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#'𖦹 ˖ Notas iniciais: Não se esqueçam de votar e tenham uma boa leitura.


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Flashback on
02/08/2019
12:17, nublado

Abro meus olhos lentamente, agradecendo mentalmente pelo quarto estar escuro. Me mecho um pouco na cama sentindo minha cabeça latejar devido às consequências da noite anterior. O quarto estava vazio. Não sabia se a presença dos meus amigos teria sido um delírio, mas pelos barulhos vindo da cozinha mostrava que não. Era impossível cozinhar algo com Bokuto ao nosso lado.

Me sento na cama com dificuldade, parecendo que minha cabeça pudesse explodir a qualquer momento. Na mesa de cabeceira, perto do meu celular, vejo um copo de água com um comprimido de aspirina e um bilhete.

"Deixamos isso para você, tome e quando estiver se sentindo melhor, venha até a sala para que possamos conversar. - Kuroo."

Assim foi feito, tomei todo o copo de água junto da pílula, nunca havia sentido tanta sede na minha vida. Enquanto o remédio agia, sai da cama trocando a roupa que estava para uma mais quente. Realmente Nova York estava uma loucura.

Saio do quarto com meu celular em mãos, me deparando com diversas mensagens da Alisa e Keiji. Não queria responder nenhum dos dois no momento, tinha muita coisa para pensar e nem sabia por onde colocar as coisas na minha cabeça em ordem.

- Bom dia. - A voz de Tetsurou ecoou pelo local.

- Bom dia. - Falei baixo indo na cozinha pegar uma garrafa de água, a bebendo até a metade.

- Como está se sentindo?

- Um pouco enjoada e com dor.

- O que aconteceu ontem, [Nome]? - Kotarou foi direto. Suspirei em resposta, procurando palavras certas.

- E-Eu não sei. Eu cheguei em casa depois da faculdade, mas eu estava me sentindo tão sufocada nessa merda. Só não aguentei mais ficar aqui por mais um minuto sequer.

- Mas o que te fez chegar a esse ponto? - Kuroo falava com cuidado.

- Essas porras de cartas repetitivas, eu quero estar com alguém mas ele só me afasta, a merda do aluguel, a faculdade. Tudo, Tetsurou, tudo está me fazendo chegar a esse ponto. - A esse momento eu me corroía por dentro para não deixar uma lágrima rolar pelo meu rosto. - Só não aguento mais, não sei o que fazer. Parece que todo dia eu estou sendo precionada por algo diferente, seja por esses malditos anjos ou pelas palavras da porra do meu pai morto. - Ri sarcástica, deixando cair uma lágrima solitária mas que foi rapidamente limpa. - Eu já sei o que vocês iram falar, mas eu não quero procurar ajuda, não quero ter que ficar dopada de remédios como a minha mãe. Eu só quero achar alguma coisa pra me fazer bem. Vocês me fazem bem, mas eu quero sair do que eu tô sentindo.

Eles ouviram tudo sem dizer uma palavra sequer, me encaravam com feições preocupadas que me partia o coração. Logo os dois vieram ao meu encontro e me abraçando forte, me fazendo desabar em lágrimas.

- Eu sei que você não quer isso, mas pense por um outro lado, [Nome], vai ser melhor para você. - Balançava a cabeça em negação.

- Eu não quero acabar como a minha mãe.

A mulher depois da morte do marido acabou agravando mais ainda em sua depressão, tendo que tomar remédios mais fortes que a deixavam em quase estado vegetativo. Ela passava dias desacordada. Era doloroso estar todos os dias ao seu lado à espera dela acordar e não ter nenhuma resposta.

𝒅𝒐𝒘𝒏𝒇𝒂𝒍𝒍 (𝑨𝒌𝒂𝒂𝒔𝒉𝒊 𝑲𝒆𝒊𝒋𝒊) [𝐞𝐦 𝐫𝐞𝐯𝐢𝐬𝐚̃𝐨]Onde histórias criam vida. Descubra agora