Jimin entrou em desespero ao perceber que Clara não respondia ao seu chamado.
Jimin: - Clara, minha vida. Acorde! Fale comigo!
Mas ela não reagia.
Depois de alguns minutos, o médico chegou e a examinou.
Jimin: - O que há com ela, doutor?
Dr. Lim: - Em meus exames não encontrei nada grave. Mas ela está com uma febre alta, e isso a impede de acordar, seu corpo está se preservando, guardando energia. Porém, febre alta é muito perigosa, vou administrar alguns remédios para que ela baixe o quanto antes.
O doutor então aplicou os medicamentos, e disse: - Por hora não há mais o que ser feito, eu volto mais tarde para ver como ela está.
Jimin agradeceu ao doutor e o acompanhou até a porta, e voltou para perto da amada.
Jimin acariciava os cabelos de Clara.
Passados alguns minutos, Lea chegou ao quarto.
Lea: - O que houve?
Jimin: - Eu não sei ao certo, eu vim visitá-la, e a ouvi gritar. Assim que cheguei até ela, ela estava muito abalada e ardendo em febre.
Lea: - Ai por Deus...e agora?
Jimin: - Um médico a examinou e lhe deu medicamentos para a febre abaixar.
Lea: - Olha Jimin, não é por nada. Mas parece que depois que vocês se encontraram, a vida da Claire se tornou mais complicada. Eu ouvi várias noites ela gritar enquanto dormia, e ela já ficou dessa forma duas vezes desde que se conheceram.
Jimin: - Você acha que não tenho pensado nisso? Mas eu não posso evitar, não posso ficar longe dela. Eu sinto que vou morrer se a deixar.
Lea: - Bem, agora não há nada que você possa fazer. Volte para seu lugar, prometo que lhe mantenho informado.
Jimin: - Desculpa Lea, mas eu não vou a lugar nenhum. Não sairei do lado dela, sequer por um minuto.
O celular de Jimin toca, é Jungkook ligando.
Jungkook: - Jimin-ssi, onde você está?
Jimin: - Estou com Clara, ela passou mal e não está nada bem. Não acorda.
Jungkook: - Não acredito no que estou ouvindo, eu sinto muito. Espero que ela fique bem.
Jimin: - Avise os demais. Eu não sairei do lado dela, enquanto ela não melhorar.
Jungkook: - Está bem, Jimin. Mas se cuide também.
E desligou.
Jimin voltou ao lado de Clara, que agora delirava.
Clara: - Não, não pode ser. Meu Eric, meu amado Eric. Sinto muito por deixá-lo sozinho.
Lágrimas rolavam dos olhos de Clara.
Jimin: - Se acalme, minha vida. Quem é Eric?
Mas Clara parecia não conseguir ouvir o amado. Ela continuava dizendo: - Meu Eric, meu amado Eric. Sinto muito por deixá-lo sozinho.
Enquanto estava em seu sono profundo, Clara revivia o momento do nascimento de seu filho, Eric. Primeiro, uma breve felicidade pelo seu nascimento, depois a grande dor de tê-lo abandonado ainda tão pequenino. Mesmo que não tenha sido sua escolha, a dor de deixar o filho "sozinho" no mundo era insuportável.
Jimin estava sem entender os delírios de Clara.
Os remédios enfim começaram a fazer efeito, e a febre de Clara diminuiu, passado algum tempo, ela abriu os olhos.
Jimin: - Você acordou, minha vida. Você voltou para mim.
Clara: - Ji.
Ela só conseguiu falar isso e chorou copiosamente. Jimin sentou-se na cama, Clara deitou a cabeça sobre seu peito. Ele a acariciava.
Jimin: - Chore o quanto precisar. Tire isso de dentro de você.
Ela chorou até que não tivesse mais lágrimas.
Jimin: - O que aconteceu, Clara?
Clara contou a Jimin sobre tudo o que sonhara.
Jimin sentiu vontade de chorar junto com Clara ao ouvir ela falar sobre o filho que tiveram na vida passada, e sobre a morte de Amelia.
Clara: - É tão injusto. Eu não consigo me conformar com o fim que todos tiveram. Eu já estava me acostumando com o fato de que Adrian morreria, eu já tinha visto isso, por mais difícil que fosse, eu já estava me conformando. Mas saber que eu morri tão cedo deixando nosso filhinho sozinho. Ah Ji, nosso pequeno, como será que foi a vida dele.
Jimin: - Não pense mais nisso. Sei que nossos sentimentos passados ainda estão conosco. Mas não podemos mudar o que aconteceu. O que nos resta é aproveitar o que temos agora, e sermos o mais felizes que conseguirmos. Nós devemos isso a eles.
Clara: - Eu não sei se consigo...
Jimin: - Descanse minha vida, não pense mais nisso. Vou pedir que façam uma sopa e tragam até aqui.
E assim o fez.
A sopa chegou.
Jimin assoprou a sopa na colher.
Jimin: - Vamos, abra a boca.
Clara: - Ei, eu não sou criança. Posso me alimentar sozinha.
Jimin: - Deixe de bobagem...Aaaa, abra o bocão.
Os dois sorriram e então Clara tomou toda a sopa.
Jimin: - Olha só que menina boazinha. Comeu tudo. Que orgulho.
Clara: - Você é bobo, sabia?!
Jimin sorrindo: - Sabia.
O celular de Jimin toca, desta vez é Jin ligando.
Jin: - Ô Jiminah, vai morar aí? Está super tarde, venha embora.
Jimin: - Eu não posso ir Hyung, agora não dá.
Jin: - Você vai se meter em apuros se não vier.
Jimin: - Está bem, Jin Hyung, estou indo.
E desligou a ligação.
Jimin: - Minha vida, eu preciso ir.
Clara queria dizer para ele não ir, que ficasse com ela o resto da noite. Mas achava que não era o certo, então apenas respondeu: - Está bem, Ji. Pode ir tranquilo.
Jimin: - Descanse bastante, não exite em me chamar ein. Antes de dormir eu te ligarei para saber como você está.
Clara acenou com a cabeça.
Jimin deu um beijo na testa de Clara e saiu.
Logo que Jimin chegou no corredor, ele começou a chorar desesperadamente. Sentia uma falta de ar gigantesca. Se abaixou colocando as mãos nos joelhos, como se isso ajudasse as lágrimas a cair e logo voltar a si.
Ficou assim por uns cinco minutos, e então foi embora.
Apesar de Jimin ter falado para Clara que eles nada podiam fazer em relação ao passado e que só podiam aproveitar o que lhes resta. A grande verdade é que Jimin sentiu uma tristeza profunda em saber que Adrian morreu sem mesmo conhecer o filho, e que Amelia morreu logo depois do parto, deixando Eric sozinho.
Jimin não conseguia parar de pensar: "Será que Eric teve uma vida sofrida ou apesar de tudo ele pode ser feliz?", "Será que Eric também reencarnou?", "Onde ele está?", e "Como será sua vida agora?"
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𝓓𝓮𝓳𝓪 𝓿𝓾 | 𝒫𝒶𝓇𝓀 𝒥𝒾𝓂𝒾𝓃
FanfictionClara tinha sonhos recorrentes com um rapaz misterioso, não importava o que acontecesse, toda vez que ela estava prestes a descobrir o rosto do rapaz, ela acordava. Seus sonhos vagavam entre as épocas, ora era no presente, ora no passado em tempos r...