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No primeiro ato foi indignação, o problema do país são os políticos não é mesmo? É sim
Dormir perto, Mas bem longe, pra evitar a falta de sossego
No segundo ato o jogo limpo, cuecas e Belchior, perdemos mais uma copa do mundo, chorando na rua por outros motivos, um desconhecido poderia achar que era pelo futebol
Natal em família e Clarice Lispector
No terceiro ato era Carol, chuva e frio constante, mensagens de lado, e tudo o que eu dizia tu ouvia, é isso que significa tensão sexual, atenção sexual eu diria.
No quarto ato a coisa fica suja, intensa demais, eu sumo e por pouco meus dedos não congelam, sem casa, sem coberta, a fome me toca mas não sinto.
No quinto ato, os retornos, ternos e flores em mãos, a guerra no mundo não existe, e tudo e paz sem solidão, e tentando manter o momento, cercar o momento, trancafiado, nuvens vão se tornando carregadas, e eu mala cheia de acertos, que no fundo não valem nada.
No sexto ato, cavaleiro da morte, profecias bíblicas, ladrões que entram em casa, cortinas fechadas e máscaras de todos os tamanhos
O sétimo ato é quieto, como se estivesse morto, não fala, não canta e também não respira, não responde perguntas, me trazendo velhas memórias doloridas, de tudo aquilo que deveria ter ficado para trás.

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