PROMISE • jjk + pjm [REVISANDO]

37 ~ Confiança confessada.

Não seria fácil, Jimin sabia disso. Mas enquanto olhava para Seiji dizendo que seria um bom menino, que aprenderia a ler e a escrever, que não retiraria os óculos, que usaria os hashis para comer, que não fingiria mais que estava dormindo quando Jimin tentasse acordá-lo e que tomaria banho direitinho todos os dias, teve certeza que não importava a dificuldades, Seiji Aikyo teria o lar que ele merecia e seria consigo.

Mas nem tudo eram flores, quando chegou em casa com o pequeno adormecido depois de tanto comemorar a sua permanência, Yoongi precisou ser arrastado para a piscina para evitar um caos — e olha que nem tinha dado a notícia, isso tudo somente por ter trago o menor para a casa — e ao ver Jungkook ali, quis rir, julgava que pela velocidade em que correu, ele já estaria no Japão.

Por não saber o que fazer quando foi sumariamente ignorado, Jungkook decidiu que era bom ir embora, mas quando foi se despedir dos demais na piscina, percebeu que estava sendo transparente demais, todos eles disseram que precisava enfrentar o que estava acontecendo sem fugir, isso antes de Jimin voltar e pular na água rindo com a família, como se não estivesse ali. Doía ser ignorado e doía ainda mais saber que merecia aquilo.

- Eles acham que somos burros. – Jimin resmungou apoiando os cotovelos na borda da piscina e as costas também, olhando para os demais que saíram.

- Eu já deveria ter ido. 

- É. Deveria. 

Jungkook sorriu, ignorando o incômodo que sentiu no peito para pegar suas coisas. Mas o italiano ao ver aquilo, notou o quão estranho era não reconhecê-lo.

- Você mudou. – Informou alto o suficiente, caso ele não soubesse.

- Você também. – Virou-se para ele já distante.

- É por isso que não confia em mim?

- Eu confio em você.

- O quê disse? 

Jungkook jogou as coisas no chão e bateu as mãos nos bolsos, checando se estava ali, antes de pular na piscina nadando até ele que não se moveu, também não poderia, estava tenso demais para mover um músculo que fosse.

- Eu confio em você.

- Mas você disse que não.

- Eu sei o que eu disse e até hoje de manhã, não sabia como admitir.

- Admitir? - Não olhava para ele, mas tudo bem, ele também não lhe olhava.

- Que não me importo com o que você faz, desde que esteja comigo. - Respondeu direito e simples, fazendo Jimin apesar de não querer, o encarar.

- Como é?

Jungkook grunhiu, passando as mãos no rosto molhado.

- Eu fui criado para odiar tudo isso, desde pequeno. E tudo o que eu faço é amar você, não importa o que tenham dito de você ou que me passe uma lista de todos os sangue que tem nas mãos. E eu não conseguia admitir isso. - Engoliu, porque não ficou mais fácil depois que falou em voz alta. - Eu não fugi, porque não amava você, na primeira vez ou ontem. Mas sim, porque enquanto você falava, o sentimento continuava o mesmo e isso me aterrorizou.

- Você tem medo do que sente por mim?

- Eu nunca me senti assim por ninguém. Por mais que eu tente, eu não consigo parar de querer você, de pensar em você e tem noção do quanto isso me assusta?

Jimin negou, apesar de nunca ter se apaixonado, não era o medo que estava machucando-o naquele momento, era a indiferença.

- Meu pai me mataria se soubesse disso, ainda mais porque você tentou matá-lo e o que me assusta é que não me importo, não o suficiente para ir embora.