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Poema de supermercado.
eu lembro o número exato de vezes que viemos a esse super mercado
tua roupa, expressão, o que compra, o que não gosta.
o panetone de chocolate, como tu sabe das coisas só em chegar em um ambiente.
aquela música do Chico Buarque que nomeei como tua, mas não é tua, é tão minha como a caneta em minhas mãos.
lembro quando era inevitável não te encontrar, em todo canto de parede, um quadro branco, teus bilhetes, a roupa que insiste em ficar, eu me calo, porque não gosto de falar.
tem coisa que não compreendo,  e outras tantas que entendo bem, eu gosto de cinema, livros, e aquele meu amigo que é incompreensível para ti.
nada se perde
é fato
tenho dejavus e pensamentos que de tão insensatos, nunca me abandonam.
não sei explicar o que houve conosco, ou melhor, o que houve comigo.
se tenho fome
tu tem sede
se estou perdido
tu te dedica a dor
e quer me ler como um livro antigo
passar em meus testes
ficar comigo
e eu? inconstante e contido, não consigo entender.
tu te dá bem com teu pai.

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