Minhas mãos são ossos pálidos, gelados que não encontram mais função
o meu rosto, roxo no banheiro, treme de frio em noites enciumadas
o patético ser no mundo
Deus bem que poderia ter me feito Dostoievski mas quis ficar de graça
e me lançou assim
todo manso e sujo
impossibilitado de lutar por si
como um móvel que saiu de moda
sou herança de família
indecifrável,
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poesias primeiras
Poetryaquelas poesias que são minhas, mesmo quando são violentamente roubadas.