My True Love (Bonenzo) Parte I

Capítulo 28

Eu espero que estejam gostando ❤

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A cabana de Enzo era insalubre. Bonnie julgava.

A cama era horrível, barulhenta, o colchão gasto, em algum cômodo tinha um grilo cricrilando sem parar e para piorar a água do chuveiro variava de fria para gelada.

Foram dias difíceis que passou ali até se acostumar.

A única coisa que não tinha do que reclamar era da comida, porque isso tinha exageradamente demais. Ele encheu o armário e a geladeira. Era tanta comida que nem se passasse 10 meses ali o estoque acabaria.

Os dias na cabana ou passavam-se devagar ou não passavam de jeito nenhum, principalmente quando Enzo não estava lá para lhe fazer companhia. Era tedioso não ter com quem implicar.

Aquela semana específica, Bonnie vivia um completo marasmo, vazio e solidão. Desde de que dormiu agarrada com ele no sofá que não o viu mais. Enzo simplesmente fugiu na manhã seguinte. Só se comunicou por mensagens através do aparelho celular que trouxe em uma manhã bem cedo quando ela estava dormindo. Segundo o vampiro, o aparelho tinha um sistema anti-rastreamento. Não era nada parecido com seu, em termos tecnológicos, mas servia.

Ela tratou logo de ligar para Caroline que simplesmente noticiou que estava grávida. Sim, milagrosamente grávida das filhas da Jô e do Alaric, que estavam sendo geradas em seu ventre, então para não assustar a amiga quanto a caçada do Arsenal. Bonnie mentiu para a loira dizendo que estava viajando, já quanto a Damon tivera mais dificuldade de enganar, mas no fim o convenceu de que estava bem, até conhecendo alguém, obviamente que  ele a encheu de perguntas e ela simplesmente desligou o telefone e disse que foi falha na conexão, já Ben, esse foi com quem mais tempo conversou. Ele estava tão super preocupado que exigiu saber quem afinal era Enzo, já que quando, de algum jeito desconhecido eles tiveram uma conexão psíquica ela confessou algo acerca dos seus sentimentos pelo  vampiro. E até convencer ele de que tudo não passou de uma confusão, já que nem psíquica ela era,  foi uma tarefa árdua, mas se saiu bem.

Acabou que eles conversaram bastante e se acertaram.

Assim que ela estivesse livre novamente estaria com ele para esclarecerem as coisas.

Quanto às suas tarefas, a  vida se resumia a faxinar a cabana, que após muito mexe remexe, tinha um ar mais arejado, limpo, com cheiro de lavanda;  ler alguns diários que Enzo trouxe para investigação de algum outro suposto parente dele vivo e treinar a arte de acender lareira manualmente que particularmente  ela desenvolvendo muito bem.

Bonnie tentava fazer da sua estadia na casa do vampiro uma marcante viagem a uma casa de campo isolada.

Ela ia sempre à mata para espairecer  com um capuz na cabeça e até se ousava a se exercitar pela manhã.

Em uma dessas suas saídas foi que descobriu que a metros de distância havia uma queda d'água fascinante, talvez se tudo desse errado, ela teria mais tempo de dar um mergulho nas águas cristalinas.

Naquela noite de sexta-feira chovia abundantemente. O clima era frio e torturante.

Ela vestiu os pés com meias longas até acima dos joelhos e pegou um blusão de moletom do moreno em seu armário. O tecido grosso de algodão tinha seu perfume amadeirado com notas de hibisco impregnado. Como desejava sentir aquele cheiro tão gostoso diretamente de seu pescoço.

Os cabelos ondulados ela deixou soltou para aquecer o pescoço já que não achara um cachecol.

Do lado de fora, um relâmpago cortou o céu fortemente a ponto de toda sua luz resplandecer pela janela a qual rapidamente ela correu para cobrir com a cortina, logo em seguida um trovão perturbador soou.