Ineffable

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Ineffable (adj.) : Incrível demais para
ser expresso em palavras.

Yibo' POV

Eu já não sentia a minha mão. Durante a semana inteira eu havia passado todo o meu tempo livre fazendo réplicas do desenho que Xiao havia me ordenado que fizesse.

- Você deveria ir reclama com o coordenador, Yibo. Eu sei que não quer, mais eu acho que resolveria alguma coisa.- Adam falou pela milésima vez.

Levantei a cabeça e olhei pra ele.

- É sério cara, eu vou com você. E se quiser, podemos chama a Keana, tenho certeza que ela vai também.- Ele disse.

- Não.- Respondi, sem me dá o trabalho de explica de novo o motivo.

Já havíamos tido aquela conversa muito mais que dez vezes. Eu não iria reclamar do professor Xiao para o coordenador. Ele até poderia resolver a questão e me dispensa daquilo, mas só pioraria o fato de que ele me perseguiria mais nas aulas. E talvez houvesse  um pouco de orgulho da minha parte em não querer fracassar.

- Mais pelo menos dê um tempo disso, você ainda não parou de desenha desde terça feira.- Falou, largando a lista de exercícios do professor Solom em cima de sua cama e caminhando até mim, parando exatamente as minhas costas. - Nossa, isso tá incrível. - Falou olhando o meu desenho.

- Mais não tá tão incrível quando isso. - Apontei para o desenho que eu estava reproduzindo.

- E você é chato. - Falou.-  Vou faze um lanche, e você precisa come também. - Adam falou se afastando em direção a cozinha.

- Eu não intendo por que ele age dessa forma. Em um momento ele é gentil e digno de toda a admiração que eu tinha por ele e no outro é um escroto.- pensei quem voz alta enquanto voltava a desenha o trinta e oito

-Talvez ele seja gay, como Keana disse e está fazendo tudo isso por que acha você um cara presença e no final das contas só que irrita você pra te da uns pega no elevador da HGSD. - Adam falou, fazendo um gesto obsceno, quando mencionou a parte que Xiao queria me agarra no elevador.

- Você é Keana tem uma mente muito fértil. Ele nem tem jeito de gay. - Fiz uma pausa, colocando a lapiseira na boca enquanto apagava um traço errado.- De qualquer forma, não importa se ele for gay por que EU não sou.

- Tem certeza?- Adam falou tranquilamente, enquanto passava geleia de morango em duas fatias de pão.

- Tenho. - Disse me levantando e arrumando as coisas dentro da mochila, precisava de um ar.- Vou da uma volta.

- Você ficou chateado?- Perguntou se virando pra mim.

- Claro que não!

- Vai volta pro almoço?-  Ele perguntou.

- Eu ligo pra você, e a gente se encontra no The Village, Certo?

- Okay.

Disse para o Adam que iria pra rua pensa, mais a verdade é que eu queria ir para o laboratório de pranchetas da HGSD, desenha sem interferência e para de pensa no assunto incômodo que ele havia insinuado. Tomei um caminho diferente até a HGSD, um caminho mais longo pra dispersa minha mente e foca no trabalho.

Era 9:30am quando entrei no laboratório de pranchetas. Estava completamente vazio e eu agradeci  mentalmente por isso. Sentei em uma cadeira quase escondida da sala, trasparecendo completamente o meu espírito recluso daquele dia.

Organizei meu material rapidamente em cima da régua da prancheta e com calma, com a fita, colei meu desenho e o desenho da professor na prancheta. Respirei fundo, coloquei os fones de ouvido e mergulhei toda a minha atenção e toda a minha mente no desenho.

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