Convergência

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Como Clara tomou remédio para dormir, ela teve uma noite tranquila.

Já Jimin, passou a noite em claro pensando sobre aqueles que Adrian e Amelia deixaram para trás. Afinal, o fim do casal foi triste, e eles eram muito amados por aqueles que os rodeavam. Por não conseguir dormir, Jimin decidiu descer e assistir TV.

Jimin: - Aiiish, que susto!

Jungkook estava na sala, sentado no sofá com as luzes apagadas.

Jimin: - O que é isso, menino?! Quer matar alguém do coração??

Jungkook: - Foi mal, Jimin-ssi.

Jimin: - Olha como fala, já te falei para me chamar de Hyung.

Jungkook: - Ohh, Jimin Hyung, foi mal.

Jimin: - Não conseguiu dormir?

Jungkook: - Não. Eu tive outro sonho. Foi estranho. Eu era criança, morava em uma casa de campo. Não era uma vida triste sabe? Eu era muito amado pelos meus tios e avós, brinquei muito, e tinha de tudo. Mas mesmo assim, eu sentia muita falta dos meus pais, mesmo nunca tendo os conhecido. Minha tia sempre me falava sobre eles, sobre o quanto eles se amavam, e tudo mais. Então eu acordei com essa melancolia.

Jimin: - Eu sinto muito! Sinto muito mesmo!

Jungkook: - Por quê? Não é culpa sua.

Jimin por pouco não conta toda a verdade para Jungkook, mas ele sentia que isso tem que ser feito pelos dois, por ele e Clara.

Jimin: - Um dia você entenderá! Mas, vamos ver um filme? Já que não conseguimos dormir?

Jungkook topou, e assim, os dois viram um filme juntos. Escolheram um filme leve, para acalmar os ânimos.

O filme acabou, o dia já tinha amanhecido, e mesmo assim, eles foram tentar dormir, nem que seja por poucas horas, afinal, precisam descansar para enfrentar o dia.

Clara acordou bem, tomou um banho e preparou o café da manhã. Estranhando o fato de que Lea ainda não tinha levantado, foi até o quarto da mesma.

Bateu na porta, e Lea não respondia. Então entrou no quarto.

Lea estava ardendo em febre.

Clara: - Lea, Lea, acorde, por favor, acorde!

Mas Lea não respondia.

Clara ligou para um médico e pediu que fosse até lá.

O médico chegou, examinou Lea, e lhe deu antitérmicos para abaixar a febre, e disse a Clara que se a febre não abaixasse em um determinado tempo, ela teria que ser levada ao hospital.

Clara ouviu tudo atentamente e agradeceu ao doutor, que logo partiu.

Clara ficou a manhã inteira cuidando de Lea, que aos poucos foi melhorando, e voltando a si.

Lea levantando: - Claire, o que houve?

Clara: - Não se levante, fique deitada. Você teve uma febre muito alta!

Lea: - Eu...eu, estava presa em um sonho. Mesmo tendo tomado o remédio para dormir profundamente, eu acabei sonhando. Eu tive um sonho pertubador. Eu fiz algo mal, algo muito mal.

Ela começou a chorar copiosamente.

Clara: - Deixa isso pra lá. Se acalme, não fique lembrando. Seja o que for, já passou.

Lea: - Mas, Claire, eu preciso, preciso mesmo te contar.

Clara por dedução já sabia muito bem o que Lea ia dizer, mas não se sentia preparada para ouvir as palavras saírem da boca da amiga.

Clara: - Está tudo bem! Eu lhe preparei uma sopa, vou buscar. Por favor tome ela, eu preciso sair. Vou me encontrar com Ethan, nós temos uma reunião.

Lea: - Eu deveria participar, porém estou sem condições. Peça desculpas ao Ethan por mim.

Clara: - Pode deixar, ele com certeza vai entender.

Ela deixou a sopa no quarto e assim saiu.

Ao sair de casa, Clara deixou as lágrimas escorrerem do seu rosto, e chorou durante todo seu trajeto até a empresa.

Assim que Ethan a viu, ele logo percebeu que Clara não estava bem.

Ethan: - Você não está com uma cara muito boa, minha amiga. O que houve??

Clara: - Bem, eu não sei se devo lhe contar. Não sei se vai entender. É tudo tão confuso, triste e perturbador.

Ethan: - Sinta-se a vontade de me contar o que quiser. Sabe que pode confiar em mim! Aliás, cadê Lea?

Clara: - Lea está doente, teve uma noite difícil, teve uma febre muito alta. Então não pode vir.

Ao ouvir sobre Lea, Ethan colocou a mão no coração, e uma lágrima escorreu do seu olho.

Ethan: - Mas como ela está agora??

Clara: - Ela está melhor da febre, mas sua cabeça anda muito confusa. Acho que ficará alguns dias sem trabalhar.

Ethan: - Eu entendo. O importante é a saúde dela. E você, minha amiga, também não está em condições de trabalhar, estou vendo que está aérea. Vamos deixar a reunião para outro dia, está bem?

Clara: - Nossa, você é um anjo, sabia?? Obrigada, eu realmente não estou com cabeça para o trabalho agora.

Ethan: - Tudo bem. Eu estou vendo. Clara, você pode me passar o endereço de vocês? Se não for incômodo e estranho, eu gostaria de visitar a Lea.

Clara: - Imagina, incômodo algum!

Ela passou o endereço e se despediu do amigo.

Quando estava no corredor, Clara recebeu uma ligação, era Greta.

Clara: - Oi Gree, está tudo bem?

Greta: - Está sim! É que eu tive um sonho. E eu precisava lhe contar sobre ele.

Clara respirou fundo, tudo parecia girar, será que ela estava preparada para ouvir o que Greta tinha para falar?

Pronta ou não. Não tinha como Clara escapar da situação, afinal, o que é para acontecer, acontecerá.

Clara: - Conte, estou ouvindo!

Greta: - Nesse sonho, eu era uma jovem moça, e tinha uma irmã mais velha. Essa irmã tocava piano lindamente. Nós éramos muito amadas por nossos pais, e minha irmã tinha um noivo, que também a amava muito. Clara, mesmo sem ter a mesma aparência, eu sei que aquela moça era você, e o noivo era o Jimin. Tudo ia bem, todos estavam tão felizes, então uma tragédia aconteceu. Nessa tragédia, minha irmã perdeu seu amor e a vontade de viver, mas ela tinha um motivo para lutar, ela ia ter um bebê. Foram momentos muito difíceis, mas com o passar dos meses parecia tudo estar melhorando, minha irmã se animava cada dia mais, em pensar em ter o fruto do seu amor em seus braços. Porém, o destino foi muito traiçoeiro, e a levou desse mundo, deixando o pequeno Eric comigo. E daí acordei.

Clara ficou em silêncio. Ela começou a ouvir um choro de bebê, e não conseguia sequer ouvir Greta falando no celular.

Greta: - Clara? Clara? Você está aí??

Enquanto Clara falava no celular, Jimin se aproximava dela. Ele tinha ido na empresa resolver algumas coisas.

Ele viu a amada parada no corredor, com o celular no ouvido porém com um olhar completamente vazio.

Ele pegou o celular e respondeu Greta.

Jimin: - Greta, Clara não está em condições de respondê-la. Depois ela te liga.

Greta mesmo sem entender, disse ok e desligou.

Jimin passando as mãos em frente de Clara: - Clara, minha vida. Me responde, fala comigo.

Ele passa a mão em sua cabeça, acariciando seus cabelos e rosto.

Jimin: - O que houve, minha vida? Fala comigo!

Clara se recupera do transe, diz: - Ji!

E desmaia.

𝓓𝓮𝓳𝓪 𝓿𝓾 | 𝒫𝒶𝓇𝓀 𝒥𝒾𝓂𝒾𝓃Onde histórias criam vida. Descubra agora