Capítulo 4

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Ana narrando

Acordei no outro dia exalta, acho que o ocorrido do último dia não me fez bem, passei a noite toda tendo pesadelos, levantei e fui para o banheiro fiz minhas necessidades, tomei banho escovei os dentes, vesti um vestido soltinho deixei meu cabelo solto, e coloquei uma sandália, desci meu irmão já estava tomando café, ele me deixou um beijo na testa e foi pra escola, terminei de comer, subi arrumei minha cama e voltei pra sala mexi um pouco nas redes sociais e fui pro hospício, cheguei lá estacionei o carro, é entrei.

Cheguei em frente a cela de Lucas, parei em frente respirei fundo é entrei, quando cheguei a cela estava destrancada, achei estranho não ter um policial ali, fui entrando é me deparei com uma cena horrível o policial colocando a camisa de força em Lucas.

-PARA!!-gritei e o policial largou Lucas que me olhou com aquele mesmo olhar frio de sempre

-deixa ele sem a camisa de força-disse 

-senhora tem certeza?-perguntou 

-sim qualquer coisa eu te grito-falei segura

-ok qualquer coisa só chamar-saiu pra fora

Vi que Lucas estava com uma cara um pouco surpresa, mas quando viu que eu tinha percebido voltou a sua carranca fria de sempre, me sentei ali naquela mesma cadeira, acabada, era como eu estava ali, a pressão daquela discussão da noite passada com minha mãe aquela cena do policial com Lucas, que foi uma das coisas na qual mais me deixou mal, não sei por que ele e só meu paciente.

-vc é uma pessoa corajosa-ouvi alguém falar
olhei pra cima pra ver se não estava ficando doida, ele falou, o Lucas falou pela primeira vez comigo.

-como-como que é que e?-perguntei desacreditada

-vc e muito corajosa Dra!!- disse simples e seco

-corajosa pelo o que?- perguntei perdida

-vc enfrentou o policial, deixou que eu ficasse sem a camisa de força, juro pra vc ninguém nunca entrou aqui sem que eu estivesse de camisa de força- falou e eu senti o peso de suas palavras

-eu sou a primeira pessoa é única a isso?- perguntei muito surpresa com a revelação

- não a única, mas foi a segunda- disse lembrando de alguém é sorriu, essa e a primeira vez que vejo ele sorrir, o sorriso dele e lindo, que isso Ana se organiza, ele é seu paciente

- então já que hoje você resolveu colabora posso fazer meu trabalho aqui como sua psicóloga?-perguntei esperando sua resposta

-pode só não sei se vai conseguir me decifrar em um ano Dra- disse sarcástico

-se eu aceitei o emprego e por que consigo "Lucas"-dei ênfase no seu nome

- ok- disse simples

-bom já que e assim deixa eu te fazer uma pergunta simples, a quanto tempo você está aqui nesse lugar?- perguntei

- é uma boa pergunta!, Estou aqui a uns 10 meses- disse convicto

-contou o tempo aqui?-perguntei suspeitando disso

- foi o que me restou a fazer aqui dentro dessa cela/quarto isolado- disse simples sem nenhuma expressão

- você Dra parece um pouco abatida-disse me observando

- impressão sua-respondi desviando da conversa

-sua mãe?- ele disse muito certo de sua pergunta

- como sabe dela ?-perguntei curiosa

- vi a notificação no seu celular ontem, um jantar né?-disse e fiquei surpresa por ele saber mais de mim, sem me perguntar quase nada, e eu que fiz, pencas de perguntas e não sei nada sobre ele

- parece que você sabe muito sobre mim, e eu não sei nada sobre você!-disse olhando em seus olhos, que ele fez questão de desviar

- é parece que sim - disse por fim

A consulta seguiu bem ele não disse muito sobre ele, suas respostas são muito vagas, não consigo saber o que ele expressa diante de suas palavras. Sai da cela, é o policial se surpreendeu que não precisei dele pra nada, eu não acho que Lucas seja uma ameaça só precisou saber o que se passa na mente dele e no coração, aí sim saberei ajudar.

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Eai pessoal estão gostando?
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BYE BYE

Meu PacienteOnde histórias criam vida. Descubra agora