Wonderfall

Opia

Opia (n.) A intensidade ambígua de
olhar alguém nos olhos, o que pode fazer se sentir simultaneamente invasivo e vulnerável.

YIBO POV

A semana passou feito um raio. As aulas pareciam ser arrasta, e os dias pareciam corre. Em um pisca de olhos já era segunda feira novamente, e mal havia dormido e já era terça feira. E eu seria hipócrita se dissesse que não estava ansioso pela aula do professor Xiao, mais tentava me concentra em todas as outras tarefas que eu deveria realizar.

- Animado para ver alguém hoje em..- Adam disse, tomando um gole do seu café, enquanto saímos do Starbucks.

- Eu só gosto da aula dele. Ele é um professor e tanto. Uma inspiração. Você não acha?

- Hum... sei.- Ele falou com um ar de incredulidade, e eu revirei os olhos. Sabia muito bem o que estava implícito em seu comentário.

Chegamos a sala meia hora antes, e ficamos conversando ali com alguns colegas de clase, com os quais já havíamos feito amizade. Exatamente as oito horas, no exato momento em que o alarme soou, a porta se abriu e Xiao entrou na sala. Virei de frente, dando-the um sorriso que foi completamente ignorado.

O professor Xiao me encarou viu meu sorriso, virou o rosto e seguiu andando para sua mesa. Criou-se um vaco em meu estômago. Uma sensação tão ruim que inicialmente achei que estivesse passando mal.

- Bom dia a todos. - Ele nos cumprimentou, encostando-se em sua mesa.

- Bom dia. - O coro de alunos respondeu.

- Senhorita...- Ele perguntou para uma garota sentada ao meu lado.

- Keana.- A garota respondeu.

- Senhorita Keana, recolha os trabalhos dos seus colegas para mim, por favor.

Ele ordenou e seguiu para o quadro, onde escreveu MERAKI: FAZE ALGUMA COISA COM ALMA, CRIATIVIDADE OU AMOR.

Em seguida, encostou-se novamente em sua mesa e ficou observando a turma,enquanto Keana recolhia os trabalhos.

- Peguem uma folha A4 em branco e coloquem em cima da sua mesa. - Ele ordenou e começou a caminar de um lado para o outro da sala, segurando o pincel magnetico atrás de si. - Pois bem... vamos começa. Vocês serão arquitetos urbanistas. Tudo o que surge no cérebro de vocês. - Ele circulou a palavra criatividade com o pincel vermelho, no quadro. - Precisa mistura a essência de vocês. - Foi a vez da palavra alma circular. - a ser expresso pelas mãos de vocês, para outros. O que eu quero de vocês agora é que usando toda a sua criatividade, alma é amor, desenhem qualquer coisa, livremente. Vocês podem desenha tudo ou nada. O desafio de vocês é me fazer senti o que vocês estão sentindo ao desenha. Vocês têm uma hora.

Durante os primeiros trinta minutos, eu me enpenhei em escrever todas as formas geométricas possíveis. Combinei de várias maneiras e nada expressava o que eu queria.

Durante meu processo de criação o professor Xiao começou a anda pela sala, analisando os desenhos de todos os alunos e não falou absolutamente nada. Até que veio a minha mesa.

- Isso tá um desastre. - Ele disse em um tom de voz que todos puderam escutar.

Levantei a cabeça para olha-lo na esperança de que ele estivesse brincando, mais sua expressão era realmente seria. Engoli o nó que se formou em minha garganta, pelo constrangimento de ter meu desenho humilhado na frente de toda a turma.

- Está tão ruim assim?- Perguntei, tentando não parece constrangido.

- Seus traços retos parecem linhas cuvas e suas linhas curvas parecem minhocas de tão mal feitas. Se quer continuar nesse curso, pelo menos menos aprenda a fazer linhas retas e curvas de maneira correta. Refaça isso. - Ele concluiu e me deu as costas.

Adam me mostrou seu desenho e seus trassos eram visivelmente mais tortos que os meus. Meu traço não tava torto, eu sabia.

- Não entendi por que ele fez isso com você. De todos os desenhos que eu consegui enxerga até agora o seu é de longe o melhor.

Ainda faltava vinte minutos para o nosso prazo para a entrega do desenho. Decidir deixa aquela folha de lado. Peguei uma totalmente em branco em minha pasta e a coloquei em cima da minha mesa. Então as palavras do professor surgiram na minha mente. "O que eu quero de vocês agora é que usando toda a criatividade, alma e amor, desenhem qualquer coisa, livremente. Vocês podem desenha tudo ou nada." então eu tive minha primeira ideia.

Pelos próximos treze minutos eu encarei a minha folha de papel sem fazer um traço sequer. Apenas encarei aquela folha se fosse Xiao Zhan, e se olhar queimasse, aquela folha teria virado cinzas.

O tempo de desenha acabou e cada aluno foi chamado para apresenta para a turma e para a professora a razão do que havia desenhado. Xiao parecia entediado mais não falava absolutamente nada para os alunos que, pelo que vi, tinham traços muito mais iniciantes do que os meus. Por último, como eu suspeitava, ele me chamou.

- Senhor Wang, venha até a frente apresenta seu desenho.

- Claro.- Levantei e fui até a frente da turma, sem nem ao menos olhar para ele

Todo o meu constrangimento havia se convertido em raiva. Virei minha folha em branco de frente para a turma é fiquei calado.

- Senhor Wang, já pode começa a explica seu desenho.- Ele falou com seriedade e olhou para minha folha em branco. - Pode me explica porque não desenhou nada?

Nesse momento fui até a sua mesa e entreguei a folha em branco

-O que sente quando vê meu trabalho professor? - Perguntei quando ele olhava minha folha em branco.

- Absolutamente nada.- Ele falou, ironicamente, como se provasse que estava certo sobre a incapacidade que ele icinuara que eu tinha, quando ele falou do meu desenho.

Consegui encara-lo nos olhos exatamente como ele faz comigo.

- É exatamente o que eu estava sentindo ao faze isso. Nada. Então eu acho que eu consegui fazer exatamente o que o senhor perdiu. - Falei destacando a palavra senhor e voltei para a minha mesa.

Se ele queria senti exatamente o que eu estava sentindo quando "desenhei", ele havia sentindo. Havia sentindo ainda além disso. Havia sentindo tudo o que minha admiração por ele havia se tornado: Nada.