Os dias possuem ritmo próprio, e eu vou me mudando conforme a intensidade do sol, de manhã, desorientada, desconhecendo a cama, desconhecendo a casa, faço um café e ascendo um cigarro, com o avançar do tempo, sinto fúria, e posso destruir o mundo inteiro com minhas mãos, meio dia fico meio pra baixo, sem fome, não almoço e ascendo mais um cigarro, vou andando até a biblioteca, com o fone no máximo, quando fica insuportável, o que é sempre, escuto um poema feito só para mim, vou me acalmando, cansada, a noite vai chegando, compro cigarros novos, coca cola e janto, abro um livro qualquer e me preparo, para um dia em que talvez eu não consiga escrever, o que pior do que não querer escrever, ando de um lado para o outro, e recordo, até não conseguir recordar mais, fumo mais alguns cigarros, limpo a sala, o dia vai amanhecendo e meu corpo se deixa descansar, todos os dias são difíceis e demoram a passar, principalmente se tu é aquele que não dorme, então deito na cama e fico ali olhando para o teto, tentando não pensar em mais nada, adormeço.
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poesias primeiras
Poetryaquelas poesias que são minhas, mesmo quando são violentamente roubadas.