- CAPÍTULO 39 -

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Christopher Uckermann

Feliz era a palavra correta que talvez eu estivesse sentindo no momento em que beijava Dulce, mas também um pouco de receio. Resolvi dar uma chance à pessoa por quem me apaixonei desde o primeiro dia em que nos vimos e ficamos pós balada, quer dizer, talvez não tenha sido exatamente ali, mas foi ali o pontapé de tudo. Talvez o destino quis nos colocar frente a frente novamente nos fazendo vizinhos e sócios da mesma empresa.

Tenho um pouco de receio pela forma que fui tratado pela mesma em todas as vezes que tentava me aproximar pois parecia que eu estava dando murro em ponta de faca. Dulce não queria nada, não queria ninguém e não seria eu que insistiria em algo que só eu queria e era tratado de forma estúpida. Imagino que Dulce tenha alguns traumas e sofra muito com a morte da irmã, talvez isso tenha feito ela mudar.

Eu não sou alguém que acredita muito na mudança repentina das pessoas mas Dulce parecia estar realmente tentando mudar muito não só comigo e sim com todos. Quando ela se abriu para mim e me pediu em namoro eu fiquei confuso e por isso não aceitei de pronto. Fui para casa, pensei bastante, até porque agora eu estava com Mari, alguém que é muito legal mas que eu não estava apaixonado. Fiquei confuso até a minutos atrás quando vi Dulce defender Mariazinha como se uma mãe estivesse defendendo um filho. Então me entreguei a ela e a aquele nosso primeiro beijo como casal esquecendo até de onde estávamos e se haviam pessoas em volta.

Devo confessar que estava achando um pouco engraçado o ciúmes que Dulce sentia de Mariana mas tentava disfarçar e devo confessar também de que as vezes a beijava na frente dela só para ver sua reação.

Finalizamos o beijo com selinhos e carícias e eu daria tudo para ver a cara dela naquele momento, todavia o tom da sua voz demonstrava ânimo, alegria

— Será que Mariazinha vai gostar quando falarmos que agora estamos juntos? – Perguntou Dulce

— Ela é uma criança tão doce, com certeza iria adorar

— Ela me lembra muito a minha irmã, não sei porque

— Só coincidência, muitas pessoas se parecem

— Verdade

— Dulce, agora que estamos juntos eu quero que você se abra comigo, me conte tudo sobre a sua vida

— Mas eu já te contei

— Algumas coisas sim, mas se tiver outras coisas quero que me conte, não tenha segredo entre nós

— Pode ser depois? Agora não estou com cabeça para isso e precisamos voltar para o hospital

— Tudo bem, no seu momento você fala, só quero conhecer mais a mulher com quem estou

— Eu vou te contar tudo, não se preocupe...Vamos?

— Vamos!

Agora não precisei da bengala, voltamos de mãos dadas e Teddy estava do outro lado. Fomos até o quarto da menina mas ao que parece ainda estava dormindo

— Eu vou para casa, vou mandar mensagem para que Mari vá me encontrar, acho que preciso conversar com ela

— Se não assumiu romance com ela, não tem porque encontra – la, pode mandar mensagem por WhatsApp e dispensá – la até mesmo das aulas por lá também

— Dulce, deixa de ciúmes – Comecei a rir – Não sou homem de resolver nada por mensagem, só peço que confie em mim, ok?

— Já que não tenho muita escolha, vai lá ver sua amiguinha ficantezinha

— Você com ciúmes é a melhor coisa – ainda rindo

— Vai logo!

— Antes preciso que você peça um Uber

𝑨𝒎𝒊𝒈𝒐𝒔 𝒄𝒐𝒏 𝑫𝒆𝒓𝒆𝒄𝒉𝒐𝒔  | Vondy |Onde histórias criam vida. Descubra agora