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Santa Maria mãe dos boêmios, me protege que eu tô caindo, e com a queda minhas crenças em viver sozinho, meu plano, minha estrada, meu caminho, descalço meus sapatos gastos de boleros, ritual antigo, te entrego porquê eu quero é dançar contigo, te entrego porquê cansei de  dançar solito, sinto falta da minha terra, Marina sem terra, Marina sem casa,
Marina sem pátria,
abraçado em uma bandeira te encontrei, e com o corpo acostumado a longas guerras, tangos e pecado, resignado te esperei, lutando contra mim mesmo, a palavra de ordem sempre é o afastamento, porém como posso ignorar a lua que brilha na América Latina? essa que tem nome, fuma seus cigarros e por vezes diz que me ama, Fidel, Pablo e Romeu, se tu soubesse lá no fundo que sou teu, me pensaria fraco diante de teus braços? Ou em terno momento de compreensão enxergaria toda força e pesar que carrego no coração?
Te carrego no peito
Te escrevi mil cartas, e pior que essa dor de exílio é estar longe de ti cariño,
Te dei meu chapéu companheiro, coisa de simbología, boba, entristecida, coisa pra provar minha lealdade, não de cartórios ou falsidades, mas de carne, alma e amor.

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