𝟏𝟕

133 12 5
                                    

#'𖦹 ˖ Notas iniciais: Não se esqueçam de votar e tenham uma boa leitura.


#'𖦹 ˖ ALERTA: Menção de uso de drogas, bebidas alcoólicas, dependência química

downfallꜞꜝ. . .



Flashback on
02/08/2019
04:25, nublado

- Você está bem? - Uma voz doce invadiu meus tímpanos. Olhando para cima pude ver o menino que havia visto antes. Os corvos.

- Sim... Ehr, obrigada. - Disse meio sem graça enquanto o olhava. Ele tinha alguns piercings na orelha e um no canto do lábio inferior, sardas na área do nariz e cabelos de tamanho médio com as cores verde musgo e platinado na região da nuca.

- Disponha. - Sorriu colocando a mão no meu ombro e me levando até a saída da balada. - Você não parece nenhum pouco sóbria, quer que eu te leve pra casa? - A rua a esse horário estava deserta e completamente escura, apenas um poste com luz amarelada iluminava a calçada que estávamos, mas mesmo assim, era fraca. Suspirei fundo.

- Pode ser, se não for um problema. - Ele sorriu fazendo sinal para que eu acompanhasse.

Saeko havia me dito para ficar longe deles, caso alguém trombasse comigo em algum momento na boate. Eu poderia estar cometendo o maior erro na minha vida, mas agora eu não me importava. Não agia de modo impulsivo, mas neste momento eu não me importava, apenas queria me sentir viva.

Entramos em um carro todo preto, cuja não me dei trabalho de ver como era, logo o esverdeado deu partida, seguindo a estrada escura com uma música aleatória tocando no automóvel em volume baixo. Depois de uns minutos em silêncio ele me pergunta o endereço da minha casa e coloca no GPS do celular.

- Eu nem perguntei seu nome, né? - Falei com a voz embargada olhando para ele, que riu fraco quando me pronunciei. Balançou a cabeça negando. - Qual o seu nome?

- Tadashi. E o seu?

- [Nome]. Você não parece ser daqui, mal conhece as ruas de Nova York. - Lancei, visto que ele realmente parecia ficar perdido em algumas estradas da cidade.

- Você está certa, eu moro na França, vim para cá a trabalho. - Ele vai diminuindo a velocidade do carro até parar em frente ao meu prédio, que observando agora parecia monótono e sem vida. - Chegamos.

- Obrigada por me ajudar e não me matar enquanto estava no carro. - Ri baixo abrindo a porta e me apoiando na janela assim que saio, o vendo rir.

- Disponha. Você não deveria aceitar carona e doce de estranhos.

- Estava me observando? - Ri fraco.

- Confesso que não é todo dia que vejo alguém tão interessante em boates como aquela. - Senti meu corpo gelar lentamente, virei o rosto e me afastei do carro.

- Adeus, Tadashi.

- Espero te ver de novo, [Nome].

Logo o carro se distanciou em uma velocidade muito alta, fazendo um barulho estrondoso do motor. Adentrei o pátio do prédio cambaleando um pouco e após estar na cabine metálica pego meu celular de dentro da bolsa e mando mensagem para Koushi, avisando que tinha ido embora e já estava em casa.

Peguei o número de cada um deles enquanto usávamos todo tipo de droga presentes naquela mesa. Koushi de certa forma parecia ser o mais responsável em meio aos derrotados e viciados em cocaína. Era até mesmo irônico tudo isso.

𝒅𝒐𝒘𝒏𝒇𝒂𝒍𝒍 (𝑨𝒌𝒂𝒂𝒔𝒉𝒊 𝑲𝒆𝒊𝒋𝒊) [𝐞𝐦 𝐫𝐞𝐯𝐢𝐬𝐚̃𝐨]Onde histórias criam vida. Descubra agora