- CAPÍTULO 16 -

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Dulce Maria

Fui pega de surpresa com o beijo que foi um tanto quanto diferente dos que eu costumo dar. Quando eu beijo os homens, beijo com fervor, tesão mas esse não, esse beijo era calmo e bem gostoso. Christopher colou seu corpo ao meu e eu, em um ato sem perceber, comecei a acariciar em sua nuca. Eu não ouvia mais nada além das ondas do mar, naquele momento parecia estar somente eu e ele

—  Desculpe, mas foi mais forte do que eu - Diz ele, parando o beijo

—  Ok, mas não se acostume a fazer isso, não gosto.

—  Não gosta de beijar? - Perguntou, arqueando a sobrancelha

—  Não disse isso, só disse que não gosto disso

—  Disso o que então?

—  Disso..Desse tipo de beijo, não gosto

—  Não te entendo - bufou

—  Não tem porque tentar me entender - Eu sorri cinicamente para ele

O silêncio pairou por alguns segundos, olhei para a areia e vi que ali tinha um palito então o peguei e comecei a desenhar, pensativa. Percebia o olhar de Christopher sobre mim e depois o vi olhar para uma mulher que deitava em sua canga, bem perto da gente.

Christopher parecia vidrado dela

Era uma mulher bonita, não igual a mim, mas bonita. Tinha um belo corpo.

Seu olhar fez - se piorar quando a mesma se aproximou, pedindo ajuda para passar o protetor solar. Christopher sorria para ela e eu percebia que ela também olhava sorrindo para ele

—  Não tem ninguém que possa passar para você? Precisa vir aqui pedir ?

—  Eu estou sozinha, por isso vim aqui pedir

—  Ué mas você não tem duas mãos que possam fazer isso para você? - A mirei, agora fazendo qualquer desenho na areia

—  Nas costas e no bumbum, não

—  Não se preocupe, eu faço isso para você. Deite - se na sua canga

Senti minhas mãos já não responderem por mim, apertei tanto o pauzinho na areia que o mesmo se quebrou em dois, me levantei rapidamente e fui até ela, tirando seu protetor de suas mãos

—  Deixa que eu mesma passo

—  Dulce, eu falei que eu passaria - Disse Christopher

—  Você não sabe de nada, não sabe passar um protetor, eu sei - Olhei para a menina novamente - Vamos até a sua canga e você se deite

—  Mas ele havia dito primeiro - Diz ela, olhando para ele

—  Aqui você não tem escolha, serei eu ou ninguém. Abusada!

—  Ok, vamos lá

Ela saiu andando e eu fui logo atrás dele, quando olhei para Christopher ele estava rindo feito o verdadeiro bocó que ele é.

A menina deitou - se e eu passei o protetor sobre ela. As vezes ela reclamava sobre a minha mão ser um pouco pesada. Assim que terminei voltei para o meu guarda sol, Christopher saia do mar passando as mãos pelos cabelos e balançando - os. Parou somente para comprar sorvete

—  Conseguiu passar o protetor nela, ciumenta?

—  Aquela menina é abusada

—  Ela só queria passar protetor, não fale mal dela

—  E você não a defenda

—  Toma um sorvete, está muito calor - Ele entregou o palito de sorvete para mim e se sentou novamente na cadeira

𝑨𝒎𝒊𝒈𝒐𝒔 𝒄𝒐𝒏 𝑫𝒆𝒓𝒆𝒄𝒉𝒐𝒔  | Vondy |Onde histórias criam vida. Descubra agora