Abaité.
baseado na forte crença de não se estar onde não pode descansar os pés, é preciso partir, é que sou subversivo, perigoso ao meu país, antipatriota, pisando na bandeira dos Bragança todo dia antes do café e é impossível defender meu corpo, pior mesmo é o que penso, melhor mesmo é me colocar pra fora da fronteira, trancar dentro de uma jaula e esquecer a chave.
nas praça observo tudo, menos o movimento estudantil, tem gente fechando as portas, tem farda, monumento para general, sangue nas mãos, troca de favores, cristo morto, mas o problema sou eu mesmo, que reclamo disso tudo, melhor mesmo é colocar em um helicóptero acima do mar, deixar cair, ninguém vai cobrar nada, e se tudo der certo viro figura de camisa.
estamos todos só, e ninguém me representa, deve ser assim que essa coisa acaba, dentro do peito quietinha, desesperada, assistindo no noticiário a si mesmo perder, todo mundo se esconde, dentro de uma loja de departamento, vestindo verde e amarelo a liberdade morreu.
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poesias primeiras
Poetryaquelas poesias que são minhas, mesmo quando são violentamente roubadas.