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Gosto de observar os vitrais dessa capela, vermelho e marcado com o inca, o sol que tudo vê, nela a história de um anjo de berço de ouro, blasfemando a favor das minorias, caindo em um mundo de carros, bombas e meninas confusas tentando ganhar a vida, leio no ônibus e escrevo para ti, é difícil vencer a melancolia, as decisões erradas e a cama que mesmo cheia é vazia, correndo contra o tempo e escrevendo sobre a América, me agrada a poesia e rabiscar nos livros que não são meus, daqui uns dias, vinte e dois anos e o acumulo de poucas certezas, não temo a estrada, espero dela apenas a justiça dos retornos que precisamos fazer, o mundo é pequeno, uma voz em minha cabeça me faz dormir e  esboço um sorriso sozinha, assustando quem passa, não há motivos para risos, sei bem, a realidade me pede calma, mas nunca fui de receios, concretizo aquilo que só eu decido fazer,  saudade de tempos imemoriais não me ajudam em nada, a não ser passar essas noites menos frias, em que mesmo que me esforce, me agrado em ter esperanças, o céu é o mesmo pelo país afora e eu escrevo para passar melhor o tempo.

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