Capítulo 24

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Lucas narrando

Feliz, é a palavra que me define no momento eu tinha tanto medo de dizer pra ela o que sentia mas no fim ela sentia o mesmo, confesso que isso me deixou aliviado e ao mesmo tempo explodindo de felicidade, se antes de saber dos sentimentos dela eu já era dependente dela, é agora então? Meu Deus olha por quem eu fui me apaixonar, justo pela minha psicóloga, mas não quem tá ligando não é mesmo preciso ser feliz uma vez na vida e minha oportunidade tá batendo na porta não vou desperdiçar a chance.

Ana narrando

Cheguei em casa toda feliz da vida até cantando eu estava senhor o que fizeram com Ana de sempre, apesar que não estou nem aí estou feliz por estar "tentando" algo com Lucas, eu já pensava demais nele imagina agora. Entrei pela porta do meu apartamento e Miguel estava sentado no sofá conversando com alguém por mensagem, quando ele me viu desligou o celular, e veio até mim.

- oi sumida nem te vi hoje- falou me dando um abraço como ele sempre faz

- ai Miguel estou feliz, muito feliz- sai pela casa fazendo uma dancinha estranha

- ok quem é você é o que fez com minha irmã que sempre chega exausta do trabalho

- bom digamos que meu dia foi muito agitado mais compensou pelo o que veio depois- disse me lembrando 

- é o que aconteceu então?, estou curioso- perguntou 

- Lucas se declarou pra mim e me beijou, é a gente meio que está ficando- falei lembrando daquele beijo maravilhoso que tive

- finalmente Deus ouviu minha preces, o cara pelo menos tomou atitude né porque se fosse por você iriam morrer sem saber que se gostam- falou todo empolgado

- para de dizer asneiras Miguel, você que é o romântico daqui não eu 

- mas me diz aqui, esse cara não é tipo um ceral killer não né?- perguntei com medo, e eu ri dele

- é claro que é né Miguel, matou dezenas de pessoas- falei tentando segurar o riso

-O QUE? não deixa essa paixão pra outra vida ,se ele te matar me recuso a aceitar Ana- falou todo nervoso

- larga de ser doido Miguel, Lucas tem alguns problemas sim mas nunca matou alguém, os problemas dele são apenas psicológico nada de distúrbio agressivo ok- ri da cara dele que ficou aliviado

- bom já que estamos falando de coisas do coração, preciso te dizer uma coisa- falou 

- o que é?

- bom meio que eu estou gostando de uma menina, ela é muito legal, gente boa, de família mas tenho medo Ana, de acontecer de novo- falou triste

- me mostre uma foto da garota- disse, me mostrou a foto e analisei bem

- olhe bem essa foto Miguel, ela não é Taylor, você precisa se permitir amar outra vez ok- ele assentiu

- é você tem razão- sorriu 

- marque um dia para trazer ela aqui para a gente se conhecer, ela é da faculdade?- disse e perguntei

- vou dizer a ela, não ela não e da escola, ela me mandou uma mensagem pelo instagram desde então a gente conversa é já me encontrei com ela algumas vezes- respondeu

- acho que estamos apaixonados- falei rindo só de pensar 

- sim muito- ele riu

- qual o nome dela ?- perguntei

-Lisa- disse ele 

- que nome bonito!

- sim, bom vou subir porque tenho algumas tarefas para fazer maninha boa noite- me deu um beijo na testa e subiu em direção ao quarto

Subi também para tomar um banho, entrei no meu quarto a zona estava grande meu Deus como chegou a esse ponto, comecei arrumar, coloquei as roupas sujas no cesto, guardei os sapatos, arrumei tudo tirei todo o lixo que tinha ali, e depois me despi e entrei no chuveiro com a água quente para relaxar os músculos, terminei e desliguei o chuveiro e me enrolei na toalha só que escutei um barulho que vinha do lado de fora do quarto, será que é Miguel mas ele sempre bate na porta, quando abri a porta do banheiro era...

-Lucas?- ele estava tremendo muito por estar molhado por conta chuva que caía lá fora é seus olhos vermelhos, é sua mão estava coberta de sangue é tinha um corte nela também

-Lucas o que ouve com você?- perguntei indo até ele 

- só precisava te ver o mais rápido possível, o porteiro já me conhece daquele dia que me trouxe aqui e liberou minha entrada- disse rápido

- espere aqui vou colocar uma roupa- saí coloquei meu pijama que consistia e uma calça de seda e uma blusinha de alçinha rosa bebê, voltei no quarto

- antes de tudo de você me contar o que ouve, você vai tomar banho na água quente pra não resfriar ok, vou pegar uma roupa do meu irmão

- ok- veio em mim e deu um selinho e entrou no banheiro, por Deus o que ouve com ele, sai e fui no quarto de Miguel ele me emprestou uma calça moletom dele é uma cueca, voltei no meu quarto é deixei as roupas perto da porta do banheiro e disse a Lucas. Com um tempo ele saiu de lá vestido na calça de Miguel que coube perfeitamente bem nele e deixando a mostra seu abdômen bem definido, ele só veio até mim se deitou na cama, é passou seu braço pela minha cintura.

- pode ir me dizendo o porque que fugiu- disse o olhando séria

- quem disse fugi?

- porque não iriam te soltar em menos de uma hora Lucas- falei séria ainda olhando ele que desviou o olhar 

- eu tive um pesadelo que trouxe mémorias dela Ana, só depois vi toda cena dela sendo morta na minha frente, acordei tendo uma crise de ansiedade, e depois surtei e bati muito na parede revestida da cela, acabei machucando a mão- vi sua mão que agora estava enfaixada deve ter achado a caixa de primeiros socorros no armário- daí eu só queria ver você e te abraçar, não disse pra Esmeralda ligar porque não queria que você saísse nessa chuva- disse por fim

- é você podia sair nessa chuva correndo riscos de pegar uma gripe?- perguntei brava com ele

- não me importo- disse indiferente se levantado da cama 

- é mais eu sim me importo é muito, não deveria ter saído

- mas queria te ver, não aguentaria esperar até amanhã- falou de costas pra mim olhando as gotas de água de chuva que batiam na janela do quarto

- tudo bem, dorme aqui comigo, é amanhã eu te levarei para o hospício, combinados?- falei dando o dedinho pra ele, que logo entrelaçou no meu é sorri pra ele 

Deitei na cama, é apaguei a Luz, senti a cama afundando do outro lado. Estava quase pegando no sono mas percebi que ele tava se remexendo demais na cama, até que ele se pronunciou

-amor posso te abraçar?- perguntou baixinho

- me chamou de que?

- de amor?- ele perguntou acho que ele se arrependeu talvez por achar que não gostei, só que sorri pra ele que suavizou sua expressão

- pode me abraçar AMOR - falei dando ênfase em amor, ele sorriu e me abraçou por trás, nós entregamos ao sono, que dia agitado.
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Meu PacienteOnde histórias criam vida. Descubra agora