𝐀𝐬 𝐞𝐬𝐭𝐫𝐞𝐥𝐚𝐬 𝐭𝐚𝐦𝐛𝐞́𝐦

13

Com três mulheres terminando de arrumar suas respectivas malas, o apartamento se encontrava uma tremenda bagunça.

O quarto de Jade se resumia em malas abertas, algumas roupas íntimas espalhadas pela cama, sua necessaire metade vazia por ter pego alguns produtos para usar naquela madrugada e seu celular ligado em uma chamada de vídeo com Mai.

— Mai... – tentava convencer sua amiga de não ficar brava com consigo horas antes de entrar em um voo que duraria meio dia.

— Pode ir para o Japão com seus novos amigos mas recusou quando te convidei para vir para Grécia, né? – a esverdeada revirou os olhos e um biquinho se formou em seus lábios.

Mai estava deitada em uma espreguiçadeira, aproveitando o Sol grego das dez da manhã enquanto a outra Zenin caía de sono às quatro da madrugada em um apartamento iluminado pela luz da Lua nova iorquina.

— Eu tive uma prova ontem. – apoiou o celular na cama para conseguir fechar a mala após colocar as peças de roupas restantes.

— Grande coisa. – sua amiga reclamou baixinho, ela sabia que era grande coisa mas não queria dar o braço a torcer.

— Vamos, não fica brava comigo. Vai ser a única vez que passaremos as férias de verão separadas. – a morena sorriu quando viu Mai voltar sua atenção à tela do celular. — Eu prometo.

A esverdeada suspirou e abaixou os óculos de Sol novamente, dando de ombros e olhando para o lado.

— Tudo bem, que seja. – brutalmente se sentou ereta e, mesmo usando óculos de Sol, era explícito que ela olhava diretamente para a câmera de seu celular.

— Jade, você está levando a chapinha? – a voz de Shoko soou baixa dentro do quarto, fazendo apenas a mulher citada notar a presença da morena ali. Assentiu e voltou a atenção para a tela que tinha à sua frente, observando Mai terminar de falar com Maki.

— Escute bem, dona Zenin, espero que você volte dessa viagem dizendo o quão bom de cama Geto é. Quero que volte para a América me dizendo que sentou nele até que...

— OU OU OU! – interrompeu sua amiga, sentindo o rosto ferver e olhando para Shoko, que tinha começado a procurar um de seus cigarros eletrônicos na cômoda.

— O que? – a esverdeada perguntou em um tom irritado por ter sido interrompida.

— Não estou sozinha no quarto. – disse entredentes, com um sorriso desesperado preso ao seu rosto.

— Oh. – Mai encolheu os olhos e Shoko tombou a cabeça, encostando o topo dela na sua e sorrindo para sua amiga.

— Oi, Mai. – ela soltou a fumaça que estava presa em sua boca e acenou, recebendo um sorriso sem graça da Zenin.

— Shoko. – ela acenou de volta e a morena volteou o olhar para a amiga.

— Está pronta? – Ieiri perguntou, a fazendo olhar para sua cama.

— Quase.

— Ótimo, vamos sair daqui cinco minutos. – ela saiu do quarto, a deixando apenas com sua amiga dentro do telefone.

— Bom, preciso ir. – Mai disse, recebendo sua atenção e um olhar de olhos semicerrados.

— É, né? Depois de falar uma bomba daquelas tem que ir.

— Oi? – a esverdeada tinha uma expressão confusa no rosto e o aproximou do celular. — Amiga, acho que a internet está ruim. Me manda mensagem quando chegar lá, beijo!