Capítulo 4

16 1 0
                                    

Disponível completo no Kindle Unlimited:

https://www.amazon.com.br/dp/B09GD45QKM


Samantha acordou destruída, o sofá não era confortável, além dela estar inquieta durante à noite toda, acordava a cada pouco olhando para o pai para ter certeza que ele ainda estava ali, que ele estava bem. John chegou pouco depois dela lavar o rosto no banheiro, ele trazia rosquinhas e café. Leo e Zack estavam na porta do quarto.

—Bom dia. — disse ele baixo —Achei que poderia estar com fome, você estava inquieta a noite.

Ela tentou disfarçar o sorriso e mordeu o lábio, com força, para se concentrar na dor.

—Obrigada, é preocupação com o velho. — respondeu ela.

A roupa amassada, olheiras enormes, a maquiagem já tinha saído, o rosto limpo, amassado, mas o cabelo intacto, ela continuava linda.

—A dona Morgan ligou, ela falou que já está a caminho. Para você poder ir para casa dormir um pouco. — continuou ele, que tentava não olhar para ela e parecer indiferente.

—Falei com a Amy ontem, combinei isso com ela. — respondeu mais ríspida do que queria.

Então Alan entrou no quarto com café.

—Cheguei tarde. — disse ele apontando para o café ao ver Samantha segurando o café e as rosquinhas.

—Café nunca é demais. — respondeu Samantha sorrindo e pegando o outro café.

Alan e John se olharam sérios.

—Já vi que a concorrência é séria. — disse Alan tentando fazer piada.

—Não há concorrência. — falou Samantha, antes que John dissesse algo —Ele apenas é educado, por ser subordinado do meu pai. Além disso, quem disse que é uma competição? Sou bem grandinha para tomar minhas decisões. Não sou mais adolescente para essas coisas. — ela então saiu do quarto meio irritada com eles e com os dois copos de café, o cigarro em um bolso, o celular no outro. —Avisa a M que eu tô no terraço e já volto. — disse para Leo na saída.

Os dois na porta ouviram tudo e riam, discretamente, Leo apenas concordou com a cabeça. Alan conferiu os sinais vitais e os curativos de Bob, que acabou acordando.

—Bom dia, doutor, podia mandar uma enfermeira fazer isso, não? — perguntou com voz sonolenta e arrastada —Não é legal, acordar com um homem me tocando assim. — ele riu.

—Bom dia, Bob, vou vir com a enfermeira das próximas vezes. — ele riu —Como está se sentindo? Como passou a noite?

—Estou dolorido, como se tivesse sido atropelado por uma manada de búfalos. Mas dormi como uma pedra. — respondeu e olhou para John —Cadê o capeta de saia?

—Ela acabou de sair para comer e fumar, trouxe café e rosquinhas para ela. — respondeu John.

—Capeta de saia? — perguntou Alan.

—A garota bonita que você está olhando e tentando agradar. Não se engane, ela deixa o diabo com medo. — disse Bob.

—Ela não parece tão ruim, ficou a noite toda no sofá cuidando de você. — respondeu o médico sorrindo.

—Eu sou o pai dela, é obrigação. Você vai ser só mais um numa lista enorme de conquistas descartadas. — ele olhou para John, que tentava parecer sério e não mostrar sua frustração.

Alan olhou para John, depois para Bob de novo.

—Então é isso que aconteceu com ele? — perguntou enquanto anotava as coisas na ficha.

Entre Leis & SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora