Masked Smile {BTS- Jikook}

Consequences

     - Detento 773 e 382, saim.

    O carcereiro com sua voz rígida ordena para os dois prisioneiros que estavam dentro de sua cela, no qual imediatamente se levantam e saem do local antes de poderem irritar minimamente o guarda prisional. Em locais como esse as pessoas que estão no poder se sobressaem e são chefes, ordenam as gangues; e as que mandam nas que estão no poder são deuses, e esses deuses são conhecidos como policiais prisionais e esses sim fazem o que querem. Qualquer passo fora do esperado é motivo para apanhar, ser torturado ou ir para a solitária, depende do humor do policial; as vezes é necessário apenas está comendo o arroz primeiro em vez do ovo. Por isso, desde o chefão até o mais novo presidiário têm essa regra em mente, quanto mais acima na patente, mais forte bate. E no dia a dia de quem vive no crime não é diferente, quanto mais poder, vulgo mais pontos de droga, traficantes e contatos, mais chance a pessoa tem de morrer no menor erro.

    Seok Jin que está com o número 773 bordado em seu uniforme prisional cinza, parou ao lado de sua cela com o seu parceiro carcerário, ambos ficaram de cabeça baixa. Os dias de vistoria passam a ficar mais frequentes desde umas semanas atrás onde um detento foi assassinado com uma faca feita com o cabo da escova de dentes.

    Após revistar toda cela de cima a baixo, revirar e bagunçar tudo o guarda sai comas mãos no cinto e olha os dois detentos.

    - Abram braços e pernas.

    Dito isso, os dois seguem o comando e são revistados de forma minuciosa. Esse guarda ainda não tinha detectado nenhuma infração no dia e está doido para descontar a frustração em alguém, porém não podia fazer sem um mínimo motivo, na última vez que bateu em um prisioneiro sem nenhum motivo 'plausível' levou uma chamada e não estava querendo ser suspenso.

    -Limpos.

    O guarda olha nos olhos de Jin e dá três tapas de leve em seu rosto, como uma forma de recompensa por estar tudo certo. Os dois são colocados de volta em sua cela e trancados novamente.

    - Merda, vou levar o dia todo para cagar essa merda. – Braveja o detento 382 deitando na cama com a mão na barriga. – As camisinhas até acabaram, chegaram em um momento em que eu estava com o estoque cheio.

    - Já falei para você parar com essas merdas. – Jin suspira subindo em seu beliche. - Acha outro esconderijo, engolir esses pacotes dentro de camisinhas pode dar ruim, sabe que podem estourar.

    - E eu vou fazer o que em garoto de porcelana?! Sabe que minha parte é esconder. É o único jeito de não me matarem aqui. – Jin escuta uma respiração funda vindo do beliche de baixo.

    Por mais que na prisão Seok Jin não estivesse com pendências ou encrencado com ninguém por conta de sua posição como chefe da cozinha, lá fora ele tem uma dívida com o seu fornecedor, ou ex fornecedor, de heroína e apesar de ter ficado com muitos bens em sua vida de crime, não adquiriu as propriedades com meios legais e o governo confiscou quando ele foi preso; por isso que uns anos atrás esse ex fornecedor até enviou alguns caras na festa de Namjoon para cobrar a dívida, mas todos acabaram presos em locais diferentes. Jin tem receio de que envie alguém para dentro do presídio, onde não tem escapatória.

    Porém, a carta na manga que seu advogado e amigo JungKook quer usar é fazer um acordo com a promotoria de que Jin irá fornecer todas as informações do cartel de drogas que ele tem, além de uma nova prova pericial que na época ainda estava sendo estudada, a técnica de identificar a arma que atirou através da bala. Cada bala disparada tem uma digital, cada arma tem a sua marca que é feita quando ela está sendo produzida, assim, é possível identificar a arma que fez o disparo de acordo com os padrões que ficar marcados no ferro da bala. Dessa forma Jungkook tentará fazer com que Jin seja acusado apenas por tráfico de drogas, o que ele já cumpriu nesses últimos anos; assim ele estará livre do crime de homicídio o qual ele fora acusado de cometer em sua época de crimes.