Ainmhithe

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Ainmhithe (n.): O animal que vive dentro de você, despertando e devorando-lhe.

YIBO POV

- Xiao... – falei, quase que em um sussurro.

Xiao encarava-me com a expressão extremamente séria, como se não entendesse por que eu estava ali. Então, rapidamente olhou para a jaqueta em suas mãos e depois olhou para mim novamente. Eu acompanhei o seu olhar e, provavelmente, o seu raciocínio.

Nós dois estávamos ali por causa da Mia.

- Desculpe por isso, eu não sei o que Mia estava pensando. – Xiao disse, deixando a jaqueta em cima de um sofá de couro preto, atrás da grande mesa dos professores.

Eu não fiz nada, apenas dei mais alguns passos para dentro da sala. Xiao, ao contrário de mim, caminhou em direção à porta da sala.

- Aonde você vai? – perguntei assim que ele passou por mim, prestes a sair da sala.

Xiao parou, segurando a maçaneta da porta e me olhou por cima do ombro.

- Feliz ano novo, Yibo. – Ele disse e abriu a porta da sala.

Meu corpo foi tomado por uma sensação incontrolável de possessão e de pertencimento. Um calor incinerante e um frio paralisante consumiam-me da cabeça aos pés, mordendo minhas pernas e subindo pelo meu corpo, até que não houvesse nenhum pedaço de mim que não estivesse latejando e gritando pelo nome do Xiao.

Antes que ele atravessasse a porta, dei passos largos até ele e envolvi meu braço em sua cintura, com força, fazendo-o voltar completamente para dentro da sala e, com a outra mão, empurrei a porta, institivamente, colocando a mão na chave e trancando a porta.

- Yibo, o que você... – Xiao tentou perguntar e eu o virei rapidamente de frente para mim, fazendo seu corpo chocar-se contra o meu e assim, ele ser impedido de falar.

Meu corpo inteiro era um órgão pulsante. Pulsante de desejo. Pulsante por  Xiao

- Eu quero você Xiao. E eu quero agora. – Falei o que o meu corpo e coração gritavam, antes de puxá-lo para um beijo profundo do qual eu não pretendia soltá-lo.

Senti o peito de Xiao chocar-se contra o meu, enquanto ele tentava respirar em meio ao beijo e levei minha mão ao seu rosto, puxando-o para mim e aprofundando ainda mais aquela troca de sentimentos que nos consumia dos pés à cabeça.

Xiao passou um dos braços em volta do meu corpo também, apertando-me com mais força do que eu o apertava. O puxei pela sala, até que meu corpo se chocou contra a mesa atrás de mim e eu o virei, pressionando-o contra a mesa.

Nossos corpos eram duas bolas de fogo, consumindo-se, incendiando-se.

Ele prendeu meus lábios entre os seus e sugou, chupou, mordeu, dolorosamente devagar e intensamente. Senti suas mãos subindo por minha nuca e seus dedos subindo por meus cabelos, levando os fios até que ele o tivesse todo em sua mão e puxou com força para trás, no exato momento em que chupou a minha língua e eu, em uma resposta desesperada à sensação enlouquecedora, cravei minhas unhas em sua cintura e o apertei desmedidamente.

Assim que Xiao soltou a minha língua, abocanhei seu lábio inferior e senti sua pele se arrepiar sob minhas mãos. Tirei seu terno e blusa,  deixando sua barriga expostas e subi as mãos levemente, tocando sua pele, sentindo-o tornar-se uma só com a minha própria pele.

Os fogos de artifício explodiram no céu e o barulho incessante tomou conta o ambiente, antes, preenchido apenas pelos quase inaudíveis barulhos de nossos toques exasperados.

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