Witouten

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Voltei! Perdoem-me a demora em atualizar, mas agora vamos voltar ao ritmo de sempre. E Perdoem-me também os eventuais erros de ortografia! Aproveitem o
capítulo.

Yibo pov

Witouten (n.): A súbita sensação de
perder o chão debaixo dos pés.

"Talvez não tenha sido realmente o
começo. Talvez tenha sido apenas o início da parte consciente da nossa
história. Eu não sei como chegamos
até aqui. Não sei como a razão me
passou tão desapercebida todas as
vezes em que estive com ele, todas as
vezes que o olhei, todas as vezes que
o toquei. Eu não sei como as coisas
puderam ter uma vontade própria
tão forte a ponto de pisar em todas as
minhas certezas e me tornar tão...dele.
Tudo o que eu sei é que, ainda que
contra tudo o que eu sempre tive
certeza, é ele."

Tamborilei a caneta de tinta preta
sobre a folha que estava na minha mesa e encarei as palavras que acabara de escrever.

O sorriso que me surgiu nos lábios foi tão involuntário quanto me apaixonar por Xiao e talvez um sorriso fosse a perfeita representação do meu sentimento por ele.
Pressionei levemente a caneta sobre o papel outra vez e voltei a escrever.

"Ele é o sorriso do meu intimo. A boca
alegre e sorridente da minha alma.
Xiao é o sorriso mais brilhante,
morando dentro de mim."

Concluí a frase e suspirei, deixando a caneta cai em cima do papel

Fechei os olhos e permiti-me respirar fundo, absorvendo a sensação que escrever aquilo me causara. Escrever me ajudava a entender com mais clareza o que eu sentia e daquela vez não foi diferente. Os sentimentos pareciam renovados depois de
escritos e minha reação não podia ser nada além de respirar fundo e tentar controlar o grito eufórico de alegria que surgiu em peito. Sorri para não gritar.

- Esse sorriso bobo é por causa da misteriosa das flores? -a voz do meu pai ecoou no quarto, assustando-me tanto que pulei na cama, passando de deitado à sentado em menos de um segundo. - Calma...

- Nossa, pai você me assustou. – falei,
Amassando o papel imediatamente.

Meu pai me encarou por alguns
segundos e aquilo não me pareceu
muito bom, então, tratei de preencher o vazio do silêncio.

-Quer alguma coisa?-perguntei, ajeitando minha postura na cama.

Ele caminhou para dentro do quarto e fechou a porta atrás de si lentamente.

- Eu estava pensando e eu acho que você esta enganando a gente, Yibo. - meu pai disse e tão instantaneamente quanto meu cérebro processou suas palavras, também foi instantânea a reação congelante que enviou para o meu corpo.

-Como assim?-perguntei, controlando a minha mente para não mergulhar em desespero e tentando disfarçar seja lá o que fosse que eu precisava esconder.

- Você disse pra sua mãe que não sabia de quem era o bilhete, mas eu acho que você está enganando ela. - ele disse sem meias palavras, olhando-me seriamente enguanto sentava-se à beira da cama.

Engoli o seco de minha boca e garganta lentamente, para disfarçar o desconforto que a afirmação me causara. Levantei a sobrancelha esquerda e o encarei como se não fizesse a menor ideia a respeito do que ele estava falando. Mas eu sabia. E ele sabia.

- Continuo sem entender. - falei,
mantendo o tom sério.

- Sua mãe me contou, que você disse que não sabia o destinatário das flores, mas aquele bilhete me pareceu muito pessoal, como se você e a garota tivessem algum tipo de relacionamento, como se tivessem intimidade e eu quero saber por qual razão você não quer contar quem é. - Ele falou usando um tom ainda mais sério.

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