Capitulo 04

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Os dias se passaram. Alfonso enfiou a cara de vez nos estudos, virando as noites pra conseguir acompanhar tudo. Anahí estava radiante, voltara ao seu estado normal. O final do Lacrosse aconteceu, e Beatrice atendera Anahí. Parecia abatida, um fantasma, desde então. Não falava, mal comia, e vira e mexe era vista cheios d'água. Anahí não ligava. A divida dela fora paga, e ponto. E nem toda a gratidão do mundo pode mudar uma pessoa assim.

Brad: Você está saindo com o garoto Herrera? – Perguntou, parando-a no refeitório aberto. Anahí riu.

Anahí: O que? Claro que não. – Ela riu novamente – Como acha isso?

Brad: Você vai a casa dele todas as tardes, e ele agora diz que vai prestar MID com você. – Disse, exasperado, os olhos azuis irritados.

Anahí: É um idiota, não vê? – Perguntou, acida – Estou andando com ele porque ele vai me safar com a MID. Só. – Disse, obvia.

Brad: Posso quebrar a cara dele então? – Propôs, observando-a.

Anahí: Agora não. Espere eu estar com um boletim apresentável. – Disse, maldosa. Ele a observou por um instante, então sorriu. Porém...

Rebekah: Porque você está fazendo isso com meu irmão? – Perguntou, mortificada, se revelando da parede do corredor. Anahí e Brad olharam. Anahí grunhiu minimamente.

Anahí: Rebekah... – Suspirou – Não é o que você está pensando, ok? – Tentou, sabendo que ia ser inútil.

Rebekah: Alfonso está se matando por você e você... – Ela suspirou, o rosto pálido sob os cabelos loiros - Christopher está certo. Você não presta. – Anahí ergueu as sobrancelhas.

Brad: Hey! – Censurou, avançando pra menina. Anahí o conteve com o braço.

Anahí: Fique longe do meu caminho, pequena Rebekah. É mais saudável pra você. – Aconselhou. Rebekah estava furiosa – E cuidado com o que diz ao seu irmão. Não queremos que ele fique nervoso na véspera da MID, não é? – Perguntou, ameaçadora, então puxou Brad pelo braço do uniforme e o levou dali.

Rebekah respirava pelos ofegos. Era tão injusto! Alfonso a adorava, estava sendo bom pra ela, e ela ia deixar o Brad dar uma surra nele de graça! Mas Rebekah não deixaria assim. Ela vingaria o irmão.

-

Anahí passou a manhã toda arisca. Se aquele projeto de gente contasse a verdade, se o garoto Herrera acreditasse... Iria tudo por água abaixo. Logo agora que ela acreditava que o pesadelo estava a dias de acabar. Mas, estranhamente, a menina não apareceu. O garoto Herrera continuou na mesa dos losers, com os amigos dele, e na única vez que os olhares dos dois se bateram ele corou e sorriu de canto pra ela, como sempre. Ainda assim, ela resolveu se precaver. Não foi agradável chegar à casa dos Herrera, como já fora. Ao chegar lá, ele conversava com a prima no jardim. Estava abatido, mas ela tentava jogar terra nele, e ele esquivava, sorrindo. Foi com satisfação que Anahí o viu bloquear a outra quando ela chegou. Trocou de camisa (a outra salpicara de terra) e a atenção era toda dela.


Alfonso: Acho que falta quase nada de teoria que você não tenha visto. – Disse, revisando o caderno – Se quiser, podemos...

Anahí: Alfonso. – Começou. Ele corou, erguendo a cabeça e ajeitando os óculos – Preciso conversar algo com você. – Disse, pegando a mão dele. Alfonso parecia a beira de um AVC, mas se manteve.

Alfonso: Aconteceu alguma coisa? – Perguntou, tentando de todo modo manter a calma. Fizera algo errado sem perceber?

Anahí: Estou preocupada com Rebekah. – Disse, os olhos azuis receosos. Alfonso respirou fundo, o nível de preocupação mudando, abrandando.

Alfonso: O que há com Rebekah? – Perguntou, franzindo o cenho. Ele olhou a mão dela na sua. Era tão macia!

Anahí: Ela me procurou hoje. Pediu pra entrar no grupo. – Alfonso franziu mais o cenho ainda. Rebekah, uma minion? – Acho que minha presença aqui todos esses dias a afetou. No normal eu a aceitaria, ela é bonita, é claro, mas agora que a conheço, que sei que ela é sua irmã... – Ela suspirou – Ela é frágil demais pra esse mundo. Eu neguei. – Alfonso sorriu de canto. Não queria sua irmã como capacho de Anahí.

Alfonso: Eu agradeço pela sua preocupação. – Ele hesitou, então ela o viu cobrir a mão dela com a sua e apertá-la levemente. Deixou. – Não sei o que passou na cabeça dela. – Admitiu.

Skyfall (Efeito Borboleta - Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora