Fragmentos do passado

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A reunião para acertar alguns pontos correu bem e como esperado distraiu um pouco a cabeça de Jimin. Ele ficou muito animado em conhecer a tal artista, já que na reunião Lea falou tão bem da amiga.

*Clara*

Clara chegou do consultório extremamente cansada, o cansaço dela era descomunal, e uma bateu uma saudade sufocante de seu amado Adrian.

Clara: - Eu devo estar ficando louca, como posso ter saudade de alguém que eu nunca vi...nesta vida? Será que eu fui Amelia mesmo em outra vida?

Ela decidiu tomar um banho e ir dormir. Pensou "vou dormir, amanhã é outro dia".

Clara deitou-se na cama e logo caiu no sono.

[SONHO]

"Acorde Amelia, acorde! Lilian chacoalhava a irmã mais velha sem parar. 

Lilian: - Ora, acorde sem demoras. Mamãe está agitada lá embaixo, nós temos que tomar café da manhã na casa dos Carter. Sabe que papai se zangará  se chegarmos atrasadas.

Amelia: - Deixe de escândalo minha querida irmã, eu já irei levantar.

Ela se levantou, tomou banho e se vestiu com a ajuda de sua dama de companhia, Elise. E logo desceu.

Yolanda, mãe de Amelia a esperava com uma cara não muito boa.

Yolanda: - Você é três anos mais velha que sua irmã, mas ela é mais responsável que você, levantou-se há tempos, e estava a sua espera.

Amelia: - Vai ver é pelo fato de que ela é mais nova que tem tamanha energia.

Lilian: - Quem vê pensa que você já é uma senhora, minha irmã. Mas, você tem apenas 19 anos, cadê seu ânimo?

Amelia: - Você deve tê-lo roubado rs.

Yolanda: - Já chega meninas, vamos logo. Já estamos deveras atrasadas.

Logo partiram em direção a casa dos Carter.

Teodora, a matriarca da casa, atendeu prontamente as três.

Teodora: - Que bom que vieram. É muito bom vê-las.

Elas se cumprimentaram cordialmente, e sentaram-se a mesa.

Teodora e Yolanda conversavam um pouco sobre tudo, afinal, eram amigas de longa data.

Teodora percebendo que Amelia estava um tanto quanto inquieta, pergunta: - Há algo a incomodando, querida? Está a procura dele?

Amelia: - Dele quem?

Teodora: - Ora, não sou boba. Está procurando seu noivo, Adrian. Não está?

Amelia sem graça assentiu com a cabeça.

Teodora: - Meu querido Adrian não está aqui, ele saiu para cavalgar com o pai, e um amigo.

Ouvir que não veria o amado entristeceu um pouco Amelia, porém, como ela é uma dama de respeito, comportou-se como tal. Sempre ouvindo a conversa das mais velhas e falando sempre que lhe era dada a oportunidade.

Lilian: - Eu só gostaria de saber quando será a minha vez de me casar. Logo logo, Amelia se casará com Adrian, e eu ficarei a ver navios.

Yolanda: - Não diga bobagens menina! Você terá um noivo quando for a hora.

Teodora: - Sim, Lilian, você não deve se preocupar com isso. Uma moça linda e educada como você, com certeza terá bons pretendentes.

Elas terminaram o café, e ficaram um tempo na sala de estar conversando.

Teodora: - Amelia, querida. Por que não toca algo para nós? Soube que tem tomado aulas de piano, e que é realmente boa.

Amelia: - Não sou tão boa assim.

Lilian: - Ela está sendo modesta, ela é muito boa.

Amelia sentou-se ao piano e começou a tocar sua música favorita Träumerei de Schumann. Träumerei significa "sonhando" ou "devaneio", e é uma das obras de Schumann dedicada à sua amada, Clara, que também era pianista. Amelia adora as músicas de Schumann e se inspira com a história de amor dele e Clara.

Teodora e Yolanda ficaram emocionadas com a paixão que Amelia transmitia quando tocava.

Assim que Amelia terminou de tocar, aplausos ecoavam do corredor em sentido a sala, e em poucos segundos, entrou Adrian, seu pai, e seu amigo, Robert.

Adrian entrou na sala com um sorriso irradiante, e disse: - Que cara de sorte eu sou, logo me casarei com essa talentosa senhorita.

Robert: - Realmente és um cara de sorte.

O olhar que Robert deu para Amelia, a fez se arrepiar dos pés a cabeça.

Lilian se aproximou da irmã e sussurrou nos ouvidos dela: - Eu não gosto dele, ele me dá arrepios."

[FIM DO SONHO]

O alarme de Clara tocou, então ela despertou de seu sonho.

Ficou sentada um tempo na beira da cama remoendo o acontecido, a sensação de que ela estava de fato no passado e não sonhando lhe era muito estanho, estranho mais ainda, era o fato de não sonhar mais que estava na frente da ponte a espera de um rapaz de rosto desconhecido. O que será que havia mudado para que não tivesse mais tais sonhos? Seria a sua proximidade com Jimin?

Lea entra no quarto, e diz: - Arrume-se, Claire, hoje a tarde nós nos encontraremos com os meninos do grupo que lhe falei.

Clara se arrumou e desceu para tomar café da manhã, depois subiu novamente e começou a organizar suas coisas para a tão esperada reunião, e Lea observava tudo de perto, e ajudava no que fosse possível.

Clara: - O que vou fazer? Eu nem sei falar coreano, e se eu não me der bem com eles?

Lea: - Claire, vai por mim. Você vai adorar eles, eles são muito talentosos, educados e prestativos, confesso que quase me apaixonei. E quanto ao coreano, não se preocupe, você terá um tradutor, e, um deles é fluente em inglês, e alguns entendem e conseguem ao menos se comunicar.

Clara: - Está bem, eu já topei não é?! Não vou desistir agora.

Elas terminaram de arrumar as coisas, e um carro veio buscá-las.

O que acontecerá quando Clara ficar de fato cara a cara com Jimin?


𝓓𝓮𝓳𝓪 𝓿𝓾 | 𝒫𝒶𝓇𝓀 𝒥𝒾𝓂𝒾𝓃Onde histórias criam vida. Descubra agora