wildeen

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Yibo's Pov

Wildeen (r): O desejo de ler a mente
da pessoa amada.

- Xiao.... - O gemido gritante rasgou minha garganta como um raio inesperado atravessa o céu no meio de uma tempestade devastadora.

Tempestade devastadora, era o que Xiao era naquele momento. Minhas unhas enfiadas na carne que me invadia, que me possuía, que me torturava.

- Não pare Xiao! - implorei para ele, que segurava-me pelos ombros, puxando-me contra si que encontravam meu fundo com uma intensidade enlouquecedora. "

- O que há? - meus olhos seguiram o som doce até sua origeme depararam-se com um universo paralelo colorido em castanho, que me encarava com uma curiosidade intimidante.

O que há por trás desse olhar? O que
ele está pensando?

Os fios bagunçados em descuido acompanhavam o vento, cobrindo a parte iluminada pelo sol, de seu rosto. Eu já desconfiava que tudo o que existia parecia contribuir para deixar a imagem daquele homem mais bonito, mas naquele dia eu tive absoluta certeza de que tudo o que existia, existia apaixonadamente para Xiao.

A luz Ihe vestia o rosto, como se tivesse sido feita sob medida. Os traços de seu rosto pareciam pintados de cor crepuscular, um laranja quase vermelho, tão bonito e comovente que eu mesmo teria materializado aquela cor só para pintar o mundo inteiro naquele tom. Até as sombras que suas expressões de curiosidade acabavam formando em seu rosto pareciam ter nascido com a intensão de apaixonar qualquer olhar.

Suas expressões iluminadas pelos raios tímidos do amanhecer, empurraram-me de volta às lembranças.

A mão quente arrastou-se pela minha pele, queimando-me em desejo, até a minha nuca, agarrando-me os cabelos em total sinal de posse. Meu corpo estremeceu de cima para baixo e de baixo para cima, explodindo a sensação de invasão no meio do meu estômago quando Xiao, mutuamente puxou-me pela nuca com alguma força e na mesma intensidade, invadiu minha entrada, pressionando seu corpo contra o meu, obrigando-me a um gemido vergonhoso de um prazer incontrolável que emanava por cada poro do meu corpo.

- XIAO!"

Minha própria lembrança despertou-me para a realidade onde Xiao olhava-me com uma seriedade tão doce que a contradição natural da sensação que seu olhar me causou, deixou-me desordenado e desviei os olhos de seu olhar.

- Há algo de errado? – Ele perguntou, mas não aparentava realmente estar preocupado. No fundo, talvez eu tivesse percebido algum humor por trás da pergunta. – Por que está vermelho?

Ele perguntou e eu, se já estava vermelho sem perceber, agora havia ficado vermelho com uma auto consciência perturbadora. A natureza, compadecida de mim, ou por mera coincidência, enviou uma onda que chegou até os nossos pés, que contribuiu para acalmar meus nervos eufóricos tanto pela lembrança, quanto pela observação do Xiao.

- Não há nada de errado... – Falei tão logo quanto pude, embora talvez tenha sido maior do que eu desejava. – Eu só estava...

- Lembrando. – Ele concluiu a minha frase com a palavra verdadeira e que com certeza não era a que eu iria usar. – De ontem à noite.

O vento gelado atravessou minhas roupas e abraçou minha espinha, arrepiando-me até a ponta do nariz. Olhei para baixo, porque não me atreveria a negar.

- Como sabe? – sorri e voltei a olhá-lo.

Foi a vez dele de sorrir. Sorriu vermelho, junto com o sol e com o dia todo.

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