois de tudo que me contou que passou, eu estou começando a acreditar que de fato vidas passadas existem.

Clara: - Nossa, agora que vi a hora. Perdão te ligar tão tarde, aí no Brasil já é madrugada, me desculpe.

Greta: - Sem problemas, sabe que eu estou aqui sempre que precisar.

Clara desligou a chamada de vídeo e foi tomar um banho para jantar e depois ir dormir.

*JIMIN*

Assim que chegou no hotel, Jimin tomou um remédio para dor de cabeça e foi deitar-se.

Sonho: Jimin estava novamente parado na frente do portão do pequeno parque, porém, agora o parque não parecia ser tão velho, na realidade, era como se o mesmo tivesse sido inaugurado recentemente. Curioso sobre isso, Jimin entra no parque. A cerca de 200 metros do portão, Jimin avistou um lago, e uma moça estava sentada em frente a ele, sob uma toalha de mesa. E mesmo que Jimin não pudesse ver seu rosto, ele sabia que era a moça de seu sonho, e isso se confirmou mais ainda quando ele se aproximou, pois aquele perfume era inconfundível. Jimin correu para abraçar a moça, mas a cada passo que ele dava, ela se desfazia como fumaça.  Logo que a moça desaparece, Jimin se vê novamente em frente a ponte de seus sonhos anteriores, mas desta vez, não há ninguém o esperando. [fim do sonho]

Jimin acordou assustado e gritando: NÃOOOO!

Taehyung e JK que dividiam o quarto com ele, levantaram-se ao ouvir os gritos de Jimin, e foram até ele.

Taehyung: - Jiminah, o que aconteceu?

JK apenas olhava atentamente e preocupado.

Jimin: - Eu tive um sonho...(contou para ele e JK sobre o sonho). 

Jimin colocou as mãos no rosto e começou a chorar, os meninos ficaram sem saber o que fazer ou dizer.

Jimin: - É a primeira vez que eu tenho um sonho assim, meus sonhos anteriores sempre aconteciam em frente a uma ponte. O mais estranho de tudo é eu sonhar com um lugar que eu estive há tão pouco tempo. Eu já tinha tido a sensação de que conhecia aquele parque, e agora sonhar com ele e com a moça dos meus sonhos não me parece coincidência. Eu preciso descobrir o que está acontecendo.

JK: - Jimin-ssi, sei que está muito confuso e com a cabeça cheia de coisas. Mas amanhã cedo nós temos compromisso, tente descansar.

[NO DIA SEGUINTE]

*Clara*

Lea e Clara estavam tomando café da manhã e conversando.

Lea: - Claire, em que projeto você está trabalhando agora?

Clara: - No momento estou fazendo uma capa e ilustrações para um livro infantil.

Lea: - E você tem tempo para mais um projeto?

Clara: - Depende do que é, mas por que a pergunta?

Lea: - Bom, surgiu uma demanda lá na empresa, para a produção da capa de um álbum de um grupo sul-coreano, e eles querem algo mais conceitual e feito a mão, e eu só pude pensar em você. Você é extremamente talentosa.

Clara: - Nossa, mas eu nunca fiz algo do tipo. Eu precisaria saber de todo o conceito por de trás das músicas e etc.

Lea: - Mas você já faz isso com as capas de livros, você extrai a essência deles e coloca na capa.

Clara: - Eu imagino que seja diferente, pois além das letras das músicas há muitos elementos sonoros que são colocados com um propósito específico. Eu não sei se dou conta.

Lea: - Bem, pelo o que fiquei sabendo, os artistas são bem participativos nas criações e você teria total liberdade para tratar do assunto com eles, então acho que chegariam em um consenso. Pense um pouco e me dê a resposta até o final desta semana.

Clara: - Está bem.

A ideia de criar a capa de um álbum deixa Clara insegura, porém, apesar dessa insegurança, é como se ela ouvisse alguém falando em seu ouvido: Aceite! 

Há a sensação de que se ela não aceitar esse trabalho, ela se arrependerá amargamente disso, então, não há outra alternativa.