- CAPÍTULO 56 -

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Christopher Uckermann

Depois que Dulce saiu com a Mariazinha eu vi que ela havia esquecido o celular, tentei gritar para que me ouvisse e pegasse o celular mas foi em vão, então guardei ele comigo e fui dar uma volta pelo condomínio com Teddy e Biro Liro, mesmo que estivesse frio eu e eles não aguentávamos mais ficar em casa. Meus olhos ainda não haviam se acostumado com a luz do dia, por precaução levei um óculos para caso viesse a ter dor

Comprei uma pipoca e me sentei na praça, soltei os cachorros para que brincassem e também porque sei que ali não tem perigo nenhum. A cada milho de pipoca que colocava na boca era uma lembrança que vinha em mente, minha cabeça estava a mil e extremamente confusa com tudo o que estava acontecendo.

— No fundo eu sempre fui sozinho – Sussurrei para mim mesmo

— Conversando sozinho, Christopher?

Me assustei com Poncho, que chegava a pé e vinha até mim

— Porque está a pé?

— Meu carro novo enguiçou e o seguro o levou para o conserto – Explicou se sentando ao meu lado – O que está fazendo aqui nesse frio?

— Precisava espairecer um pouco a cabeça e aproveitei pra trazer os cachorros para brincar na grama

— Está assim por causa do seu pai, não é?

— É...Mais ou menos...Como ficou sabendo?

— Passou na televisão, vi na casa da Anahí

— Esse mundo é cruel, os próprios pais tentando matar seus filhos, tudo isso a troco do que? De nada! Ou melhor, de dinheiro – Dei uma risada sarcástica, negando com a cabeça

— Para ser sincero eu nunca fui muito com a cara do seu pai, nas poucas vezes em que o vi, sempre achei ele um pouco estranho

— Pra você ver...Somos amigos há tanto tempo e você quase não viu meu pai, mesmo quando ia em casa

— E sua mãe, o que fala sobre isso?

— É o que eu estou pensando, será que ela sabe que ele tentou me matar? Foi conivente com isso?

— Queria poder te responder isso, pode ter certeza

— Quando ela voltar para cá, vou conversar com ela.

— Isso se ela voltar, não é? Porque pelo que vi na tv, só ele estava no país

— Se não estiver, melhor ainda, não quero conversar com ela agora. Só quero tentar esquecer isso, curtir minha mulher e minha irmã

— Mudando de assunto, você vai comprar outro carro? – Ele pegou um pouco da minha pipoca

— Sabe, você me deu uma idéia...Vou em uma concessionária ver carro e depois vou a uma loja comprar um celular, quer ir comigo?

— Bora! – Respondeu ele

Fomos até em casa para deixar os cachorros

Poncho pediu um Uber para nós e enquanto aguardávamos eu ouvi um som de chamada, peguei o celular da Dulce para ver se era alguma ligação e quando olho na tela de bloqueio vi uma parte de uma mensagem, vinda de um contato salvo como Eduardo

" Olá meu amor, cadê você? Estou te esperando onde marcamos de nos encontrar e..."

— Eu não posso acreditar nisso! – Disse furioso

— Porque ficou nervoso? O que era nesse celular?

— Esse celular é da Dulce, olha a mensagem que ela recebeu

𝑨𝒎𝒊𝒈𝒐𝒔 𝒄𝒐𝒏 𝑫𝒆𝒓𝒆𝒄𝒉𝒐𝒔  | Vondy |Onde histórias criam vida. Descubra agora