Capítulo 17

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Livro Completo Disponível no KindleUnlimited

Autor: Francieli Mikeline

Livro: Entre Leis & Sangue

Em Santa Fé, Samantha quis ir para casa de Bob, que agora era dela. Bob e Morgan já estavam instalados na casa nova. Mas John foi direto para casa dele. Ele insistia para ficarem perto da família dele, já que estavam longe faziam dias. Mas principalmente porque achava que a companhia delas faria bem para Samantha. Contudo, quando ele saia Samantha ficava trancada na casa dele, dormindo ou fingindo que dormia e não falava com ninguém. Só ia para casa da frente quando John a arrastava. Ela estava apática e não falava muito, ninguém forçou. Ele contou para elas sobre a ameaça e o medo que dominava Samantha, elas ficaram assustadas, mas não havia mais o que pudessem fazer.

Depois de uns três ou quatro dias ali John aceitou leva-la para casa. John precisava cuidar de umas coisas do clube e a deixou sozinha. Quando voltou para casa havia um bilhete que dizia que ela voltaria logo. Mas ela não voltou. Já era noite e nem sinal de Samantha. Os celulares dela estavam no quarto e John começou a se preocupar. Ligou para Lara, Charles, Morgan, Bob, ninguém sabia dela, Bob chegou em casa pouco depois.

—Ela não avisou nada? — perguntou Bob.

—Deixou um bilhete dizendo que saiu um pouco e logo voltava. Eu cheguei faz umas duas horas, nem sinal dela. Morgan, Charles e Lara, não falaram com ela.

—Foi na Donna ver se ela passou por lá comprar rosquinhas?

—Na Donna, no mercado, no bar. Ninguém viu ela. A pedreira é muito longe e ela não tá podendo dirigir.

—E Nicko?

—Mas Nicko... Ah... não tinha pensado nisso.

Bob foi de moto e John com a caminhonete de Samantha e foram ao cemitério. Ela estava deitada no gramado, olhando para o céu, ao lado do túmulo de Nicko, haviam algumas garrafas de cerveja ao lado dela. Bob pediu para John esperar, ele queria falar sozinho com ela.

—Ei princesa, meio deprimente, seu novo lugar favorito. — disse se aproximando e sentando no chão ao lado dela.

Samantha se sentou e olhou para o pai, não tinha chorado, mas estava abatida.

—Eu passava horas conversando com ele, sinto falta disso. Então vim aqui contar tudo para ele e pedir conselhos que nunca seguia. — ela sorriu.

—Nunca entendi você dois, nunca fez sentido para mim o quanto você o ama. Vocês eram tão diferentes.

—Ele foi o meu herói, o príncipe no cavalo branco que salva a princesa, sabe? — ela olhou para o pai com carinho —Mas eu não sou uma princesa, eu sou a bruxa má, a vilã, por isso nunca demos certo. Ele não devia me amar.

—Você sempre foi mais inteligente, mais bonita, mais rica. Mais tudo.

—Não, eu sou inteligente, em algumas coisas, mas ele era em outras. Mais sensato, mais maduro, mais cauteloso, mais calmo. Pelo menos no que se relacionava a mim e meus problemas. — ela riu —Talvez não fosse bonito no sentido convencional da palavra, mas ele era bonito. O sorriso bobo que ele tinha. Aquele olhar sonhador, apaixonado, que sempre esperava o melhor das coisas.

—Bom, não posso discordar. Ele te olhava com amor e sorrindo e sempre desejava o melhor para você.

—Acho que eu teria morrido antes de ir para Nova York se não fosse por ele.

—Ele teria morrido em algum racha antes de fazer dezoito anos. Vocês se salvaram.

—Eu tô tão perdida sem ele. Como se faltasse uma parte de mim.

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