28- Último cap

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Atlanta, Geórgia

Sua vida poderia ter tomado vários rumos, do melhor ao pior, mas óbviamente Peggy iria querer o melhor rumo, porém não foi bem isso que aconteceu.

Olhando o céu totalmente escuro, lamenta sua situação incógnita, o ódio corroía sua alma de uma forma insana, queria muito acabar com a vida de todos que a humilharam, acendendo um cigarro solta a fumaça que se dispersa na noite fria e solitária.

Natasha e Wanda tinham dois filhos, William e Thomas, ou Billy e Tommy, o maldito do Sam continuava amigo da família e Steve havia se casado e tinha uma filha de seis anos, até a maldita da sua prima tinha uma família agora.

A vida de todos estava uma maravilha, jogando o cigarro fora, ela se põe a caminhar pelo beco mal iluminado do bairro mais pobre de Atlanta.

Não se orgulhava do que fazia para ganhar a vida, mas como Sam havia lhe dito, ela era bonita, e a única maneira de ganhar muito dinheiro fácil era assim, vendendo seu corpo.

Sorrindo sem humor, amaldiçoou todos da terra como se tivessem culpa da sua desgraça remota, jurou vingança mas já havia se passado cinco anos, como iria se vingar de todos?

Ouvindo um barulho ela se assusta e da um passo pra trás, esses becos são realmente perigosos, pegando a faca que ela carrega para se defender, ouve um gemido estranho, parecendo uma criança.

Pegando seu celular ela ilumina e se depara com uma criança suja, que lhe olhava com medo nos olhos.

Ela poderia muito bem se virar e ir embora sem mais nem menos, mas algo a impedia, se aproximando viu a pobrezinha se encolher, ela estava muito suja e machucada.

"Deve ser um mendigo"- pensou

- qual seu nome criança?

- me chamo Amélia- ela respondeu arisca

Se assustou com a voz dela, tremia como um animalzinho, porém tinha a voz firme.

Se abaixando, Peggy iluminou o rosto dela e ficou admirada, como uma garota de rua podia ser tão bela assim?

Muito criança, mas tem os olhos azul acinzentado, cabelo curto mas deve ser bom, rosto delicado, apesar da sujeira e maus tratos, lábios pequenos, porém quando crescer serão bem volumosos.

- Cadê sua mãe?

- Não tenho mãe.

- Qual sua idade?

- Cinco

Cinco? Impossível, Peggy pensou, para uma garotinha de cinco anos ela fala muito bem.

- Sem mãe, provalvamente sem pai, também sozinha e suja nesse frio infernal, você vai morrer garotinha- disse irônica

Se espantou quando ela a encarou.

- Prefiro morrer do que voltar pra lá- disse amargurada

Tão nova e tão sofrida.

- Pra lá aonde?

- O lugar nojento, ele me obriga a tocar nos homens, disse que quando eu fizesse dez anos, ia vender meu corpo- disse sincera, sentindo lágrimas descendo cheias de dor.

Amélia era apenas uma menininha, nasceu e cresceu em uma casa de prostitutas, já que sua mãe era uma, mas desde que ela morreu, ela tem se visto em um verdadeiro inferno, muito nova, tinha apenas cinco anos quando o dono resolveu usá-la.

Dizia que ela tinha uma beleza imensurável, mesmo sendo novo demais, os homens a queriam, então ele cobrava pra ela tocar neles.

Com raiva ela conseguiu fugir, estava a dois dias naquela situação, com fome, com medo, mas nunca voltaria, ela odiava os homens.

Minha Adorável Chefe Tirana Onde histórias criam vida. Descubra agora