— Você sentou nele?!
— Sim, maas eu estava vestido! Se lembre bem disso!
Regulus tira o cigarro da boca, a pouca fumaça saindo da pequena fresta entre os lábios separados. Gastando os curtos vinte minutos de intervalo no encardido sofá azulado que existe nos fundos da Ask Me Coffe, Héstia recapitula pela segunda vez, só que agora mais entusiasmada e menos pasma do que a primeira vez, todos os acontecimentos da noite passada, da primeira experiência de seu melhor amigo no mundo das experiências sexuais.
Ele tem as pernas por cima das dela e a cabeça deitada em um dos braços do sofá já sem estofado e pura espuma, seu braço que não tem o cigarro em mãos jogado por cima dos olhos para que sua melhor amiga não veja o quanto seu rosto queima em vermelho vivo enquanto conta tudo o que fez com uma calma farsante.
E Héstia possuí um pincel de base em uma mão e o tubinho na outras, espalhando pelos chupões aparentes até demais que tomam o pescoço todo de Black. Já haviam passado corretivo e as manchas vermelhas ainda estavam bem... chamativas. O próximo passo era o pó compacto e parecia que tudo iria se resolver.
— E ele tocou no seu pau?! — ela pergunta, curiosa e boquiaberta ao mesmo tempo. Ele ri de nervoso.
— Bem, claro. Ele colocou o meu pau na boca dele, Héstia — suspira, um sorriso que ele impede de aparecer querendo rasgar a boca. — Cara, eu nem consigo acreditar que isso aconteceu...
— Nem eu! Ele colocou seu pau na boca, por Deus! — Héstia exclama e ele ri alto, não tendo que se preocupar em alguém ouvir pois aquele beco sem saída era completamente deserto. — Isso já é sexo, Reg! Você não é mais completamente virgem!
— É verdade — o braço desliza de seu braço, ele se apoia em um dos cotovelos para olha-la. — Não tinha me ligado nisso. Sexo oral é sexo, não é?
— Sim! Sexo oral é sexo!
Ela ecoa antes de agarrar os ombros dele e começar a sacudi-lo, soltando gritinhos animados como ela sempre fazia quando estava vibrante. Ele ri como sempre faz quando isso ocorre, deixando ela descontar a agitação nele.
Regulus chegou quarenta minutos depois do horário que deveria chegar, cheirando a perfume masculino que ele nunca havia usado e com o cabelo mais bagunçado do que os fios do fone ouvido embolados que ele tem dentro da sua gaveta de sua mesa de estudos. Lily, que era sua gerente, lhe mandou um olhar mortal pelo atraso e jogou o avental reserva para cima dele, o mandando para a cozinha.
Héstia estava agachada na altura do forno ao observar um pão assar quando ele chegou. Ela deu um grito ao entusiasmado vê-lo e Regulus correu para tapar sua boca, só a soltando quando ela prometeu não gritar mais. Contar tudo o que aconteceu, ainda que omitindo os momentos que ele achava vergonhosos demais para dizer, quando estava apenas os dois trabalhando na cozinha facilitou muito as coisas.
E agora, passando das três horas da tarde, usufruir do tempo atrasado de almoço para conversar nunca foi algo incomum entre eles.
— Ele perguntou mesmo se você ia...tananan ele ou se ele ia tananan você? — ela indagou, censurando a palavra foder por não gostar do termo.
— Sim — Regulus caiu para trás, deitando de novo. Um suspiro irritado saiu de seus lábios. — E ainda deixou a escolha pra mim! Sou péssimo com escolhas.
— E o que você respondeu mesmo?
— Que queria o que fosse mais fácil.
— Regulus! — Héstia lhe lançou um olhar de repreensão alarmado. Ele encolheu os ombros, sem entender. — E se ele escolher...te comer?! — sussurrou a última parte. — Dar não é fácil, viu?! Dói bastante, tá?
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HEAT WAVES, starchaser
FanficONDAS QUENTES | Regulus tem dezoito anos e parece que todos ao seu redor falam sem parar sobre sexo. e depois de uma festa do pijama com sua amiga, descobre que não quer ir virgem para a faculdade. Regulus não tem namorado ou namorada. nã...