My True Love (Bonenzo) Parte I

Capítulo 15

Espero que estejam gostando.

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Enzo estava mal-humorado para variar. Tudo na sua vida dava errado, por mais que ele se esforçasse, por mais que ele desse o melhor de si, nada de bom realmente acontecia. Alex vivia lhe dando desculpas para não revelar mais nenhuma informação sobre seus pais, sem contar que ela  era uma vaca exploradora, ela exigia dele execução de tarefas e manutenção do Arsenal sempre usando  do argumento que aquilo tudo em breve seria dele,  nada além  de uma desculpa esfarrapada para livra-se do fardo que era comandar um empório tão grande e valioso. Mas não era só esse aspecto da sua vida que estava lhe incomodando.
O fato dele ter tentado novamente ajudar o grupinho de vampiros de Mystic Falls e eles simplesmente ignorarem sua  sugestão,  fazendo tudo como queriam, resultando em Stefan marcado para morrer pelas mãos de Rayna, mexeu consigo.
Enzo tentava se livrar desses pensamentos, ele mentia para si mesmo que  pouco se importava, mas na verdade ele quis fazer diferente, eles  quem se negaram... assim sendo, a culpa era toda deles, e dela principalmente, Bonnie. Se não tivesse ficado do lado de Damon apenas para lhe fazer vontade,  nada daquilo teria acontecido.
Após seguir a risca todo cronograma da prima, que estava viajando. Ele sob a gerência do Arsenal demandou  missões ao pelotão e geriu como pôde as demandas internas.   Enzo saiu depois das 13h e foi ao encontro da loira que havia marcado de lhe encontrar nas imediações da fronteira, justamente onde o Arsenal ficava, mas como ela teve dificuldade de chegar, ele mandou a localização de um bar próximo e dirigiu até o local combinado. Chegando lá o vampiro desligou a chave de ignição, checou sua face no retrovisor interno, certificando-se que não havia nada de errado consigo. Enzo saiu do carro e entrou no estabelecimento onde a vampira já estava a lhe esperar na última mesa, próximo do balcão.
Ela parecia de fato decidida a falar com ele, pois veio na velocidade da luz.
– Você realmente está disposta a falar comigo. Devo temer? – o moreno declarou ao puxar a cadeira de frente  a ela.
– Que susto, Enzo. – Caroline que mexia no celular levou a mão ao coração.
– Você é uma vampira amor, como não escutou meus passos?
– Engraçadinho.– ela bloqueou a tela do aparelho e encarou o moreno 
– Eu estava concentrada em saber notícias do Stefan.
– Ah sim, é claro. Soube do ocorrido, espero que tudo se ajeite... – ele  girou o rosto  em direção a um dos garçons e o chamou.
– Quer bourbon ou cerveja? – perguntou ele, à vampira.
– Cerveja, preciso de algo para me esfriar.
– Okay. Duas cervejas, por favor. – ele pediu e o funcionário anotou o pedido deixando-os a sós novamente.
– Então loira, soube do que aconteceu superficialmente.– Enzo principiou.– e apesar de não ter nenhum tipo de afeto pelo Salvatore bom, sei que  ele não merecia viver anos, ou até  décadas, fugindo de uma lunática.
– Agradeço por seus sentimentos... ainda que  frios – ela faz careta. – Mas acontece que eu não vou desistir fácil de lutar pelo Stefan, não vou aceitar inerte que ele viva por aí fugindo daquela mulher louca.– Caroline moderou o tom da voz exaltado  ao notar que seus pedidos haviam  chegados. Ela encarou o funcionário e disse:
– Obrigada! – gentilmente  compartilhou um sorriso.
– Por nada! Precisando é só sinalizar.– ele saiu em seguida.
– Tá, mas o quê eu tenho a ver com isso? – o vampiro indagou sem rodeios.
– Você trabalha no Arsenal, tenho certeza que aquele lugar tá cheio de informações sobre a caçadora, você precisa me ajudar Enzo, você pode me ajudar.
– Talvez. – ele deu de ombros. Enzo pegou a garrafa e abriu seu lacre nos dentes.
– Talvez lá tenha informações sobre, mas a questão é: o que eu ganho te ajudando? Porque  desculpa loirinha, mas eu nunca fui bem-vindo no seu ciclo de amigos, lembra da nossa última reunião? Então... Eu cansei de tentar cooperar com vocês e não ganhar nada em troca, sequer um "muito obrigado"– ele virou a garrafa na boca bebendo o líquido gelado.
– Eu sei que deveria ter te apoiado, só agora vejo meu erro, e estou arrependida, desesperada. – ela frisou.
  – Mas precisa entender Enzo, que não é fácil acreditarmos em um homem que apoiou Lily e sua família de hereges quando eles  começaram a mandar e desmandar em Mystic Falls. E agora está de comboio com essa empresa fantasma...
– Saiba que minha lealdade sempre foi a mim mesmo. Eu apenas cooperava com Lily porque a via muitas vezes perdida, e só trabalho pro Arsenal porque Alex St John, é minha prima, e a empresa foi fundada por meu pai também, ela quer que eu a ajude e em troca me dará informações sobre minha família.  Eu faço tudo que tem que ser feito, porque quero saber  de onde vim... Eu não sou leal a eles, sou leal a mim mesmo.– por mais que suas palavras soaram frias, ele não quis ser rude.
– Eu entendo.... mas estou te suplicando... me ajude. Eu te ajudarei com algo que sei que é importante para você também,  aliás sua ajuda pode ser útil para si mesmo.– os lábios da vampira curvaram um sorriso  presunçoso.
– Do que está falando a propósito? – disse de cenho franzido como quem se custava acreditar no que ela deu a entender.
– Eu sei que está apaixonado pela Bonnie. – disse simplesmente.
– Não mesmo.– ele enrubesceu como um tomate.
– Eu?  Apaixonado por aquela bruxa insolente, moralista, teimosa, chata e mal-humorada? Não mesmo.– seu riso saiu nasalado, cético quanto a acusação dela.
– Pode enganar a si próprio Enzo, não a mim. Sei que está rolando algo, caso contrário não se importaria tanto com a opinião dela, ou seu bem-estar. Não pense que não sei  que cuidou dela a noite toda quando ela ficou bêbada. Se isso não é sintoma de quem se importa... eu não sei o que é... –Saiba que me arrependo perdidamente disso...se depender de mim de agora em diante, ela se explode. – declarou ríspido e cirúrgico.
– Enzo, deixe de bobagem. Vocês podem dá certo, só precisa se aproximar dela e conquistar sua confiança, e nada melhor que fazer isso, caçando uma caçadora.– disse simplesmente. – Eu não quero Damon nessa, ele é desequilibrado, ele é a pessoa que  mais faz merdas tentando fazer algo certo, que eu conheço. Você pode usar da caça a Rayna para ficar próximo a Bonnie, é simples, pesquise sobre ela e  busque Bonnie para te ajudar.
– Você não é nada tolinha né? Quer usar a mim e a Bonnie para chegar no seu objetivo. – ele fez careta.  Enzo criticou ela  implicitamente, mas  sua vontade era mesmo de dizê-la sem rodeios, para que tomasse vergonha na cara e parasse de tratar Bonnie como a padroeira deles, mas não adiantaria muito, a bruxa parecia gostar tanto quanto eles de ajudar a limpar seus traseiros.
– Por favor... Enzo. Sabe que ela fará questão de ajudar por mim, pelo Damon, e pelo próprio Stefan, sabe que Damon pode mais atrapalhar do que ajudar as vezes, faça por ela, não precisa ser por mais ninguém, não quero que ninguém mais se machuque  nessa confusão. – os olhos azuis da loira perderam o brilho e coloração, estavam mais avermelhados e cheios de água. Era notório seu desespero, ela de fato amava o Salvatore bonzinho, e Enzo ficou mexido ao vê-la  daquele jeito, pois no fundo, ele gostava um pouquinho dela, e sabia que podia ajudar, também tinha ciência que Bonnie não iria assistir tudo se desdobrar inerte e que nessa ela poderia se machucar se continuasse a seguir os passos de Damon. 
Ele na  tentativa de minimizar a dor latente de Caroline, que fungava entre os guardanapos que o funcionário trouxera, estendeu sua mão sobre a mesa como se pedisse a dela que ao notar o gesto repousou a mão  sobre a dele.
– Não prometo nada além de que... eu vou tentar... Por você e.... Por ela. – ele acariciou o dorso da mão da loira que enfim sorriu aliviada. 
– Eu sabia que atrás dessa pose de bad boy havia um bom homem.
– Não se iluda, linda. Eu não sou bom.– ele repuxou a mão ao notar que estava sendo brando demais, beirando o ridículo.
– Bom, você paga a conta,  é empoderada suficiente para bancar um chopp. – ele levantou-se, arrastou a cadeira e a colocou de novo no lugar. Mas antes  de ir, deixou um beijo no topo da cabeça de Caroline.
– Te dou notícias... e se cuida.– ele saiu do bar disposto a retornar ao Arsenal e fazer as benditas pesquisas sobre Rayna, já que uma mísera informação poderia ajudar a detê-la. Enzo sabia que Caroline tinha razão, Bonnie iria se envolver mesmo de qualquer forma, fazer dupla com ela significava mostrar a bruxa que ela estava totalmente errada quanto a tudo que pensava sobre ele.