MI OSCAR (REVISADO)

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Estava sentada em cima da mala tentando fechar, era um final de semana e eu tava levando minha mudança. Mas não porque eu iria ficar lá mas porque eu queria sair pra vários lugares e festas, quero aproveitar e vou arrastar o César pra vários lugares também pra ocupar a cabeça dele, antes que nós dois morremos de ansiedade. Escutei a porta se abrindo e logo a voz dele surgiu também.

—Tô entrando!

—Quarto! -Gritei de volta.

—Tá pronta? A gente tá se mudando ou indo passar um final de semana? -Ele arqueou a sobrancelha.

—Cala a boca, a gente vai sair né. Me ajuda aqui, fecha pra mim. -Sentei na mala e ele puxou o zíper.

—O carro tá esperando lá fora. Pra te avisar, o Oscar também. -Droga...

—Felipe não tá lá né?

—Não, parece que vai encontrar a gente no aeroporto. Foi o que o motorista disse. -Ele pegou a mala e fomos saindo.

Tranquei a casa e vi o Oscar escorado no carro e porra, ele tava mais lindo que nunca. Ele vestia uma camiseta branca e uma bermuda preta, é basicamente o estilo dele, mas parece que a cada vez que eu vejo ele tem algo de diferente. Reparei bem e ele estava com uma tatuagem nova, no pescoço era uma cruz, simplesmente linda e a cara dele. Fiz um coque no meu cabelo e comecei a puxar a mala, acho que exagerei mesmo, Oscar veio na minha direção e pegou a mala colocando no carro.

—Juízo César! Tô de olho em vocês dois. -Ele apontou pra nós dois.

—Tá bom, papai. -Revirei os olhos e ele me encarou.

—Relaxa, tô com a Ruby. Não esquece! -Mostrei a língua zoando.

—Por isso mesmo, cuida dela e não deixa ela beber.

—Virou meu pai mesmo? -Ele fez um toque com o César.

—Apenas te conheço para saber como você fica. -Ele sorriu.

Entramos no carro e fomos em direção ao aeroporto, quando chegamos Felipe estava lá junto com uma mulher e pela cara dela eu me lembrei no mesmo momento de quem era. César pegou a minha mala colocando do lado da cadeira e foi ir pegar algo pra comer.

—Emy, essa é a Ruby. Ruby, essa é a Emy. -Sorri.

—A gente já se conhece. -Ela deu uma risada debochada.

—Pelo visto não durou muito com o Spooky né? -Me aproximei dela.

—Acho bom você não tocar no nome dele. -César puxou meu braço.

—E você vai fazer o que? Me bater? Bate, eu duvido. -Ela se sentou.

—Quer apostar? Vaca! -Me sentei cruzando as minhas pernas.

—Já conhece a Emy? -César me perguntou.

—Tive o desprazer. Conheci em uma festa com o Oscar. -Ele me deu um pastel.

—Ela é complicada, Oscar gostava dela pelo que eu me lembrei. -Encarei ele sentindo talvez um pouco de ciúmes.

—Não te chamei pra ficar falando do Oscar. -Felipe sentou do meu lado.

—O que foi isso? -Ele me encarou.

—O quê? -César se levantou se afastando.

—Ela só falou no nome do Spooky e você já ficou toda puta. -Levantei a sobrancelha.

—Não tem nada haver. -Cruzei os braços.

—Não quero que tenha dúvidas em estar comigo, se gosta do Spooky eu não quero ser segunda opção. -Ele se levantou.

Os donos da rua | OSCAR DIAZ Onde histórias criam vida. Descubra agora