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Florença era linda. O ar morno, porém fresco da Itália com o Sol criando uma iluminação dourada nos comércios – que estavam lotados, diga-se de passagem – criavam uma atmosfera inexplicável. Dizem que o país europeu tem vários pontos turísticos lindos, como a ponte Vecchio, o rio de Veneza, o Duomo e por assim vai, mas o que mais chamou a atenção de Satoru foi uma loja de gelato. O grupo, então, se encontrava em uma fila quilométrica, porém ela andava rápido, então não era de todo mal, e de tanto o platinado citar os motivos para que ficassem aguardando naquela fila, todos ficaram com vontade de experimentar o melhor gelato do mundo, segundo o homem.

— Minhas pernas estão doendo — Utahime reclamou, dobrando as pernas e recebendo um olhar bravo de Gojo.

— Argh! Você reclama demais — cruzou os braços e observou o local, procurando um banco que a morena pudesse se sentar. Avistou um banco de madeira próximo à uma praça onde algumas crianças brincavam, outras se sujavam de terra e corriam de seus pais — Espere a gente ali — apontou para o lugar — Vai querer do que?

A mulher parou para pensar, mas não demorou muito para que respondesse: — Morango.

O homem assentiu e colocou as mãos no bolso de sua bermuda. Também estava começado a se cansar de esperar chegar sua vez, mas não havia nada que o fizesse sair dali, era um amante nato de doces e se sentiria uma farsa caso não experimentasse um gelato nativo da Itália.

Depois de alguns minutos que mais pareceram horas, estava na vez deles e logo os pedidos foram feitos juntamente com o pagamento. O platinado foi o primeiro a pedir – obviamente – e optou por um doce gelado saber nutella junto do de morango de Utahime, Jade o seguiu pedindo o sabor de baunilha, Shoko pegou um de chocolate com menta e Getou optou por algum sabor desconhecido por mim, só sei que tinha nozes.

Todos se sentaram onde Utahime observava a grama verdinha onde crianças de todas as idades brincavam, os pais falavam alguma coisa em italiano vez ou outra, pareciam bravos e gesticulavam muito com as mãos, mas esse era o jeito italiano de se expressar, não estavam realmente bravos. Getou olhava para os pequenos com certa nostalgia presente em seus olhos pretos, o que fez com que Jade apoiasse a cabeça em seu ombro e entrelaçasse sua mão com a dele.

— No que está pensando? — ela também olhava as crianças, mais especificamente duas que brincavam de "gladiador" em um brinquedo alto com barras no topo para que se pendurassem.

O homem deu de ombros e suspirou.

— Nanako e Mimiko — fez ela sorrir, o jeito que ele se importava com as meninas fazia parecer que era pai delas em outro universo.

— Quando voltarmos ao Estados Unidos, levamos elas para um parque de diversões, o que acha?

O moreno sorriu e olhou para a mulher presente ao seu lado.

— Eu acho que vamos ter que colocar coleiras nas duas para não perdemos elas de vista.

A Zenin deu risada e deu dois tapinhas na coxa do homem para confortá-lo. Depois que todos do grupo terminaram seus gelatos, ficaram um tempo discutindo para onde iriam, Gojo estava com a síndrome de guia turístico e jurava que sabia para que lado ficava a Galleria degli Uffizi, museu que eles compraram os ingressos pela internet para não terem que passar horas na fila da bilheteria. Cansados de o contrariar, apenas aceitaram que ficariam perdidos pela cidade por um bom tempo até que o platinado desistisse e pedisse informação para alguém. Pelo menos a vista era absurdamente linda.

Dito e feito, andaram em círculos durante horas até que Shoko deu um fim nisso: — Céus Gojo, pedir informação não vai te matar. Já passamos por essa loja pelo menos umas sete vezes — apontou para um brechó.

𝐀𝐬 𝐞𝐬𝐭𝐫𝐞𝐥𝐚𝐬 𝐭𝐚𝐦𝐛𝐞́𝐦Onde histórias criam vida. Descubra agora