Capítulo 4

12 4 6
                                    

Pizza: Apesar de ser considerada um prato fundamental na gastronomia italiana, a pizza não nasceu na Itália. Acredita-se que ela tenha mais ou menos seis mil anos e surgiu entre os egípcios e os hebreus, mas se popularizou na cultura italiana quando um padeiro de Nápoles, criou uma pizza com as cores da bandeira do país. O prato consiste em uma massa feita de farinha de trigo, coberta com molho de tomate e complementada com diversos produtos, como queijo, carnes, ervas, legumes e doces.

Lizbeth

Eu devo ser muito burra mesmo.

Olhos como os de Tristan Stewart não são fáceis de achar, então eu deveria saber que ver alguém com a tonalidade tão parecida com a dele, só poderia significar uma coisa: eles são parentes. E eu ainda fiquei olhando para Jacqueline e o filho dela para saber quem eles me lembravam.

– Tia? – Jacqueline me encara. – Quer dizer, Jacqueline. – Ela abre um sorrisinho e espera que eu fale.

Ai caramba! São iguaizinhos. Olhos castanhos tão claros que parece até dourado, com uma linha fina formando um círculo preto em volta da íris.

– Essa pessoa, – estico meu braço na direção de Tristan – por acaso é seu filho?

– Sim. Eu queria apresentar vocês dois e também os amigos dele, mas parece que já se conhecem. – Ela alterna o olhar entre nós dois e o sorriso sempre presente aumenta de tamanho.

Viro meu pescoço de volta para mesa e o descarado ainda está sorrindo para mim. Que ótimo. Além de encontrar com ele no colégio, vou ter que trabalhar no restaurante da família dele.

Não vou nem perguntar se dá para piorar, porque sempre que faço isso, piora.

– Adivinha só, Liz. Parece que vamos ser colegas de trabalho agora. – Tristan cruza os braços em cima da mesa e aumenta ainda mais o sorriso, se é que isso é possível. Deve ser de família sorrir à toa desse jeito, parece até que perdeu o controle do próprio rosto.

– Ah, que bom! Eu nem perguntei e piorou. – Eu falo em voz baixa e acabo bufando. Pelas risadinhas, acho que não soei tão baixo assim.

Quero sair daqui.

– Liz, por que não se senta? – Jacqueline puxa uma cadeira vazia na frente dela – Eu estava prestes a trazer um suco para eles e já que voltou, vou aproveitar e trazer para você também. – Ela se afasta e acompanho seus passos, sem ter tido tempo para recusar.

Eu me viro para a mesa de novo e coro. Nenhuma novidade.

Eu disse que Tristan não é o único aqui. Veio com os amigos e todos eles, até um cara que não conheço e outro que vi estar na mesma sala que eu, estão me olhando esperando que eu me sente.

– Eu vou indo. Preciso chegar em casa porque está ficando tarde. Sabe como é né? É perigoso ficar na rua até tarde, ainda mais uma pessoa do meu tamanho. – Eu começo a falar e não consigo parar. – Eu não conseguiria derrubar um cara maior que eu nem se fosse treinada para isso. É realmente impressionante se parar para pensar, que tem tanta gente por aí que consegue fazer isso. Às vezes eu penso se deveria fazer algum tipo de treinamento de defesa pessoal. Acho que todo mundo deveria saber como chutar umas bundas, a gente nunca sabe se vai ou não ser necessário e é melhor prevenir do que remediar. Vai que eu encontro um psicopata no meio da noite e ele tenta me arrastar para um galpão abandonado numa estrada deserta, onde vai abrir meu corpo ao meio e me dissecar que nem uma rã para vender meus órgãos no...

– Pelo amor de Deus, menina, cala a porcaria da boca. Ninguém está entendendo o que você está falando. – Tricia me corta claramente impaciente e eu fecho a boca na mesma hora, sem saber para onde olhar. – Senta aí. Toma um suco e depois você vai embora. Não vai levar nem 15 minutos. Se precisar eu te pago um táxi. – Abro a boca para negar, mas ela me olha de cara feia e eu a fecho novamente, apertando os lábios um no outro. – Se abrir a boca, eu mesma corto sua língua e coloco à venda na deep web.

Strawberry & Coffee [DEGUSTAÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora