- CAPÍTULO 31 -

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Dulce Maria

Na empresa tudo seguia dentro dos conformes e em quase completo silêncio, digo quase pois o computador de Christopher notificava por voz tudo, exatamente tudo. Olhava para ele e e parecia estar um pouco nervoso e Teddy estava deitado ao seu lado deitado próximo aos fios.

Apesar do nervosismo, para iniciante, ele parecia estar indo bem

Ao mesmo tempo em que eu respondia mensagens, e-mails, lia notícias, acompanhava a bolsa de valores e os ganhos recentes da empresa eu olhava para Christopher e devo dizer que Christopher conseguia ficar ainda mais elegante e chamativo usando terno e gravata

—  Oh merda, porque eu não consigo fazer isso? - Disse nervoso, batendo com as mãos na mesa

Eu me levantei, peguei um café na cafeteira que havia na sala e levei até a mesa dele

—  O que está acontecendo?

—  O que está acontecendo é que eu sou burro - Respondeu nervoso

—  Trouxe esse café para você - Coloquei o café a sua frente e coloquei a sua mão em volta da xícara para que soubesse onde o café está - Tome um pouco, vai te fazer bem

—  Obrigado

—  Mas anda, me fale o que está tentando fazer que vejo se consigo arrumar para você

—  Nada, não estou conseguindo fazer nada - Bufou - A máquina parou de falar

—  Deixa eu ver

Me encurvei para o olhar o computador e então pude sentir seu perfume, maravilhoso como sempre. Christopher fazia carinho em Teddy e eu estava achando aquilo a cena mais linda. Onde e quando foi que eu comecei a reparar no perfume e até mesmo no carinho com que alguém trata um animal? Porque isso?

Voltei a minha atenção para a máquina e vi que estava apagada, apertei algumas teclas e nada dela funcionar, já estava ficando nervosa e pensando em brigar com quem havia comprado essa máquina de má qualidade para ele até olhar para Teddy e ver que o mesmo agora brincava com o fio, ou melhor, estraçalhava o fio do computador dele.

—  Já vi o que aconteceu, seu cachorro comeu o fio do computador

— Você só pode estar brincando, não é?

—  Não

—  Puta merda, e agora?

— Eu vou pessoalmente resolver isso - Me abaixei, peguei o fio que estava na boca dele e guardei na minha bolsa

—  Vai resolver isso e pedir para que levem Teddy embora, já sei

— Não, não vou mandar levarem ele embora

—  Não? - Franziu a sobrancelha

—  Não! Apesar de ter motivos para isso e não gostar de animais aqui dentro ele está aqui para ajudar e não serei eu quem vou atrapalhar isso

—  Estranho

—  O que? - Fui até a minha mesa

—  Você não gosta de cachorros e aceita ele aqui, ele estragou um equipamento que agora é da empresa e você está plena, o que aconteceu hoje? E ainda não brigou comigo, estou esperando o momento em que vai me xingar

— Não estou calma, acredite! Mas estou tentando manter o pouco de paciência que me resta e acho que até o presente momento estou indo bem. Depois que eu ouvi de você e de algumas pessoas que sou uma pessoa má, eu resolvi tentar mostrar que posso ser tudo, menos uma pessoa assim

Ele ficou em completo silêncio, passando as mãos em Teddy

—  Bom, como eu disse, vou resolver o problema do computador e já volto

𝑨𝒎𝒊𝒈𝒐𝒔 𝒄𝒐𝒏 𝑫𝒆𝒓𝒆𝒄𝒉𝒐𝒔  | Vondy |Onde histórias criam vida. Descubra agora