Capítulo 2

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Ana narrando

Estava tão empolgada para o trabalho que acordei bem antes do meu despertador, desci fiz o café, nunca faço o café aqui em casa sempre e meu irmão, por que digamos que ele seja um pouco mais novo mas mesmo assim ele é o mais pontual da casa, depois de terminar de fazer o café coloco a mesa é decido me arrumar coloco uma calça jeans, uma blusa de alça preta, um tênis branco(por que eu amo), passo uma maquiagem leve para o dia, passo perfume, logo depois vejo as mensagens do meu celular, onde meu chefe diz que acharam meu paciente ontem de madrugada e que hoje eu poderia ir na parte de cedo já, com isso bloqueio meu celular é e desço para tomar o café que preparei mais cedo.

Quando desço me deparo com meu irmão já se servindo na mesa.

-bom dia irmãzinha, caiu da cama foi ?- disse rindo de mim

-bom dia Miguel, não eu não cai da cama, só estou ansiosa.- falei calma 

-ansiosa? desde quando você é ansiosa pra fazer alguma coisa Ana?-disse com um ar de ironia

-desde que meu chefe me mandou ser voluntária em um hospício é eu aceitei -falei e ele arregalou os olhos

-em um hospício Ana?-disse surpreso 

-sim, sei que foi meio maluca essa ideia -falei

-realmente e muito maluca mesmo, mas se você aceitou é porque sabe que vai conseguir, é outra acredito no seu potencial irmãzinha!- disse todo orgulhoso de mim

-obrigado irmãozinho-agradeci

-agora irmã preciso ir pra faculdade, vou chegar mais cedo hoje viu, o professor de duas aulas vão faltar hoje-disse pegando a mochila que estava no sofá

-ok quando chegar faça alguma coisa para comer ou compre alguma coisa -disse lavando a louça do café

-beleza então, tchau, te amo!-disse saindo

-tchau, te amo também!-respondi

(Quebra de tempo) 

Sai de casa e dirigi até o tal hospício, que Deus me ajude por que algo me diz que isso não vai ser tão fácil como imagino que possa ser, estacionei o carro em frente o hospício, e adentrei o lugar, de cara vejo a secretária do lugar .

-oi eu sou a psicóloga voluntária, meu chefe DR. Alberto me enviou-disse pra ela

-oi bom dia! seu nome e Ana sim?-perguntou

-sim é meu nome!-respondi breve

-pode me seguir-disse e me saiu entre os corredores 

O lugar não era um dos melhores para frequentar tinha várias celas separadas, cada uma do lado de fora tinha a ficha do paciente, pessoas gritando, outras se debatendo, e em cada uma das celas também continha um policial, as portas eram de puro ferro e trancadas por cadeados enormes, que se bobear e maior que minha mão.

Chegamos em frente a cela do meu "paciente", a mulher me deu uma ficha que se encontrava ali e disse que se eu quisesse era só analisar aquela ficha para saber mais sobre o meu paciente .

-quando terminar de analisar, o policial irá abrir a porta para você, o paciente estará em uma camisa de força para não tentar nada contra você- disse simples e me assustei

-ok!- disse com medo

Depois de analisar a ficha que no caso não tinha quase nada sobre ele, sim ele é um homem Lucas o nome dele, pedi pro policial abrir a cela pra mim, entrei e não vi ninguém e fiquei confusa, quando o policial fechou a porta tomei um susto com o que se encontrava atrás dela, lá estava ele escorado na parede me olhando com um olhar frio, muito frio que me passou um medo muito grande, me sentei na esperança de que ele viesse e sentasse também mais ele ficou bem ali, me analisando com aquele olhar, ele tinha olhos castanhos muito bonitos, cabelos negros e bem sedosos, e era bem alto .Fiquei ali olhando ele e tomei coragem de falar.

-oi meu nome Ana, sou sua nova psicóloga-disse olhando pra ele, que veio e se sentou na cadeira de frente pra mim, mas não esperava que ele não fosse me responder, ele ficou em silêncio

-não achei nada de interessante na sua ficha seria bom se você se apresentasse-falei sorrindo

Nada, simplesmente nenhuma resposta, já estava começando achar que ele era mudo ,fiquei um tempo anotando no meu caderno que tinha levado pra anotar sobre o paciente, enquanto estava escrevendo percebi que ele me olhava atentamente, cada coisa que eu fazia, meu celular tocou um som de notificação era meu irmão.

mensagem on

maninha, mamãe pediu pra dizer que ela vai fazer um jantar hoje!

mensagem off 

Olhei aquela mensagem e revirei os olhos, Lucas me observava como que queria dizer alguma coisa mais não disse nada .

-bom já que não vai falar falar nada, eu vou fala um pouco sobre mim ok- disse olhando bem no fundo dos olhos dele, ele continuava intacto.

Passei toda a consulta tentando fazer ele falar mais de nada adiantou, fiquei aqui duas horas falando só de mim ou sobre meu trabalho e ele não deu nenhum "a", quando ia saindo o policial abriu a cela e sai pra fora, o policial demorou um pouco pra sair lá de dentro, talvez estivesse tirando a camisa de força dele, fui andando pelo corredor até a saída e percebi que tinha uma mulher muito linda e jovem conversando com a recepcionista, ela citou o nome de Lucas, mas não consegui ouvir o resto da conversa , com isso sai dali em direção ao meu carro, quando entrei tive a sensação que estava sendo observada, quando vi que era Lucas na janela de seu quarto me observando, ele estava com as mãos no bolso da bermuda que estava vestindo, e com uma camiseta, suponho que tenha tomado banho pois estava com os cabelos molhados e uma roupa diferente de agora há pouco, sai dali e fui pra casa.

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eai gente o que acharam de Lucas hein, será que ele esconde alguma coisa por trás desse silêncio?

Meu PacienteOnde histórias criam vida. Descubra agora