Chegamos em frente a uma casa bem grande, bem grande mesmo, era praticamente uma mansão. Abri a porta do carro descendo e reparando cada vez mais na casa, escutei o barulho do Brad puxando o banco do carro, ele desceu e segurou a mão da Katrina ajudando ela a descer. Entregou a ela um documento falso e Spooky apareceu do meu lado me entregando um também.
—Eu vou precisar? -Ele concordou com a cabeça.
—Não quero ninguém sabendo quem é você, não nesse lugar. -Então o que a gente tá fazendo aqui?
—Aliás, estás muy bonita. (VOCÊ ESTÁ MUITO BONITA).
—Gracias, tu eres muy bonito tambien. (OBRIGADA, VOCÊ ESTÁ MUITO BONITO TAMBÉM).
Ele sorriu e me estendeu o braço, fomos em direção a entrada da festa onde tinha alguns caras de terno, mas só olharam para o Spooky e já abriram passagem como se já soubesse quem é. Olhei para trás vendo Brad conversando com a Katrina e dando risada, eles ficam lindos juntos, parece que ele realmente gosta dela. Ele tem aquele brilho, o brilho de apaixonado. Dei um sorriso de leve e voltei a minha atenção para frente. Entramos realmente onde é a festa e tem um monte de pessoas bêbadas em todos os cantos, algumas mulheres dançavam em cima de mesas. Spooky soltou o meu braço passando o braço dele em volta do meu pescoço fazendo aquela mesma balançada de mão.
Olhei para a volta e dessa vez não tinha ninguém nos olhando, ele realmente queria aquilo. Entrelacei nossos dedos e senti ele se aproximando da minha cabeça e cheirando meu cabelo. Katrina e Brad passaram do meu lado e deu uma olhada para trás e deu um leve sorriso. Subimos umas escadas como se fosse uma aérea vip e nos sentamos em um sofá. Logo outros caras iam chegando, alguns olhavam confusos para nós, outros sorriam e alguns até olhavam pasmos eu diria. Estava tudo na paz até chegar duas mulheres na nossa frente, uma delas me puxou com tudo e me pôs cara a cara com ela apertando o meu braço.
Pisquei algumas vezes tentando entender a situação, mas não abaixei a minha cabeça. Independente de qualquer coisa, eu entendendo ou não a situação, ninguém cresce pra cima de mim sem eu ao menos retrucar, ou eles pensariam que eu sou só um lixo. Olhei ela de cima em baixo e só vi os olhos dela se transformando em ódio puro, parecia que a qualquer momento ela ia voar em cima de mim. Ela olhou para Spooky que se levantou ficando do meu lado, dei um sorriso de leve. Então o problema era com ele...
—Quem é ela? -Ela apontou o dedo pra mim.
—Vai precisar que eu fale para soltar ela?
—Não, não vai precisar. -Falei tirando a mão dela e torcendo o seu pulso.
Ela puxou a mão de volta passando a mão no pulso, me olhou novamente e com os olhos marejados e voltou a olhar para o Spooky.
—Até 2 meses atrás era eu quem estava sentada do seu lado. Vai realmente me jogar fora? -Qual a necessidade disso?
—Você já está fora da minha vida a muito tempo Carolina. Agora se retire daqui antes que eu peça pra te tirarem a força. -Ela me encarou novamente antes de sair.
Me sentei novamente e Katrina me encarava, ela sussurrou perguntando se eu estava bem e eu concordei com a cabeça.
—Vida agitada a sua. -Me virei falando para o Spooky.
—Desculpa por isso! -Ele passou a mão no rosto.
—Quem é ela? -Perguntei por curiosidade.
—Carolina, uma ex. -Concordei com a cabeça ficando calada.
Começou a tocar músicas mais animadas e Katrina já se levantou querendo dançar, me puxou e fomos dançar atraindo a atenção de algumas pessoas. Era como se aquela música estivesse em sincronia com o meu corpo, a cada batida meu corpo me fazia flutuar. Olhei na minha volta e fui para o bar, pedi uma vodka, mas antes mesmo de beber senti um perfume no ar e já sabia exatamente quem era. Ele chegou ao meu lado, tirando o copo da minha mão e bebendo.
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Os donos da rua | OSCAR DIAZ
RomanceRuby se mudou recentemente para a cidade de Los Angeles, depois da morte de sua mãe em um acidente de carro. Os problemas psicológicos com o pai a cada dia a deixa mais para baixo e até mesmo sem ânimo para viver. Mas algo torna maior quando ela con...