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#'𖦹 ˖ Notas iniciais: Não se esqueçam de votar e se puderem ajudar a autora falida, agradeço a quem compartilhar a história 💜. Tenham uma boa leitura.



#'𖦹 ˖ ALERTA: Assédio e drogas


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Flashback on
26/01/2020
04:23, nublado.


- Me solta. - Minha voz saiu fraca e baixa, enquanto o loiro me prendia contra a parede com uma mão e a outra passeava pelo meu corpo até chegar na minha coxa, passando os dedos nos rasgos da minha meia calça adentrando o vestido. Resmunguei em protesto, mas minhas palavras saiam completamente desconexas.

- Shh. - Aproximou nossos rostos, deixando seus lábios próximos aos meus. Podia facilmente sentir o cheiro forte de tequila que o seu hálito emanava, me deixando totalmente enojada. - Fica quietinha. - Levou a sua boca até a curvatura do meu pescoço deixando algumas mordidas e chupões pela região.

Sua mão que estava presa a minha cintura me apertava com tanta força que chegava a machucar, o mesmo acontecia para o que fazia em meu pescoço. Eu queria gritar, queria fazer algumas coisas, mas eu me sentia completamente fraca. Reunindo forças, levantei a minha perna direita, pronto para chutá-lo, mas ele segura ela, retirando um pouco a mão da minha intimidade e a levantando mais ainda, encaixando-se melhor em meu corpo. Lágrimas silenciosas escorriam pelo meu rosto devido a dor e principalmente ao medo e desespero.

- Terushima, para, por favor. - Minha voz saiu chorosa, enquanto eu tentava o empurrar pelos ombros, mas era falho.

- Por que eu pararia? - Escutei o zíper da sua calça sendo abaixado. Fechei os olhos desejando fortemente que tudo aquilo fosse um pesadelo devido ao trauma que peguei da outra vez que isso me ocorreu nesse mesmo lugar. Desejando fortemente que eu acordasse e estivesses nos braços do Akaashi. - E não adianta gritar. - Ele passou os dedos na barra da minha calcinha preta.

- Terushima, que porra é essa? - Uma voz desconhecida ecoa pelo local e ele se afasta de mim bruscamente, me fazendo perder total o apoio e quase cair no chão, se não fosse alguém me segurar firmemente.

- Nada demais Tsuki, só estava me divertindo com ela.

- Sério? Não me parece que era isso que ela queria. - Passos altos se aproximaram entre mim e Terushima. Levantando um pouco o rosto pude ver meio embaçado uma figura alta de um homem de cabelos loiros e óculos pretos. Era bem vestido e nas laterais da manga de sua jaqueta tinha alguns corvos desenhados. - E eu já disse para não me chamar assim. - Seu tom de voz era intimidante.

O loiro passou a mão pelos bolsos do loiro oxigenado e finalmente tirou um pacotinho transparente com alguns comprimidos mal amassados. Tsuki sorriu irônico e recolheu a embalagem colocando em seu bolso, se aproximou do ouvido de Terushima e proferiu de forma fria.

- Não apareça mais na minha frente e muito menos na frente de qualquer mulher, principalmente da [Nome]. - Eu gelei. Como ele sabia meu nome? - Não precisamos mais de um cachorro vira lata como você nos corvos. - O loiro oxigenado rapidamente saiu do corredor dos banheiros, deixando apenas nós três plantados no local.

- Você está bem? - Tsuki veio até mim, checando se eu não havia me machucado.

- Como sabe o meu nome? - Perguntei com a voz embargada e ele soltou uma risada anasalada.

- Você realmente tem uma memória bem ruim. - Franzi o cenho. - Eu sou o amigo do Yamaguchi, Tsukishima Kei, estudamos juntos na Karasuno. - Minhas lembranças foram clareando aos poucos, recordando de já vê-lo na sua escola quando havia algum torneio e escutar Kuroo e Bokuto comentando de ver os dois rapazes juntos em algum restaurante. - Nós dois já nos vimos pela Fukurodani.

- Me desculpe, por não ter lembrado, vocês dois mudaram muito.

- Realmente. Talvez ser líder de uma facção tenha os seus privilégios. - Sorriu ajeitando os óculos.

- Por que? - Ele me olhou confuso. - Por que decidiram seguir esse rumo?

- Escolhas da vida. - Suspirou. - Nishinoya, vamos levar ela pra casa. - Começamos a andar até o final do corredor quando trombamos com duas pessoas.

- O que aconteceu? - Elevei o meu olhar até encontrar Yamaguchi com uma feição preocupada ao lado de um Akaashi que não se encontrava muito diferente.

- Foi o babaca do Terushima de novo. - O pequeno garoto que me ajudava servindo de apoio se manifestou, parecendo bem irritado.

- Você está bem? - O moreno se aproxima de mim, falando baixo.

- Estou cansada.

- Vamos para casa. - Pegou na minha mão e começou a me levar com calma para fora de tudo aquilo, mas uma mão quente e que por um curto período de tempo pareceu mais acolhedora que a do Akaashi me segura sem força, porém firme. Olhamos para trás e vimos Tadashi me segurando.

- Onde vocês vão? Onde vai levar ela Akaashi? - Perguntou sério.

- Vou levá-la para minha casa, ela precisa descansar. - Semicerrou os olhos e olhou para mim.

- Tem certeza?- Eu apenas assenti, me livrando do seu toque com um aperto no peito de deixá-lo lá, parado na entrada do corredor.

- Preciso falar com os meninos. - Disse andando com ele pela multidão.

- Podemos mandar uma mensagem para eles quando chegamos em casa.

- Mas eu quero me despedir da Alisa. - Ele automaticamente parou de caminhar e se virou para me encarar.

- Ela está aqui?

- Você a conhece? - Ele não responde. - Akaashi. - O chamo.

- Onde eles estão?

- Eles disseram que iriam me esperar no bar. - Falo tentando procurar algum dos três até que avisto com dificuldade a cabeleira preta de Kuroo. Aponto para a direção certa e fomos de encontro com o trio.

- Nossa, você demorou mui... AGAASHI. - O platinado gritou e se jogou nos braços do amigo, o que me fez perder o equilíbrio e me apoiar em Kuroo.

- [Nome], você está muito mole e gelada, o que aconteceu? - Perguntou o moreno, preocupado, passando as mãos pelo meu rosto.

- Longa história, quando eu chegar em casa eu te explico.

- Você já vai? - Kotarou pareceu triste quando me viu assentir com a cabeça. - Enfim, Akaashi essa é Alisa, Alisa, esse é Akaashi. - Ambos apenas acenam com a cabeça e demonstram estar bem constrangidos pela situação. Minha cabeça começou a dar pontadas fortes de dor.

- Kaashi, vamos embora, minha cabeça está me matando.

Nos despedimos de todo mundo e fomos até o seu carro, onde entramos e ele me ajudou a colocar o cinto de segurança e deu partida em rumo ao seu apartamento. O caminho seria longo e estava completamente silencioso, um silêncio que me fazia adormecer no banco, tendo uma última visão da paisagem sendo recebida com um clarão forte do raio que rasgava os céus. Tudo se tornou preto, estava rendida ao sono.
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.' 1063 palavras escritas;

.' Capítulos extras
- Before Akaashi

'Todas as músicas presentes na história e muitas outras se encontra na playlist
Link no mural e na biografia.

𝒅𝒐𝒘𝒏𝒇𝒂𝒍𝒍 (𝑨𝒌𝒂𝒂𝒔𝒉𝒊 𝑲𝒆𝒊𝒋𝒊) [𝐞𝐦 𝐫𝐞𝐯𝐢𝐬𝐚̃𝐨]Onde histórias criam vida. Descubra agora