Capítulo 5

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Londres

Maio de 1834

Belinda havia acordado cedo para cavalgar com suas irmãs no Hyde Park. Gostava bastante de poder participar dessas atividades com elas. Saíram cedo para evitar o horário que a sociedade gostava de se exibir com suas carruagens em Rotten Row, o que atrapalhava bastante quem estava interessado em uma boa corrida à cavalo.

Chegaram no Rotten Row e começaram a cavalgar, apesar de não ser de bom tom competirem entre si, sua mãe não parecia se importar muito.

No meio da atividade, Belinda sentiu seu chapéu caindo e acabou desistindo da competição, não poderia ficar no parque sem chapéu, seria escandaloso.

Deu a volta com o cavalo para localizar onde o acessório havia caído e viu um cavaleiro montado em um puro sangue branco, abanando o chapéu e indo em sua direção.

— Presumo que seja seu, senhorita — ele avança para ela em um trote suave.

Christian podia analisar por suas vestes e postura que era uma dama.

Belinda ia em sua direção, parando lado a lado enquanto fazia o cavalo se acalmar.

— É sim. Obrigada, milorde.

Ele inclina a cabeça em uma reverência, os cachos loiros lhe desciam pela testa.

— É sempre uma honra ajudar uma dama. Aqui — ele lhe entrega o chapéu.

— É muito gentil da sua parte. À quem devo agradecer?

— Sir Christian Barlow, senhorita. Ao seu dispor — diz ele, galante.

— Muito prazer, Sir Barlow. Me chamo Belinda Basset.

Christian cerra os olhos.

— Seria uma das filhas do duque de Hastings, milady?

— Creio que está certo, milorde.

— Admiro muito Hastings. Meus cumprimentos a sua família.

— Levarei, milorde. E obrigada por salvar meu chapéu.

Belinda dá um último sorriso e começa a se afastar.

— Milady, um momento — Barlow se juntava a ela — Sei que posso está sendo inconveniente, e já peço perdão adiantado, mas me pergunto se irá ao baile na casa Bridgerton esta noite? — os olhos de Christian estudavam o rosto de Belinda com astúcia.

Belinda sorri para Sir Barlow. Ele parecia ser um cavalheiro bem educado e bonito, não poderia negar. Era uma beleza clássica, quase angelical, diferente do conde de Wexford, que era belo, mas parecia exalar pecado e malícia.

Belinda balançou a cabeça, não sabia porquê estava comparando os dois. Voltou sua atenção novamente para o cavalheiro à sua frente.

— Irei sim, e o senhor?

— Também irei. Espero encontrá-la mais tarde então — ele abaixa um pouco o chapéu a modo de cumprimento e sorri.

— Igualmente — ela sorri novamente — e obrigada novamente por ter resgatado o meu chapéu.

Eles se despedem e Belinda retoma seu caminho até suas irmãs e o cavalariço que as acompanhava, ao final da estrada.

— Quem era aquele, Beli? — perguntou Amélia com curiosidade.

— Sir Christian Barlow.

— Nunca ouvi falar.

— Nem eu.

ᴜᴍ ᴄᴏɴᴅᴇ ᴅᴇ SᴏʀᴛᴇOnde histórias criam vida. Descubra agora