Aquiver

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Aquiver (n.): Trêmulo, vibrante,
fulgente.

YIBO POV

"Nunca mais", a frase repetia-se em minha mente como se fosse um objeto que Xiao usava para esculpir a minha alma e em seguida, encaixava a sua própria alma, irremediavelmente e para sempre à minha.

A sensação era a de estar tendo a alma aberta ao meio e Xiao colocava-se dentro de mim, abrindo-me os espaços e mergulhando dentro de mim, tornando-se, não somente uma parte de mim, mas eu mesma... e naquele instante
de uma promessa de "nunca mais", especialmente íntima, senti o meu coração e a minha mente tornando-se uma coisa só.

Tornando-se Xiao.

Foi como se não existisse mais nada além dele, como se eu tivesse encontrado o meu lugar e a minha própria natureza me ordenasse ficar ali. E o meu lugar, era Xiao.

- Você está tremendo. - ele observou, enquanto segurava a minha mão e deslizava por seu próprio rosto.

Ele guiou a ponta dos meus dedos, lentamente, por cima de seus lábios levemente inchados que brilhavam em um tom de vermelho vibrante. Minha mente perdeu-se no movimento que ele fazia com que meus dedos fizessem em sua boca, em sua delicada tatuagem no dedo que segurava o meu, na expressão calma de seu rosto e no quanto seus olhos fechados significavam mais do que eu, provavelmente, poderia ler se estivessem abertos.

- No que está pensando? - Xiao perguntou, largando a minha mão sobre o meu peito nu, delicadamente e fixando o seu olhar ao meu.

"Que você é lindo", respondi para mim mesmo. "Que eu não acredito que isso aconteceu", pensei novamente e senti um sorriso involuntário se formar em meus lábios. "Que estou feliz".

- Estou pensando que eu não acredito que isso realmente aconteceu. - falei a verdade, quase desconcentrando-me no processo de organizar as palavras coerentemente quando senti sua unha contornar carinhosamente meu peito, nu.

- Está arrependido? - ele parou o dedo e concentrou toda a sua atenção em mim, olhando-me com uma urgência tão grande em receber a minha resposta que senti-me urgente em responder.

"Como eu poderia me arrepender disso?", perguntei mentalmente, como uma resposta a mim mesmo, para aquela pergunta para a qual se podia obter resposta apenas se ele observasse o subir e o descer eufórico de meu peito.

Levei as duas mãos ao rosto dele que tinha o seu corpo pesando sobre o meu e o puxei ligeiramente para cima, movimento este que ele acompanhou e parou seu rosto na direção do meu. Não me contive e cedi ao desejo de tocar delicadamente todo o contorno de seus olhos, sentindo o movimentar de seus cílios na ponta de meus dedos, enquanto os olhava firmemente e recebia de volta o olhar que nunca tanto implorava por acesso ao meu espírito.

- Estou... - disse baixinho, enquanto passava os polegares pelas sobrancelhas perfeitamente desenhadas de Xiao.

Suas sobrancelhas se uniram e sua expressão quase fechou, debaixo de meus dedos. Percebi seu peito pesar ainda mais sobre o meu e quase senti o coração dele bater dentro do meu próprio peito, de tão pesadas que tornaram-se suas batidas.

- Está falando sério? - ele perguntou e não pude deixar de notar toda a apreensão sendo revelada em seu tom de voz e sendo expressa em seu corpo.

- Sim. - afirmei e imediatamente puxei seu rosto, movimento o qual ele acompanhou e assim, minha boca se colou ao seu ouvido. - Estou arrependido por termos demorado tanto a fazer isso. - falei e em seguida colei os lábios com delicadeza atrás de sua orelha. - Estou arrependido por ter feito você se afastar quando o que eu mais queria era que você se aproximasse. - completei, explicando-lhe enquanto subia e descia as mãos por suas costas.

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