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Chegando em frente à casa dos Fushiguro, as luzes coloridas que piscavam e se moviam dentro do ambiente fizeram os olhos escuros da morena doerem até se acostumarem com elas, e ela observou as flores da entrada mudarem a coloração na medida em que as luzes vazavam para fora pelas janelas que estavam abertas.

Nem Jade nem Mai bateram na porta, ambas entraram dentro da residência e de cara  conseguiram sentir um dos cheiros que mais lhe desagradava, o cheiro de erva. A dona dos cabelos esverdeados pôs-se a rir quando viu a careta da amiga e estendeu um copo de plástico vermelho para ela, o qual foi negado.

— Sabe que eu não bebo.

— Mas às vezes acho que precisa. – ela suspirou antes de levar o copo à boca e a outra cruzou os braços.

— Não acho que bebida influencia em algo, apenas faz vocês passarem vergonha e depois não se lembrarem de nada no dia seguinte, assim como vai acontecer com aquele ali. – argumentou, apontando para Gojo, que virava uma garrafa de uísque inteira ajoelhado em cima da mesa de jantar.

Mai riu observando toda a situação e você logo sentiu uma mão firme em seu ombro.

— Boa noite, madames. – a voz de Naoya, um dos primos de Mai, se fez presente e as duas se viraram para olhá-lo.

— Boa noite, Naoya. – a entonação irritada de Mai fez o sorriso de seu primo se abrir ainda mais.

— Que mau-humor é esse, priminha?

Mai revirou os olhos e utilizou a mão, que não estava ocupada segurando o copo que ela havia pegado pouco tempo atrás, para segurar seu próprio quadril.

— O que você quer?

Ele sorriu e pegou dois copos de shot que estavam em uma mesa redonda na entrada, a qual Jade não tinha percebido a existência até aquele momento, e olhou ambas.

— A entrada é um shot. – ele sorriu ao te olhar, todos sabiam como a mulher era contra todo tipo de substância que alterasse seus sentidos e ninguém ali jamais havia a visto bêbada, nem a própria.

— Que seja. – sua melhor amiga praticamente arrancou o pequeno copo da mão do primo e em questão de segundos o líquido transparente havia desaparecido do copo. — Caralho, isso aqui é vodka pura?! – ela passou as costas de sua mão esquerda na boca, a fim de limpar a gota que escorria pela mesma, e fez careta.

— Queria o que? É o aniversário de dezoito anos do caçulinha da família. – ele esticou o pequeno copo que ainda estava cheio para a menina que ainda estava com o teor alcóolico em seu corpo nulo e a mesma franziu a testa.

— Eu não bebo.

Ao ouvir sua voz falha afirmando o que todos já sabiam, Naoya soltou uma risada nasal e franziu a testa, inclinando seu corpo para frente até que sua boca estivesse na altura de seu ouvido.

— Isso não importa, bonequinha.

A morena engoliu seco e ele praticamente a obrigou segurar o copo com uma das mãos.

— É só você não beber mais nada e comer algo depois. – Mai tentou tranquilizá-la.

Depois de respirar fundo, o líquido desceu queimando pela sua garganta e a garota apertou um olho balançando a cabeça, o que fez o homem loiro que estava na sua frente acabar-se na risada. Entregou o copo a ele com uma certa agressividade no gesto e ele pegou o recipiente com um sorriso satisfeito no rosto.

— Boa festa...

— Obrigada. – Mai não o deixou terminar a frase, pegando na mão de sua amiga e puxando-a para um canto onde estavam Todo, Itadori e Choso conversando.

𝐀𝐬 𝐞𝐬𝐭𝐫𝐞𝐥𝐚𝐬 𝐭𝐚𝐦𝐛𝐞́𝐦Onde histórias criam vida. Descubra agora